Dia: 9 de novembro de 2022

Aniversário de Vitória da Conquista, atleta condeubense ganha corrida em 1ºlugar

 

O atleta condeubense Carlão Maratonista sgrou-se penta-campeão nesta corrida de hoje em Vitóia da Conquista

Foi realizada nesta quarta-feira dia 9 de outubro de 2022, mais uma corrida 8km de ruas em face do aniversário de Vitóra da Conquista. Mais uma vez, Condeúba esteve muito bem representada, através do nosso atleta do século Carlão Maratonista, o qual sagrou-se penta campeão nesta prova de hoje, correndo na categoria  de 50 a 59 anos, subiu ao pódio em 1º lugar. Esteve representando Condeúba também o jovem David Junior, porém não se pontuou.

Agradecimentos:- Primeiramente a Deus por ele ter me dado essa condição de ser atleta. Depois agradeço meus patrocinadores relacionados abaixo. Contamos ainda com o apoio de sempre do Jornal Folha de Condeúba.

Fotos: Org Corrida

Ícone do sertanejo, Rolando Boldrin morre aos 86 anos

Rolando Boldrin (Foto: Pierre Yves/divulgação)
Rolando Boldrin (Foto: Pierre Yves/divulgação)
Outra grande perda para os brasileiros nesta quarta-feira (9): além de Gal Costa, o apresentador, ator e cantor Rolando Boldrin, ícone do sertanejo, morreu em São Paulo e deixou uma legião de fãs, além de amigos e familiares.

Aos 86 anos, ele estava no comando do “Sr. Brasil”, programa semanal transmitido pela TV Cultura, desde 2005. A causa da morte ainda não foi divulgada e o enterro será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) — horário e outras informações a respeito da cerimônia podem ser divulgadas a qualquer momento.

Conhecido em todo o país, Boldrin nasceu no interior de São Paulo, mais precisamente em São Joaquim da Barra, em 22 de outubro de 1936. Ele iniciou a carreira como artista local, cantando e contando causos, até que ganhou espaço na televisão, no cinema e na música.

Em maio deste ano, vale lembrar, ele foi homenageado pela TV Cultura com o documentário “Eu, A Viola e Deus”, dirigido por João Batista de Andrade. A produção revisitou a trajetória do artista e, como não poderia deixar de ser, emocionou o público.

Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-Semitismo


Próximo Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-Semitismo 9 de Novembro de 2022 (Quarta-feira)
O Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-Semitismo é comemorado anualmente a 9 de novembro.

A data alude à noite do dia 9 de novembro de 1938, que ficou conhecida como a Noite de Cristal e como o início de um dos episódios mais sombrios da história da humanidade: o Holocausto.

De 9 para 10 de novembro de 1938 incendiaram-se centenas de sinagogas, profanaram-se cemitérios judaicos, destruíram-se e saquearam-se mais de 7500 lojas, mataram-se centenas de pessoas e 30 a 35 mil judeus foram deportados. O pretexto para estas ações foi o assassinato do secretário da embaixada alemã em Paris, Von Rath, cometido por um jovem judeu polaco, a 7 de novembro.

A doutrina fascista e anti semitista do nazismo seria responsável por mais de 6 milhões de mortes. A data é recordada anualmente não só pelo alemães, mas também pela Europa e um pouco por todo o mundo, com o Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-Semitismo.

O dia foi criado pelo Parlamento Europeu, tendo em vista a luta contra o racismo e a xenofobia na União Europeia. Dizer não ao fascismo e ao anti-semitismo é o objetivo da data.

Curiosamente o dia 9 de novembro marca também a queda do muro de Berlim, em 1989. Fonte: www.calendarr.com/portugal/dia-internacional-contra-o-fascismo-e-o-anti-semitismo/

Velório de Gal Costa será nesta sexta (11) na Alesp

 Gal Costa se apresentando no Festival Coala no Memorial da América Latina em 17 de setembro de 2022 em São Paulo, Brasil. (Foto: Mauricio Santana/Getty Images)
Gal Costa se apresentando no Festival Coala no Memorial da América Latina em 17 de setembro de 2022 em São Paulo, Brasil. (Foto: Mauricio Santana/Getty Images)
A equipe de Gal Costa informou na tarde desta quarta-feira (9) que o velório da cantora acontecerá nesta sexta-feira, dia 11 de novembro. A artista morreu nesta manhã, aos 77 anos, em sua casa, em São Paulo, mas a causa da morte não foi divulgada.

O velório será aberto ao público e será realizado na Assembleia Legislativa, também na capital paulista, das 9h às 15h. Já o enterro será fechado apenas para amigos e familiares.

“É com profunda tristeza e o coração apertado que comunicamos o falecimento da cantora Gal Costa”, declarou a equipe em publicação feita no Instagram. “Agradecemos o carinho de todos neste momento tão difícil”.

Quem foi Gal Costa?

Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos em Salvador, na Bahia, em 1945, Gal Costa sempre foi incentivada pela mãe a seguir carreira na música. Já o pai, morto em sua adolescência, foi uma figura ausente.

No começo da vida adulta, ela trabalhou como balconista de uma loja de discos na capital baiana, a Roni Discos, uma das principais da cidade. No início dos anos 1960, foi apresentada a Caetano Veloso, encontro a partir do qual foi criado um vínculo pessoal a artístico que perduraria até sua morte.

Gal foi uma revolução das vozes e dos costumes na música brasileira desde seu surgimento na cena nacional, nessa mesma década.

Gal Costa no Jazzfestival em Montreux, Canadá, em 1980 (Foto de Donald Stampfli/RDB/ullstein bild via Getty Images)
Gal Costa no Jazzfestival em Montreux, Canadá, em 1980 (Foto de Donald Stampfli/RDB/ullstein bild via Getty Images)

Aproximou-se ainda adolescente aos também baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros, responsável mais tarde por um disco definidor da década de 1970.

Tinha ainda pouco mais de 20 anos quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, pedra fundamental do movimento tropicalista. Logo depois, em 1971, fez um dos espetáculos de maior repercussão da história da MPB, “Fa-Tal”, que viraria também um álbum cultuado.

Em 1977, o LP “Caras e bocas”, que incluiu a canção “Tigresa”, do cantor Caetano Veloso, marcou sua carreira pelas excelentes críticas. Em 1980, ganhou seu terceiro Disco de Ouro, com o LP “Aquarela do Brasil”, no qual gravou somente músicas de Ary Barroso.

A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa passou a reler suas antigas gravações e sua voz foi se tornando cada vez mais popular por canções como “Modinha para Gabriela”, sucesso estrondoso de Dorival Caymmi que abria a novela da Globo inspirada em Jorge Amado, e por hits reunidos no álbum “Água Viva”, de 1978, como “Folhetim”, de Chico Buarque, e “Paula e Bebeto”, de Milton Nascimento e Caetano.

Gal Costa se apresentando na Suíça, em 1996 (Foto de Lionel FLUSIN/Gamma-Rapho via Getty Images)
Gal Costa se apresentando na Suíça, em 1996 (Foto de Lionel FLUSIN/Gamma-Rapho via Getty Images)

Foi nesta fase que a cantora se incorporou mais ao mainstream das grandes redes e rádios, começando a se descolar da imagem de ícone da subversão tropicalista. A parceria com Caetano nunca esmoreceu, mas Gal passou a tirar seus hits de compositores de correntes diversas, como Chico — “A História de Lily Braun”, “Futuros Amantes”— , Djavan, de “Azul” e “Nuvem Negra”, e Moraes Moreira, de “Festa do Interior”.

Nos últimos anos, a cantora quebrou um jejum que usara para se dedicar à família para lançar álbuns elogiados como “Recanto”, de 2012, a homenagem a Lupicínio Rodrigues, uma de suas grandes influências, em 2014, e “Estratosférica”, de 2016.

Mais recentemente ela vinha se unindo a vozes em ascensão como maneira de redescobrir sua música e prestar homenagem às novas gerações. Gravou o sucesso “Cuidando de Longe” com a sertaneja Marília Mendonça, morta há um ano, e o álbum “Nenhuma Dor”, em que cantava alguns dos maiores sucessos de sua vida ao lado de nomes com Tim Bernardes, Seu Jorge, Criolo e Jorge Drexler.

com informações das agências Folhapress, O Globo e BBC Brasil.

Relatório do Ministério da Defesa: o que é a auditoria das urnas entregue ao TSE

João Conrado Kneipp

Relatório do Ministério da Defesa: Apoiadores de Bolsonaro em um protesto contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que ganhou um terceiro mandato após o segundo turno das eleições presidenciais, no Setor Militar Urbano em Brasília, Brasil, 7 de novembro, 2022. (Foto: Mateus Bonomi/Anadolu Agency via Getty Images)
Relatório do Ministério da Defesa: Apoiadores de Bolsonaro em um protesto contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que ganhou um terceiro mandato após o segundo turno das eleições presidenciais, no Setor Militar Urbano em Brasília, Brasil, 7 de novembro, 2022. (Foto: Mateus Bonomi/Anadolu Agency via Getty Images)

O Ministério da Defesa deve entregar um relatório de fiscalização das urnas eletrônicas de votação ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nesta quarta-feira (9).

O documento é considerado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como fundamental para atestar a segurança das eleições, na qual foi derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas”, diz a nota da Defesa divulgada nesta segunda.

O que é o relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas?

Na véspera do primeiro turno da eleição, o Ministério da Defesa explicou ao TCU (Tribunal de Contas da União) no dia 30 de setembro que coletaria boletins de urna para fazer a checagem da totalização dos votos.

Na resposta ao TCU, a Defesa ainda afirmou que não pretende usar os boletins de urna para fazer as contas e descobrir o resultado final da eleição. O objetivo é apenas conferir se os votos não sofrem alterações durante a transmissão dos dados para o TSE.

No ofício, os militares falam em conferência de dados e não em totalização.

Porque os militares estão fazendo uma fiscalização paralela das urnas?

atuação das Forças Armadas na fiscalização das eleições tem sido utilizada por Bolsonaro para justificar seu esforço de desacreditar as urnas eletrônicas.

Desde antes do pleito, Bolsonaro e seus apoiadores passaram meses fazendo ataques sem provas e sem fundamentos sobre a segurança e a inviolabilidade das urnas eletrônicas.

Nesse cenário, o presidente passou a citar a fiscalização das Forças Armadas como primordial para concordar com a segurança da eleição.

Agora, com manifestações golpistas eclodindo pelo país, o relatório das Forças Armadas é apontado como “a última tábua” de salvação e sustentação do discurso antidemocrático caso apresente qualquer divergência do resultado divulgado pela Justiça Eleitoral.

Como funciona o relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas?

Depois do fechamento das urnas, técnicos das Forças Armadas fizeram verificações sobre o teste de integridade e a checagem da totalização dos votos, comparando as informações de cerca de 400 boletins de urna de em 153 municípios com os dados que chegaram ao TSE para a contagem.

Os militares informaram que a amostra de cidades não será aleatória. De acordo com os integrantes da Defesa, a definição foi feita seguindo princípios metodológicos de estatística.

As Forças Armadas também trabalharam com um um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos acoplados às urnas.

O que são os boletins de urna?

Ao final da votação, cada urna imprime um comprovante com o total de votos nela registrados, os chamados boletins de urna. Uma via deve ser afixada pelos mesários na porta de cada seção eleitoral.

Apesar de ter sido criado com objetivo de funcionar como contagem paralela dos votos, a comparação das somas dos boletins de urna impressos com os resultados contabilizados pelo TSE permite auditar que tanto a transmissão quanto a totalização dos votos ocorreram corretamente.

Relatório do Ministério da Defesa: as Forças Armadas fizeram verificações de cerca de 400 boletins de urna de em 153 municípios. (Foto: Getty Images)
Relatório do Ministério da Defesa: as Forças Armadas fizeram verificações de cerca de 400 boletins de urna de em 153 municípios. (Foto: Getty Images)

Qual foi o resultado do relatório do Ministério da Defesa?

Apesar de o resultado ainda não ter sido divulgado oficialmente, as Forças Armadas não encontraram nenhuma irregularidade no primeiro turno das eleições.

A princípio, os militares avaliavam que os processos apresentaram pequenas falhas, especialmente no teste de integridade. Os problemas, de acordo com os relatos, foram mínimos e não tiveram potencial para prejudicar o resultado do pleito, e poderiam apenas ensejar somente recomendações de aperfeiçoamento ao TSE.

As conclusões do trabalho já teriam sido, inclusive, descritas a Bolsonaro pelo próprio Ministério da Defesa.

Apesar disso, Bolsonaro não autorizou a divulgação dos resultados, relataram três generais, sendo dois do alto comando, a fontes da equipe da coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Porque o relatório das urnas está sendo divulgado só agora?

Ao saber das conclusões do trabalho, Bolsonaro teria determinado que fosse feito um “relatório completo”, incluindo o segundo turno, porque o fato de não terem sido encontradas fraudes no primeiro turno não significava que não haveria problemas na segunda etapa.

Por tanto, sem o relatório completo, não deveria haver nenhuma divulgação de conclusões, decretou o mandatário.

Diante da ordem, o Ministério da Defesa adotou o silêncio após o primeiro turno das eleições sobre a fiscalização realizada no sistema eletrônico de votação em 2 de outubro.

A mesma postura adotou Bolsonaro logo após o resultado do primeiro turno. Em seu pronunciamento assim que foi oficializado sua ida ao segundo turno contra Lula, o presidente evitou também atacar o resultado do pleito e descredibilizar a transparência do processo eleitoral, ponto tão atacado e explorado por ele durante a campanha.

“Vou aguardar o parecer das Forças Armadas, que ficaram na ‘sala-cofre’ do TSE. Fica a cargo do ministro da Defesa esse assunto (confiança no resultado das eleições)”, disse ele, na noite do dia 2º de outubro.

Urnas eletrônicas: entenda o que é e como funciona a fiscalização do código-fonte

TSE e TCU cobraram Ministério da Defesa por resultado de relatório

No dia 18 de outubro, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou que o Ministério da Defesa apresentasse dentro de 48 horas cópia de documentos sobre a auditoria. Na decisão, Moraes ainda afirmou que é preciso analisar se a conduta da pasta pode configurar “desvio de finalidade”.

Como resposta enviada no mesmo dia, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se comprometeu a entregar os relatórios da fiscalização. A promessa, contudo, não foi cumprida. Outro órgão que reforçou o pedido do resultado foi o TCU (Tribunal de Contas da União).

A cobrança de Moraes ao Ministério da Defesa fez Bolsonaro mudar imediatamente de postura. No dia 19, o presidente recuou e negou que as Forças Armadas realizaram uma auditoria das urnas.

“As Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente. A comissão de transparência eleitoral não tem essa atribuição. Então furada, fake news”, disse hoje em entrevista no Palácio da Alvorada.

Ainda no dia 19 de outubro, o Ministério da Defesa afirmou ao TSE que só entregaria o relatório após o fim do segundo turno.

“Ao término do processo será elaborado um relatório contemplando toda a extensão da atuação das Forças Armadas como entidades fiscalizadoras, com os documentos atinentes às atividades em comento. Tal relatório será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da etapa 8 do Plano de Trabalho”, disse a Defesa.

Relatório completo deve ser entregue só em janeiro de 2023, diz Forças Armadas

Segundo a previsão das Forças Armadas, o relatório completo só deverá ser entregue em 5 de janeiro de 2023.

A última fase está detalhada no plano de trabalho produzido pelas Forças Armadas. No texto, os militares destacam que a fiscalização das eleições foi dividida em oito etapas. A última, que será realizada após o pleito, envolve a “coleta e análise de artefatos relacionados às urnas”.

No documento, as Forças Armadas afirmam que, após a eleição, há novas oportunidades de análise de dados que podem dar “subsídio para identificar anomalias” no processo de votação.

Relatório Ministério da Defesa. (Foto: Agência Brasil)
Relatório Ministério da Defesa. (Foto: Agência Brasil)

O trabalho envolve analisar uma série de conjuntos de dados fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com destaque para a comparação dos Boletins de Urna com os RDVs (Registros Digitais de Voto).

O que é o RDV, que será usado pelas Forças Armadas no relatório

O Registro Digital do Voto é um mecanismo que permite recuperar voto por voto para uma recontagem eletrônica. A soma dos votos deve ser sempre igual aos dados do Boletim de Urna. No RDV, os dados são gravados de forma aleatória, para não revelar a ordem dos votantes e garantir o sigilo dos eleitores.

O que diz Bolsonaro sobre o relatório do Ministério da Defesa

Em uma das poucas manifestações sobre o assunto, Bolsonaro afirmou no dia 25 de outubro que, segundo as Forças Armadas, é “impossível dar um selo de credibilidade” ao sistema eleitoral brasileiro.

“Temos uma eleição pela frente e o que nos traz certa confiança é que as Forças Armadas foram convidadas a integrar uma comissão de transparência eleitoral. E elas têm feito um papel atuante e muito bom nesse sentido. Contudo, eles me dizem que é impossível dar um selo de credibilidade, tendo em vista ainda as muitas vulnerabilidades que o sistema apresenta”, afirmou, em entrevista a um podcast conservador dos Estados Unidos.

Após a derrota no segundo turno, Bolsonaro tem adotado uma postura discretíssima. Nos últimos nove dias, Bolsonaro tem se mantido recluso, fez apenas duas aparições públicas e se distanciou do Palácio do Planalto. Até seus apoiadores foram ignorados pelo presidente.

Além do pronunciamento oficial após 48 horas de silêncio depois do segundo turno, o presidente falou a seus apoiadores apenas mais uma vez, em vídeo publicado na última quarta (2), quando pediu o fim dos bloqueios nas rodovias.

Relatório do Ministério da Defesa: o temor do TSE é de o documento não ser contundente em relação à lisura das urnas e ser lido por manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições como uma senha para manter a mobilização. (Foto: Fabio Teixeira/Anadolu Agency via Getty Images)

O que diz o TSE sobre o relatório das urnas do Ministério da Defesa?

Embora o Ministério da Defesa tenha marcado para esta quarta-feira (9) a entrega do relatório, ministros do TSE minimizaram o anúncio por acreditarem que o documento não trará nenhuma informação desconhecida.

O crença baseia-se no fato de que se fosse descoberto algum problema grave com as urnas, os militares já teriam divulgado as conclusões e de forma mais expansiva do que a prevista para amanhã.

“Eles não têm nada para falar. Até porque, se fosse ‘bombástico’, o presidente [Jair Bolsonaro] convocaria coletiva [de imprensa]”, disse ao Metrópoles um influente ministro do TSE que também é integrante do Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, integrantes do TSE também temem que o relatório acabe por estimular os atos golpistas espalhados pelo país.

O risco, avaliam integrantes da corte, é de o documento não ser contundente em relação à lisura do sistema de votação e ser lido por manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições como uma senha para manter a mobilização.

Qualquer declaração dúbia, avaliam juízes e técnicos da área de inteligência do tribunal, pode ser suficiente para estimular manifestantes a permanecerem nas ruas. Nos últimos dias, até uma notícia falsa de prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes serviu para dar mais fôlego às mobilizações.

com informações das agências Folhapress, Reuters e AFP