Dia: 18 de abril de 2021

Guanambi: Deputado federal Igor Kanário é condenado a indenizar policiais militares por ofensas

Nove Policiais Militares do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM) na cidade de Guanambi, ajuizaram ação por reparação de danos morais contra o deputado federal Igor Kanário (DEM)) pelas ofensas dirigidas a todos os policiais militares da PMBA, chamando-os de “Bunda moles” e afirmando que se algo acontecesse com a vida dele seria responsabilidade de policiais militares.

As ofensas foram feitas durante a passagem do trio elétrico no circuito do carnaval de Salvador no ano passado, quando o cantor Igor Kanário parou de cantar e começou a proferir ofensas aos policiais militares, inclusive incitando os foliões contra os integrantes da corporação. Os militares integrantes do 17º BPM de Guanambi decidiram ajuizar a ação perante o Juizado Especial Cível para reparação de danos morais, por terem se sentido ofendidos em sua honra.

Na audiência de conciliação em ambiente virtual, o deputado compareceu sem camisa, sendo advertido pelo juiz conciliador para que respeitasse o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no que foi atendido. Na sua sentença, o juiz Ronaldo Alves Neves Filho julgou procedente o pedido de indenização por danos morais, e estabeleceu o valor de R$ 4 mil para cada um dos nove policiais militares autores da ação.

Leite materno tem anticorpos contra o novo coronavírus, diz estudo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Estudos divulgados nos últimos dias têm apontado que, após imunizadas com vacinas contra a Covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos contra o novo coronavírus. Nos Estados Unidos, já há movimentos de retomada do aleitamento em busca da proteção dos bebês. Pediatras alertam, no entanto, que as pesquisas ainda não comprovaram se as crianças realmente ganham imunidade e, se sim, quanto tempo isso duraria.

No fim de março, foi divulgado estudo com 131 mulheres em idade reprodutiva, entre elas gestantes e lactantes, que receberam as duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech ou da Moderna. O monitoramento apontou a presença de anticorpos no sangue do cordão umbilical e no leite materno das participantes.

Os pesquisadores, do Massachusetts General Hospital (MGH), Brigham and Women’s Hospital e do Ragon Institute of MGH, MIT e Harvard, compararam ainda anticorpos produzidos por mulheres infectadas e os induzidos pela vacinação, encontrando um número significativamente mais alto entre as imunizadas.

Outro levantamento, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, veio a público em 30 de março. Ele também encontrou anticorpos contra o vírus e detectou que eles apareceriam duas semanas após a primeira dose da vacina, permanecendo por pelo menos 80 dias – tempo que a pesquisa durou.

Os pesquisadores sugerem que eles poderiam passar por meio da amamentação para os bebês e conferir algum tipo de proteção. Revisado por pares, o estudo analisou um grupo de cinco mães, que foram imunizadas com a vacina da Pfizer/BioNTech, e com filhos entre 1 mês e 2 anos.

Mais recente, uma pesquisa israelense divulgada pelo periódico científico Jama na última segunda-feira, apontou a presença dos anticorpos específicos para o Sars-CoV-2 em um grupo de 84 mulheres que forneceram 504 amostras de leite materno ao longo do estudo, entre 20 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano.

As amostras foram recolhidas antes da administração da vacina da Pfizer/BioNTech e, duas semanas após a imunização, passaram a ser recolhidas semanalmente por seis semanas. A vacina da Pfizer, que tem taxa de 95% de eficácia, ainda não está sendo aplicada no Brasil, mas o governo fechou contrato para comprar 100 milhões de doses. Desse total, 15,5 milhões estão previstos para chegar ainda neste semestre.

Condeúba: A Secretaria Municipal de Saúde informa o Boletim Epidemiológico de hoje (18), aumentou mais DEZ casos

Segundo o gráfico divulgado pela Coordenação da Vigilância Epidemiológica, informa que aumentou de 661 para 671 os pacientes infectados pelo covid-19 no município sede de Condeúba. Sendo 11 óbitos, 617 já foram curados e 43 estão em tratamento. Suspeitos 2.297, aguardam coleta 8, aguardam resultado 11 e descartados laboratorialmente 1.607.

Confira o boletim deste domingo (18):

Brasil precisa criar protocolos para tratamento da síndrome pós-coronavírus

Nem sempre a alta hospitalar é o fim dos problemas causados pela Covid-19. No mundo todo, profissionais de saúde observam uma série de complicações decorrentes da doença, que vão de manifestações dermatológicas a distúrbios cardíacos e podem surgir meses após resolvido o quadro agudo da infecção pelo SARS-CoV-2.

Para que a carga da pandemia não se torne ainda maior para o sistema de saúde do país, pesquisadores recomendam a criação de protocolos clínicos e unidades para tratamento de pacientes com a chamada síndrome pós-Covid.

O assunto foi debatido em seminário on-line promovido no dia 08 de abril pela Academia Nacional de Medicina (ANM).

“Temos observado que o doente se cura da Covid-19, sai da UTI [Unidade de Terapia Intensiva], mas permanece no hospital, pois não consegue voltar para casa. Ele precisa de reabilitação. Por isso, temos de pensar num modelo que passei a chamar de unidade pós-Covid, onde teríamos atendimento ambulatorial, hospital-dia e algumas áreas para internação daqueles pacientes que não têm condição [de ter alta]”, disse Fábio Jatene, diretor-geral do Instituto do Coração (InCor) e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).

Jatene falou sobre a ocorrência de problemas cardiovasculares decorrentes da doença, que não necessariamente ocorrem apenas em pacientes com histórico prévio de doença cardíaca.

“A literatura tem várias observações a respeito de pessoas absolutamente sem doença cardiovascular e que acabaram desenvolvendo no pós-Covid. Inclusive atletas universitários, pessoas sem risco cardiovascular. Estudos revelaram que 55% dos pacientes no pós-Covid apresentaram alterações no bombeamento cardíaco. Num estudo realizado na Alemanha, 78% dos pacientes diagnosticados com COVID-19 mostraram evidência de alguma lesão cardíaca, causada até semanas depois da recuperação da doença propriamente dita”, explicou o pesquisador, que é apoiado pela Fapesp.

Para o presidente da ANM, Rubens Belfort Jr., a síndrome pós-pandemia é uma amostra do papel das doenças infecciosas no desenvolvimento de outras moléstias. Segundo o médico, a pandemia está trazendo novos conhecimentos sobre essa relação. Um exemplo anterior é a zika que, embora não cause problemas graves em adultos, pode levar à microcefalia nos fetos em desenvolvimento. Outro é a toxoplasmose, recentemente relacionada à ocorrência de esquizofrenia.

“O problema vai muito além da Covid-19. Quem poderia imaginar que tantas alterações aparentemente não relacionadas a doenças infecciosas decorrem delas? Com toda certeza, muitas outras doenças virais podem causar manifestações tardias, mas a medicina ainda as desconhece”, disse Belfort, que é professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

Segundo Carlos Alberto Barros Franco, membro da ANM e professor da Escola Médica de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Brasil ainda está na fase da pandemia em que a preocupação mais urgente é conter a transmissão do vírus, mas os problemas decorrentes da COVID-19 vão persistir por muito tempo.

“Essa é uma preocupação de países europeus e norte-americanos, que vêm se preparando para essa segunda fase, a da síndrome pós-Cpvod ou Covid longa. Isso terá consequências da maior gravidade no Brasil. Haverá pessoas que não vão poder voltar a trabalhar normalmente. Então é fundamental que o Brasil se prepare”, disse o acadêmico.

Câncer e Covid-19

Os palestrantes relataram casos e apresentaram estudos realizados no Brasil e no exterior das mais variadas manifestações ocorridas após a resolução da fase aguda da Covid-19. Alterações gastrointestinais, pulmonares, do fígado e das vias biliares; diferentes manifestações dermatológicas, renais e otorrinolaringológicas; problemas psicológicos e até da retina já foram relatados na literatura médica.

Como um dos efeitos colaterais da pandemia, não necessariamente ligados à doença em si, pesquisadores apontaram uma redução significativa no número de diagnósticos e tratamentos de câncer.

Segundo Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer (Icesp) e professor da FM-USP apoiado pela FAPESP, a pandemia trouxe queda significativa nos exames preventivos e, consequentemente, no diagnóstico precoce de tumores.

Uma vez que quanto mais cedo ocorre o diagnóstico, maiores são as chances de cura, a pandemia deverá trazer um número maior de ocorrência de câncer e de mortes no futuro. Estudo realizado na Inglaterra estimou quase 18 mil mortes a mais por câncer naquele país por conta da interrupção dos tratamentos ou pela falta de diagnóstico.

“São dados que se repetem ao redor do mundo. Tivemos redução na ordem de 70% a 90% nos exames de rastreamento de tumores importantes como de mama, próstata e colorretais. [Houve ainda] redução significativa nas cirurgias relacionadas ao diagnóstico de câncer e, talvez mais importante, dados originados nos laboratórios de anatomopatologia mostram até 30% de redução nas biópsias de câncer nesse período. Lembrando que esses casos continuam acontecendo, só não estão sendo diagnosticados no seu estágio mais precoce, o que seria desejável”, contou o pesquisador.

O médico afirmou que a incidência da doença é similar entre pessoas com e sem câncer, mas que a mortalidade é maior no primeiro grupo, como deve mostrar um estudo realizado por sua equipe, ainda não publicado. Os pacientes especialmente afetados pela Covid-19 são os imunodeprimidos por conta da doença ou do tratamento, os que têm comprometimento pulmonar prévio ou portadores de neoplasias hematológicas.

O médico oncologista afirmou ser essencial que os pacientes diagnosticados mantenham o tratamento, ainda que seguindo protocolos de segurança contra a doença. Além disso, pessoas saudáveis não devem deixar de fazer exames de rotina que possam detectar tumores. Pacientes em tratamento contra o câncer que tenham sido diagnosticados com Covid-19 devem retomar as terapias para os tumores entre 14 e 21 dias depois da resolução dos sintomas da infecção pelo SARS-CoV-2, alertou.

Por engano, 46 pessoas recebem vacina contra Covid no lugar de dose contra a gripe no interior de SP

Um engano fez com que 46 pessoas recebessem a vacina contra Covid-19, a Coronavac, no lugar da dose contra gripe em um posto de vacinação de Itirapina (SP), interior de São Paulo, na terça-feira (13). Entre os vacinados, estão 18 adultos – sendo uma gestante – e 28 crianças. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Itirapina, o erro foi percebido durante o controle do estoque das vacinas, na quarta-feira (14), quando foi notada a falta de 46 doses da Coronavac.

Em Diadema, na Grande São Paulo, outras cinco crianças foram vacinadas nesta semana contra o coronavírus após um erro numa Unidade Básica de Saúde. As crianças têm entre sete meses e quatro anos de idade e deveriam ter sido imunizadas contra a gripe. O infectologista Bernardino Souto diz que ainda não há estudos clínicos suficientes para determinar os efeitos da Coronavac em crianças e gestantes e que, por isso, os pacientes que tomaram a vacina por engano devem ser monitorados clinicamente.

“É adequado manter essas pessoas sob monitoramento ao longo de algumas semanas ou meses para verificar alguma ocorrência que possa ser relacionada à vacina. No caso das gestantes, é adequado que também seja feito com os recém-nascidos”, avalia. De acordo com a Prefeitura de Itirapina, uma técnica de enfermagem enviou erroneamente frascos da Coronavac para o local onde está ocorrendo a campanha de vacinação contra gripe (influenza).

Para não causar conflito com a imunização contra a Covid, a 1ª etapa , que geralmente começa pelos idosos, foi destinada este ano a crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. A Secretaria de Saúde de Itirapina comunicou à Vigilância Epidemiológica de Piracicaba sobre a falha e solicitou orientações sobre as medidas a serem adotadas.

Ainda segundo a prefeitura, todos os vacinados foram informados pessoalmente, e a Secretaria de Saúde disponibilizou uma equipe médica para avaliação e orientação, com acompanhamento por 14 dias, das pessoas envolvidas. Nesta quinta-feira (15), 26 pessoas passaram por atendimento médico, entre elas a gestante. No caso das crianças, a avaliação e as orientações foram feitas por uma pediatra.

Fonte: 97news

Brumado: Vereador Harley Lopes solicita o retorno do pagamento do auxílio universitário previsto no PAEES

O vereador Harley Lopes apresentou na sessão da Câmara de Vereadores de Brumado desta sexta-feira a indicação n° 256/2021, solicitando o retorno do pagamento do auxílio universitário, previsto na Lei 1.810 de 2017, que instituiu o Programa de Acesso Estudantil ao Ensino Superior (PAEES), e a atualização do valor pago.

De acordo com o vereador: “Nesse momento de grave crise econômica que estamos vivenciando é necessário que o Poder Público conceda auxílio financeiro à população, ao invés de cortar benefícios já adquiridos por lei. A manutenção do auxílio universitário é de extrema importância para possibilitar que os estudantes tenham condições para prosseguir com os estudos.

Diante disso, peço a compreensão do Poder Executivo, para que retorne imediatamente com o pagamento do auxílio aos estudantes. Solicito ainda, que o valor do auxílio seja atualizado, tendo em vista que a lei 1.810/2017, em seu art. 7°, prevê o reajuste anual do valor do auxílio e desde 2017 que o auxílio permanece no valor de R$500,00.”

Covid-19: governadores pedem ajuda à ONU para obter vacinas

O Fórum de Governadores se reuniu último dia (16) com representantes da secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina Mohamed, e com representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para solicitar auxílio na viabilização de mais doses de vacinas.

Os governantes estaduais defenderam um tratamento especial ao Brasil como uma “ajuda humanitária” diante do reconhecimento dos órgãos internacionais de que o país é o novo centro da pandemia.

Os governadores solicitaram apoio das instituições internacionais para destravar o repasse de doses previstas no acordo do mecanismo Covax Facility, consórcio coordenado pela OMS. Segundo o coordenador do Fórum, o governador do Piauí, Wellington Dias, o Brasil teria direito a 9,1 milhões de doses oriundas do mecanismo, mas só recebeu até o momento 1 milhão.

“Haverá esforço para que uma entrega que estava prevista para maio possa ser antecipada para até o fim de abril, de 4 milhões de doses. Vamos tratar com Coreia, Índia e China, que estão neste esforço de produção [dos imunizantes]. Até o mês de maio completa essa entrega e maio-junho tem perspectiva de regularização”, declarou Dias em entrevista coletiva após a reunião.