Dia: 28 de outubro de 2020
Comunidades Sapé, Sossego e Guariba recebem titulação quilombola
Por Déborah Silva Costa
Diretoria da Associação do Sapé apresenta a certidão remanescente do quilombo para toda a comunidade
No último sábado, dia 24 de outubro de 2020, as comunidades de Sapé, Sossego e Guariba reuniram-se para receber oficialmente a certificação de comunidade remanescente de quilombo, por assim se identificarem, tendo como referência sua ancestralidade, seu sentimento de pertença baseado na identidade étnica e na autodefinição.
A iniciativa de estudo para titulação da comunidade coube aos seus próprios integrantes, que buscaram ajuda apenas para estudo histórico, mas, realizaram eles mesmos, a maior parte do trabalho. A ideia surge após serem questionados por “pessoas de fora”, e observar o quanto são culturalmente diferenciados, com condições sociais, ambientais, culturais e econômicas distintas, e a relação específica que mantém com o território e o meio ambiente, procurando sempre assegurar a sustentabilidade da geração presente e futura.
A atitude demonstra o quanto se interessam pelo desenvolvimento do seu território. Todos da diretoria da associação e demais integrantes das comunidades tem consciência da necessidade de luta por melhores condições de vida para seu povo, para que esse alcance uma maior visibilidade e políticas públicas necessárias para seu desenvolvimento, sendo a titulação um caminho para alcançá-las.
A comunidade saúda e agradece seus idosos, pessoas experientes que partilharam sua memória de vida para obtenção da titulação: Sr. Ananias, Sra .Josefa, Sra. Geralda, Sra. Rosa, Sra. Aleir, Sr. Clemente e Sr. Cândido.
Fotos: Rosely
Sem controle de aglomerações, Bahia pode enfrentar 2ª onda de Covid antes do fim do ano
Apesar do platô atual na curva da pandemia em relação aos casos ativos, novas ocorrências e mortes pela Covid-19, a Bahia pode ser afetada por uma segunda onda de contaminação até o fim do ano. O repique na curva de contaminação pela doença já é uma realidade na Europa e acende um alerta para outras localidade.
A possibilidade foi admitida pelo secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, ao site Bahia Notícias, que teme os reflexos da flexibilização de atividades comerciais na capital e no interior, aglomerações e o abandono do uso de máscaras de proteção pela população, que tem sido comuns, principalmente em meio ao período eleitoral.
O titular da Sesab publicou gráficos para mostrar que a Bahia está em uma situação de platô da curva de contaminação, mas alertou para a possibilidade de uma retomada do processo de contágio. O secretário explicou que “esse platô, na sequência da forte redução que vinha ocorrendo [queda sustentada], significa uma retomada do processo de contágio”.
Os gráficos apresentados pelo titular da Saúde na Bahia de fato mostram o atingimento de um platô no número de casos ativos e casos novos. Há uma semana, na segunda-feira (19), o governador Rui Costa sinalizou que o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) tem processado menos testes RT-PCR para diagnóstico da Covid-19 do que é capaz.
O gestor reconheceu que os municípios têm realizado menos testes, fato que desperta preocupação. Diante de questionamento sobre a queda no número de testes, o secretário Fábio Vilas-Boas afirmou que “o nível de testagem caiu, mas se mantém com 25% de positividade”.
No estado o governador Rui Costa assinou um decreto no início de setembro em que ampliou o limite do número de pessoas permitidas em eventos em todo estado para 100. Em 23 de outubro o número foi alterado, e passou a ser autorizado até 200 pessoas em eventos.
Fonte: 97news
Estudo indica que Covid-19 pode impactar em dez anos o envelhecimento do cérebro
Dez anos de envelhecimento no cérebro. É o impacto que pode ser sofrido por pessoas que estão se recuperando da Covid-19. De acordo com a agência de notícias Reuters, pesquisadores do Imperial College de Londres, no Reino Unido, alertam, nesta terça-feira (27), que a doença pode prejudicar funções cerebrais e declínio mental.
A pesquisa envolveu a análise de resultados de 84.285 pessoas, sendo denominada Grande Exame da Inteligência Britânica. As conclusões foram divulgadas pelo site MedRxix, mas ainda têm de ser verificadas por outros estudiosos. O estudo foi coordenado pelo médico Adam Hampshire, do Imperial College de Londres.
Ainda segundo a publicação, os exames cognitivos feitos pelos pesquisadores analisaram, por meio de exames cognitivos, de que forma o cérebro atua para a realização de tarefas, a exemplo de como lebrar palavras e unir pontos em um quebra-cabeça
Segundo os resultados, a Covid-19 pode causar déficits cognitivos “de tamanho de efeito significativo”, principalmente em pessoas que tiveram de ser hospitalizadas. Esses impactos são “equivalentes ao declínio médio de 10 anos no desempenho global entre os 20 e os 70 anos”.
Por outro lado, cientistas que não participaram diretamente do estudo analisam que os resultados precisam ser vistos com cautela. “A função cognitiva dos participantes não era conhecida antes da Covid, e os resultados tampouco refletem a recuperação de longo prazo, por isso quaisquer efeitos sobre a cognição podem ser de curto prazo”, afirmou a professora de neuroimagética aplicada da Universidade de Edimburgo, Joanna Wardlaw.
Além disso, a pesquisa possui voluntários que alegaram ter Covid-19, mas que não foram propriamente diagnosticados com a doença, aponta o professor de ciência imagética medicinal do University College de Londres, Derek Hill.
Fonte: Bahia Notícias
Vendas de Ivermectina disparam quase 80% em um mês, mostra levantamento da FGV
As vendas da Ivermectina subiram 76,6% no mês de setembro, de acordo com um levantamento Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) em parceria com a empresa Linx. O medicamento faz parte da classe dos antiparasitários e anti-helmínticos, e no início da pandemia no Brasil foi altamente procurado pela população após ser associado a um suposto tratamento da Covid-19. A eficácia do medicamento para a infecção pelo coronavírus não foi cientificamente comprovada.
Os dados mostram que a alta foi constatada depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou sua própria proibição de venda do medicamento sem prescrição médica. O órgão informou que a revisão foi feita porque os medicamentos não correm risco de desabastecimento no mercado e a liberação visa garantir o tratamento de verminoses e parasitoses comuns entre a população.
Ao dados mostram que entre março e julho, o remédio passou a registrar aumento de vendas consistentemente após ser mencionado entre as possíveis medidas preventivas contra o novo Coronavírus. Em junho, as vendas subiram 235% em relação ao mês de maio, e em julho, 54% em relação ao mês anterior. Para frear a corrida por automedicação e estocagem do medicamento em casa, a Anvisa anunciou a restrição em agosto e a proibição provocou queda de 78,5% nas vendas nacionalmente.
O relatório aponta ainda que, pelo segundo mês consecutivo, antirreumáticos, como a Hidroxicloroquina, e anti-inflamatórios não esteroidais, como o Ibuprofeno, seguem como os medicamentos mais procurados, com cerca de 14% do volume total de vendas. Na segunda colocação, com aproximadamente 12%, estão os analgésicos e antipiréticos, como Dipirona sódica e Paracetamol, seguidos por contraceptivos hormonais (11%).
SÃO PAULO LIDERA IMPORTÂNCIA RELATIVA DO MERCADO
Os dados de vendas entre os estados se mantiveram no mês de setembro: São Paulo segue na liderança com 34,8% de importância relativa em faturamento nacional, seguido pelo Rio de Janeiro (11%); Minas Gerais (9,5%); Rio Grande do Sul (7%) e Paraná (6,9%).
O ticket médio nacional ficou na faixa acima de R$45 em setembro de 2020, com crescimento de 0,8% em relação a agosto e de 5,2% em relação a setembro de 2019. O estado com maior ticket médio foi Rondônia, com mais de R$ 65,00, seguido por Mato Grosso do Sul, na mesma faixa, e Rio Grande do Sul, com mais de R$ 60,00.
Os dados foram obtidos a partir da análise de mais de 162 milhões de produtos farmacêuticos, sendo mais de 53 milhões de notas de compra, comparando os meses de setembro de 2018, 2019 e 2020.
Fonte: Bahia Notícias
Por unanimidade, TSE cassa mandato do deputado Marcell Moraes por abuso de poder econômico
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em julgamento nesta terça-feira (27), cassar o diploma do deputado estadual Marcell Moraes (PSDB), revertendo, assim, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) que absolveu o parlamentar das acusações de abuso de poder econômico nas eleições de 2018.
O ministro relator, Sérgio Banhos, afirmou que existem “provas robustas” de que Marcell valeu-se das campanhas de vacinação e castração de animais gratuitas ou com valores bem inferiores aos praticados no mercado para fins eleitorais, mostrando, assim, que a motivação dos atos não era filantrópica, especialmente pela “massiva exposição da imagem dele associada aos serviços prestados.
Banhos defendeu que “devem se considerar nulos os votos para todos os fins” e que Marcell fique inelegível por oito anos.
Representante do Ministério Público Eleitoral (MPE), o Vice-Procurador Geral da República Humberto Jacques destacou que “não se trata de um episódio singular em praça com simpatia ao animais” e que os procedimentos custavam em torno de 53 reais, quando os valores de mercado são entre R$ 800 e mil reais.
Humberto Jacques reclamou que o caso de Marcell foi tratado pelo TRE como pela filantropia, mas que na verdade se trata de propaganda eleitoral e desigualdade da disputa.
A defesa de Marcell, feita pelos deputados Jutahy Magalhães Neto e Jutahy Magalhães Júnior [ex-deputado federal], que argumentaram que o tucano já era envolvido na causa animal antes de entrar na vida pública e que os serviços eram realizados por uma ONG. E sustentaram ainda que Marcell teve votos em cidades onde não realizou campanhas de vacinação.
O relator pontuou ainda que as campanhas não tinham cuidado no atendimento, mas sim a preocupação com a quantidade de animais para alcançar o maior número de pessoas. Detalhou ainda que ofícios sobre as campanhas eram emitidos em papel timbrado da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), com assinatura do próprio deputado e que os respectivos locais de vacinação continham materiais de divulgação, com vídeo, folders e camisetas do parlamentar.
O ministro Banhos afirmou ainda que os integrantes das ONGs envolvidas eram familiares e funcionários do gabinete do deputado, o que, para o relator, indica a “posição de comando do deputado sobre os eventos”.
Cresce número de negociações coletivas envolvendo o home office
Levantamento do Projeto Salariômetro da Fipe mostra que o home office está cada vez mais na mesa de negociações entre empresas e sindicatos. O total de acordos e convenções coletivas envolvendo o trabalho remoto teve um salto de 236%, levando em conta o ano todo de 2019 e os nove primeiros meses de 2020.
Em 2019, houve 884 negociações, enquanto que em 2020, até setembro, o número estava em 2.971. Em relação à proporção dentro do total, o tema trabalho remoto, que esteve em 2,4% das negociações em 2019, saltou para 15,9% neste ano até setembro.
O Salariômetro da Fipe projeta para o ano inteiro de 2020 o total de 5,8 mil negociações coletivas envolvendo o trabalho remoto, ou seja, 18,7% de um total de 31 mil.
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