Zelensky prudente após anúncio russo sobre retirada de Kherson
“O inimigo não nos dá presentes, não mostra ‘gestos de boa vontade’. Nós lutamos por tudo isto. E, quando se luta, é preciso entender que cada passo vem com a resistência do inimigo. Trata-se sempre da perda de vidas dos nossos heróis. Devemos, portanto, ter extrema cautela, sem emoções e sem correr riscos desnecessários”, referiu o chefe de Estado ucraniano, no seu habitual discurso noturno à nação.
O conselheiro do Presidente ucraniano, Mykhailo Podolyak, já tinha dito na rede social Twitter que “as ações falam mais alto do que as palavras” e que “até ao momento não existiam sinais de que a Rússia estava a partir sem luta”.
Do lado russo, a ordem de retirada da margem ocidental do rio Dnipro foi dada pelo ministro da defesa, Serghei Shoigu. Os militares de Moscovo alegam dificuldades no abastecimento da cidade, devido a constantes ataques ucranianos.
A região de Kherson, recorde-se, está a ser alvo de uma contraofensiva por parte de Kiev há cerca de dois meses.
Nos Estados Unidos da América, Joe Biden já reagiu a este anúncio por parte da Rússia e diz que se trata de uma evidência clara de “problemas” por parte das tropas de Moscovo.
“É a prova de que eles têm problemas reais, a Rússia, o exército russo. Número um. Número dois, dará, no mínimo, tempo para que todos recalibrem as suas posições durante o período de inverno”, salientou o chefe de Estado norte-americano.
Os militares ucranianos mostram-se cautelosos e permanecem em alerta. A confirmar-se, esta será uma das maiores derrotadas russas desde o início da guerra.
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