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11 de setembro, vinte anos depois: resumo do ataque às Torres Gêmeas

Escrito por Pedro Menezes Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação Atualizado em 23 julho 2021Momento em que a segunda torre foi atingida e a primeira já ardia em chamas

11 de setembro, vinte anos depois: resumo do ataque às Torres Gêmeas
Pedro Menezes Escrito por Pedro Menezes Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação Atualizado em 23 julho 2021
O dia 11 de setembro de 2001 foi a data em que o grupo terrorista Al-Qaeda atacou os Estados Unidos com aviões civis.

Este foi o maior atentado terrorista da história, vitimou quase 3 mil pessoas e suas consequências atingiram tantos os americanos como o restante do mundo.

Resumo dos Ataques
Na manhã de 11 de setembro de 2001, quatro aeronaves com passageiros foram sequestradas em diferentes pontos dos Estados Unidos.

Os aviões se dirigiram a distintos alvos: duas para as Torres Gêmeas, em Nova York; uma para o Pentágono e a última, provavelmente, para o Capitólio, em Washington.

Os ataques foram coordenados por Osama bin Laden, causaram a morte de 2.996 pessoas e deixaram mais de 6.000 feridas.

Vejamos quais foram os alvos e como se deu esta agressão.

Torres Gêmeas
Ataque às Torres Gêmeas
Momento em que a segunda torre foi atingida e a primeira já ardia em chamas
As Torres Gêmeas, de 110 andares e 417 metros de altura, faziam parte do complexo World Trade Center, que reunia sete edifícios.

Oficialmente, seus nomes eram “World Trade Center One” e “World Trade Center Two”, eram os edifícios mais altos de Nova York e o 5.º mais alto do mundo. Tratava-se de um dos símbolos da cidade, abrigava centenas de empresas e por volta de 50.000 trabalhadores.

No dia 11 de setembro de 2001, terroristas sequestraram dois aviões em Boston, esfaquearam passageiros e provavelmente, mataram os pilotos. Como sabiam pilotar, assumiram o comando da aeronave e mudaram a rota dos aviões dirigindo-os para as Torres Gêmeas.

A Torre Norte foi atacada às 08h46. O avião da American Airlines, voo 11, foi jogado na parte mais alta do edifício, atingindo do andar 93 ao 99. Imediatamente, a construção começou a arder em chamas, deixando presas as pessoas que se encontravam dos andares 100 ao 110.

As televisões de todo o mundo iniciaram a transmissão do incêndio. Às 09h03, o voo 175, da United Airlines, atingiu a Torre Sul.

Com o impacto e o incêndio provocado pela grande quantidade de combustível, os prédios começaram a arder. Assim, toda estrutura que era sustentada por aço e ferro derreteu, causando seu desabamento.

A Torre Norte caiu às 10h28 e a Torre Sul, às 09h59, apenas 56 minutos depois da colisão do avião.

Calcula-se que 1.355 pessoas morreram na Torre Norte e 630, na Torre Sul. A diferença nos números se deve ao fato que muitos que estavam na Torre Sul decidiram evacuar o prédio após o ataque à Torre Norte.

Pentágono

Aspecto do Pentágono após sofrer o ataque

Às 09h37, o avião da American Airlines, voo 77, foi lançado contra o complexo de inteligência militar americana, o Pentágono, no estado da Virgínia.

Neste ataque, 184 pessoas faleceram. Sete anos depois, foi inaugurado um memorial para recordar as vítimas desta agressão.

Voo 73 da United Airlines

Local onde caiu o avião da United Airlines, na Pensilvânia, Estados Unidos

O quarto avião sequestrado foi o voo 93, da United Airlines. Como o voo sofreu um atraso ao decolar, os passageiros sabiam o que estava acontecendo em Nova York. Os pilotos, inclusive, foram alertados sobre uma possível invasão da cabine.

Por isso, quando foi anunciado por um dos sequestradores sobre o desvio da rota, alguns passageiros decidem reagir e tentam tomar o controle da aeronave.

Houve luta entre os quatro sequestradores e os passageiros. Um deles estava pilotando e o grupo se dá conta que não chegariam ao alvo. Deliberadamente, eles decidem jogar o avião no campo onde estavam sobrevoando, matando todos os 44 ocupantes.

O voo 93 foi o único que não causou vítimas no solo e também o único que teve a caixa-preta recuperada.

Em 10 de setembro de 2015 foi inaugurado no mesmo local, o Memorial Nacional Voo 93 (Flight 93 National Memorial), onde estão escritos os nomes dos passageiros e da tripulação. Igualmente é possível conhecer com detalhes o motim realizado a bordo.

Motivos para o Atentado de 11 de setembro
Logo que ocorreu o ataque, o mundo inteiro se perguntava quais teriam sido os motivos para os Estados Unidos terem sido alvo de uma ação tão trágica e espetacular ao mesmo tempo.

Para isso, é preciso voltar ao final da década de 70, quando começaram a surgir regimes islamistas no Oriente Médio, contra o Ocidente. Para assegurar o abastecimento de petróleo, os Estados Unidos procuram manter sua influência na região.

Assim, qualquer indício de instabilidade naquela zona, é respondida com guerra, na maioria das vezes. Foi assim durante a invasão soviética ao Afeganistão e no Iraque, de Saddam Hussein.

Precisamente, após a Guerra do Golfo, extremistas religiosos insatisfeitos com a ingerência dos americanos em seus assuntos internos, se reúnem em torno de Osama bin Laden. Agrupados na Al-Qaeda (A Base, em árabe) serão responsáveis por uma série de atentados terroristas nos EUA e contra a embaixadas americanas na África.

Desta maneira, segundo a lógica dos terroristas, uma das principais razões para os atentados de 11 de setembro é vingar as guerras e ditaduras apoiadas pelos EUA na região.

Vista de uma das piscinas do Memorial 11 de Setembro com os nomes das vítimas dos atentados

A ideia de construir um memorial surgiu logo após a tragédia. Muitas famílias discordaram sobre a forma que o governo queria se apropriar da memória das vítimas e foram contra a iniciativa.

No entanto, o memorial foi construído e aberto ao público no décimo aniversário dos ataques, no dia 21 de maio de 2011. Localizados onde estavam as torres gêmeas, o memorial consiste em duas piscinas que jorram água, sem cessar, para um buraco quadrado. Ao redor estão gravados em bronze o nome das vítimas que morreram naquele dia e 2.241 árvores rodeiam os monumentos.

Já o museu, reúne todo o tipo de objetos encontrado entre os escombros das Torres Gêmeas. Igualmente, estão ali carros de bombeiros que foram danificados durante o resgate, os planos de reconstrução do lugar, etc.

Caminhão dos bombeiros destruído no desabamento das Torres Gêmeas (9/11 Memorial Museum, NY)
Caminhão dos bombeiros destruído no desabamento das Torres Gêmeas (9/11 Memorial Museum, NY)

Caminhão dos bombeiros destruído no desabamento das Torres Gêmeas (9/11 Memorial Museum, NY)

Consequências do 11 de Setembro
Após o atentado em 11 de setembro de 2001, não só os Estados Unidos, mas o mundo todo sofreu as consequências. Vejamos algumas delas.

Medidas de Segurança nos Voos
A mais visível foi o incremento das medidas de segurança nos aeroportos que inclui a restrição em levar líquidos e uma rigorosa inspeção antes de embarcar.

Da mesma forma, os pilotos ficaram isolados nas cabines e só podem ser contactados através de um interfone.

Lei Patriótica (EUA)
O governo de George W. Bush aproveitou para aprovar medidas excepcionais em nome da segurança nacional americana. Essa lei recebeu o nome de “Lei Patriótica” (USA Patriot Act) e permitia:

a escuta telefônica ou a interceptação de mensagens sem a necessidade de autorização da Justiça;
tornar suspeito depósitos e transferências de dinheiro para destinatários sem identificação;
confisco de bens materiais a pessoas físicas e jurídicas que apoiem ou pratiquem atos terroristas;
o compartilhamento de dados pessoais entre as diversas agências de inteligência.
Esta lei vigorou durante todo o governo de George W. Bush e parte da administração Obama. Apenas em 2015, a Lei Patriótica foi substituída pela Lei da Liberdade, ainda que conservasse algumas características da lei anterior.

Conflitos Externos
Durante a presidência de George W. Bush houve um considerável aumento no gasto militar e no orçamento das agências de inteligência.

Guerras foram travadas no Afeganistão, no Iraque, e mais discretamente, no Iêmen. A caça ao principal responsável, Osama Bin Laden, tornou-se uma questão de honra para o governo americano.

Contudo, ele somente seria encontrado em 2011, sob administração de Barack Obama.

Filmes sobre o Atentado de 11 de Setembro
O cinema começa a se interessar em levar às telas os acontecimentos de 11 de Setembro de 2001. Aqui temos alguns exemplos:

9/11, de Jules Clément Naudet e Thomas Gédéon Naudet, 2002.
Os Heróis, de Jim Simpson, 2002.
Fahrenheit 09/11, de Michael Moore, 2004.
As Torres Gêmeas, de Oliver Stone, 2005.
Voo United 93, de Paul Greengrass, 2006.
A Hora mais Escura, de Kathryn Bigelow, 2012.
Dois canhões de luz iluminando Nova Iorque, fazendo alusão às Torres Gêmeas
Luzes em homenagem às vítimas do 11 de setembro relembram a presença das torres do World Trade Center durante o mês de sembro em Nova Iorque.

Mais 942 mil doses da vacina da Janssem chegam ao Brasil

O Brasil recebeu, na manhã de ontem (26), 942 mil doses da vacina da Janssen contra a covid-19. A aeronave pousou às 6h29 no Aeroporto Internacional de Viracopos. A remessa completa o envio de um total de 3 milhões de doses do imunizante doadas pelo governo norte-americano. O primeiro lote, com pouco mais de 2 milhões de doses, chegou antes de ontem (25) ao país.

Por meio de seu perfil na rede social Twitter, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a chegada do segundo lote e destacou que o Brasil ultrapassou a marca de 129 milhões de vacinas contra a covid-19 distribuídas aos estados e municípios.

Correios começam a transportar cargas pelo mar

A.Brasil

Os Correios anunciaram o início de operações de transporte de cargas pelo mar, por meio da chamada “navegação de cabotagem”. Nesse meio de transporte são empregadas embarcações que fazem trajetos entre portos em diferentes locais do país.

O novo meio de transporte passou a ser usado de forma experimental em um projeto piloto. Foi levada uma carga de 430 toneladas de livros didáticos. A embarcação saiu do porto de Santos (SP) com a programação de deixar lotes nos portos de Salvador (BA), Suape (PE), Mucuripe (CE) e Manaus (AM).

Na avaliação da empresa, a modalidade marítima pode oferecer benefícios e vantagens, como a redução de custos operacionais, um menor índice de avarias, menos risco de roubos e outros delitos envolvendo a carga e menos dispêndio de energia.