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HOMENAGEM AO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, (NATUREZA SOFRIDA)

Professor, Poeta e Escritor Antônio da Cruz Santana

NATUREZA SOFRIDA

Ao entardecer choro o meu desprezar.
Ao amanhecer, estou mais calma e menos explorada.
De repente parei de crescer, de me refazer,
De repente pensei em morrer, desaparecer.

Mas a terra me fez ressuscitar devagar,
Sem sofrer e sem precisar morrer, voltei a crescer.
A terra me fez acreditar e respirar o ar
Porque voltei a ser feliz e brotar!

Replantar é recomeçar a trabalhar e vigiar,
É compreender o valor que a natureza dá,
É reflorestar o que o homem acabou de matar,
É respeitar os limites entre o rio e o mar.

É gozar das coisas belas que a vida dá,
É replantar o outro lado do rio que teve que secar,
É preservar o verde que pede socorro para não acabar,
É reunir todos ao redor do mundo que não suporta mais gritar.

Antônio Santana,
Professor e poeta.
Condeúba – Bahia.

Pesquisador de climatologia da Uesb esclarece período de 10 anos de boas chuvas no sertão nordestino

Foto: Lay Amorim

As projeções apontam que haverá um período de 10 anos de boas chuvas no sertão nordestino. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o geógrafo e pesquisador em Climatologia Rosalves Lucas Marcelino explicou que, há cada período de dez anos, mudanças no ciclo solar provocam alterações que interferem no clima da terra.

“De 2020 a 2030, pelos números observados, a gente já percebe um aumento significativo na quantidade de chuva. Coincide também com a ocorrência dos fenômenos El Ninõ e La Ninã. Em outras palavras, estamos entrando em um ciclo mais chuvoso. Isso é resultante da redução da atividade solar”, destacou. Nesse sentido, o pesquisador orientou que esse é o momento de armazenar água e traçar estratégias para convivência com a seca. “É hora de aproveitar o período das vacas gordas para armazenar mais água”, recomendou.

Ciclista salva jiboia de atropelamento na BA-148 em Brumado

Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Campeão baiano de ciclismo em 2018, Marivaldo Leite, popularmente conhecido como Moringa, pedalava na última quarta-feira (10), na BA-148, quando se deparou com uma jiboia no meio da pista. Em entrevista ele relatou que parou os carros que passavam no momento para resgatar a cobra. “Fui pedalando com uma mão e segurando a jiboia com a outra. Enrolei ela nas minhas costas e levei para um ambiente seguro.

Depois, soltei novamente na natureza”, contou. Moringa pedalou cerca de 3 km com a cobra presa ao seu corpo até a casa de um amigo na comunidade da Lagoa Funda. À noite, retornou ao local com o seu veículo a fim de devolver o animal ao seu habitat natural. “É uma cobra muito linda, de cerca de dois metros. Se deixasse ali, um carro poderia atropelar ou alguém pegar para comer”, alertou. Nas rodovias e estradas da região, é comum a morte de animais silvestres vítimas de atropelamentos.

RIO PAIOL RESISTE A SECA

Por Thiago Braga

Uma das riquezas da Serra Geral, por certo, é o Rio Paiol que corta o vale. Faz parte de Jacaraci (BA), município situado na zona fronteiriça com Minas Gerais. Natureza de encher os olhos de quem sabe apreciar paisagem rural. O que dizer da ecologia?! Solo fecundo. Vegetação nativa. Algumas áreas desmatadas dão lugar ao extrativismo animal, (caçada de bichos, tipo “preá”, jabuti, tatú, galinha ruiva, pássaro “rolinha”, dentre outros). Exemplo vivo da biodiversidade.

Esse mesmo fio d’ água atravessa o planalto, banhando a mata verde, além de pequena várzea de flores. Quais são elas? Cravo branco, papoula, lírio, pau d’ arco, violeta e extensa lista de plantas. Algo típico da região, servida por grande número de hectares de terra. Clima ameno ou “quente – úmido”. A presença do rio e seus afluentes ofereceu, por longo tempo, boa opção de pesca. Agora, o baixo leito, tenta manter a água corrente no curso natural. Lembra – nos, pois, o livro/romance “OS RIOS MORREM DE SEDE”.

Contato com a natureza melhora a saúde mental, mostra estudo

Foto: iStock

Um estudo liderado pela ONG The Nature Conservancy (TNC) em parceria com a Universidade de Virginia e o Centro de Resiliência de Estocolmo analisou a relação entre o contato com a natureza e a qualidade da saúde mental. Em um mundo cada vez mais urbano, a tendência é que a população das cidades aumente: em 2050, além da população atual, mais 2,4 bilhões de pessoas vão viver em áreas urbanas.

O estudo, publicado na revista científica Sustainable Earth, destacou que 46% das pessoas que vivem nas grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, já sofrem de problemas relacionados à saúde mental. No entanto, apenas 13% da população urbana mundial vive próxima à natureza.

Pesquisadores analisaram uma série de estudos sobre economia, saúde e meio ambiente para sugerir que o mesmo potencial de interação humana que torna as cidades atraentes para produtividade, criatividade e inovação, contribui cada vez mais para o fenômeno de “penalidade psicológica urbana”, representado pelo aumento do estresse e dos transtornos mentais.

Como resposta a tal penalidade, pesquisas anteriores demonstraram que até mesmo rápidas interações com a natureza podem trazer benefícios à saúde, aliviando os sintomas de transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

De acordo com o gerente de conservação para segurança hídrica da TNC, Samuel Barrêto, muito se fala sobre a formação de ilhas de calor e o risco de enchentes nas cidades, mas a relação entre o desequilíbrio ecológico e doenças psicológicas raramente é feita. Então, de forma prática, o que pode ser feito para aumentar o contato com a natureza em grandes cidades?

Barrêto explica que espaços verdes têm que ser incluídos no desenho do plano diretor, o instrumento usado para definir o desenvolvimento dos centros urbanos. “O significado da natureza no dia a dia das pessoas precisa ser compreendido também como uma questão de saúde pública. É possível criar espaços como parques, praças e revitalizar as marginais dos rios para garantir esses benefícios”, explicou.