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Guedes diz que país vai perder menos empregos que na última recessão

Foto – Marcos Corrêa / PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (23) que o país deve perder cerca de 300 mil vagas formais de trabalho neste ano. Apesar da retomada de criação de novos postos de trabalho nos últimos meses, o ministro prevê que haja uma desaceleração na geração de empregos até o fim de 2020.

“Nós vamos possivelmente chegar ao final deste ano perdendo 300 mil empregos, que dizer, 20% do que perdemos nos anos de 2015 e 2016. No ano que enfrentamos a maior crise da nossa história, uma pandemia global, vamos perder entre um quinto e um terço dos empregos perdidos na recessão anterior”, disse Guedes durante o seminário virtual Visão do Saneamento – Brasil e Rio de Janeiro, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Segundo o ministro, houve uma perda média anual de cerca de 1,3 milhão de empregos nos anos de recessão de 2015 e 2016. “O Brasil criou 500 mil empregos em julho, 250 mil em agosto e 313 mil em setembro. Está para sair a qualquer momento [os dados de] outubro. Eu nem acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado. É natural que dê uma desacelerada”, disse.

Após aviso prévio, empresa de ônibus em Conquista demite 450 funcionários

Foto: Reprodução/TV Sudoeste

Após anúncio de encerramento das atividades, a empresa de transporte público Viação Cidade Verde, em Vitória da Conquista, a 132 km de Brumado, cumpriu o aviso prévio de demissão dado aos funcionários.

De acordo com o G1, quatrocentos e cinquenta pessoas assinaram o documento e foram demitidas, informou a empresa Cidade Verde. A medida foi tomada após a empresa ser notificada pela prefeitura, na última quarta (7), do encerramento do contrato de concessão, com prazo até o dia 8 de novembro.

O órgão municipal disse que está cumprindo uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que reconheceu irregularidades no processo de licitação da empresa. Por meio de nota, a empresa confirmou a situação e disse que já recorreu à Justiça reverter a ação do municipal.

De acordo com a prefeitura, após o prazo da Cidade Verde deixar o município, no dia 8 de novembro, será contratada uma outra empresa em caráter emergencial e boa parte dos funcionários que foram demitidos da empresa, será contratada para atuar na substituta. A prefeitura informou, ainda, que vai abrir uma licitação para dois lotes de transporte no município até o dia 16 de outubro.

Brasil perde 21,7% dos trabalhadores sindicalizados após reforma trabalhista

Foto: Divulgação

O número de trabalhadores associados a sindicatos trabalhistas teve queda de 21,7% desde a reforma trabalhista, ocorrida em 2017. Isso corresponde a um contingente de, aproximadamente, 2,9 milhões de profissionais que, em três anos, cancelaram a adesão à respectiva entidade de classe.

É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o G1, a reforma trabalhista foi aprovada em julho de 2017. Até então, todos os trabalhadores, sindicalizados ou não, eram obrigados a pagar, uma vez por ano, uma contribuição ao sindicato de sua respectiva categoria profissional. Com a mudança legislativa, tal obrigatoriedade foi derrubada.

A queda no número de sindicalizados já vinha ocorrendo desde 2014, mas foi em 2018 que ela ocorreu de modo mais expressivo – 1,5 milhão de trabalhadores cancelaram a adesão ao sindicato naquele ano.

Em 2017, quando ocorreu a reforma trabalhista, houve redução de 432 mil sindicalizados no país. “Tudo leva a crer que [a queda do número de sindicalizados] se acentuou com a reforma trabalhista”, avaliou a gerente da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy.

IBGE diz que Bahia é o estado com maior aumento no n° de pessoas que não procuraram trabalho por causa da pandemia em julho

Foto – Wilker Porto 

De acordo com levantamento da PNAD Covid-19, divulgada nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia é o estado do país que registrou o maior aumento no número de pessoas que não procuraram trabalho por causa da pandemia em julho.

De acordo com informações do G1, no relatório de julho do IBGE,o número de desocupados (pessoas que não estavam trabalhando e procuraram emprego) continuou aumentando na Bahia, embora em ritmo menor do que entre maio e junho. Passou de 904 mil em junho para 924 mil em julho (mais 24 mil desocupados, ou +2,2%) — de maio para junho havia crescido 6,1% (mais 53 mil pessoas).

Em julho, a taxa de desocupação baiana foi a terceira mais alta entre os estados, abaixo apenas das verificadas em Amazonas (17,0%) e Maranhão (16,7%). No Brasil, a taxa de desocupação avançou de 12,4% para 13,1%, entre junho e julho, com altas em 21 das 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal).

A diferença na Bahia (+1,0 ponto percentual) foi a oitava maior entre os estados. Enquanto isso, o número de pessoas que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da Covid-19 ou por falta de oportunidades na região onde viviam, cresceu ainda mais no estado, chegando a 2,310 milhões de pessoas, 270 mil a mais que em junho (2,401 milhões).

O aumento, em termos absolutos (+270 mil pessoas) foi o maior do país. Somando esse grupo ao dos desocupados (924 mil), no mês passado, a pandemia ainda dificultava a busca por trabalho para 3,233 milhões de pessoas na Bahia.

Cerca de 600 funcionários vão ser demitidos em fábrica de calçados em Itapetinga

Fábrica da empresa Vulcabras Azaleia

Cerca de 600 funcionários de uma fábrica da empresa Vulcabras Azaleia, instalada no município de Itapetinga, sudoeste da Bahia, vão ser dispensados. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Calçados de Itapetinga, que relatou que as dispensas vão começar nesta sexta-feira (29).

As demissões abrangem trabalhadores que residem em Itapetinga e outros municípios da região. Segundo a categoria, as demissões se devem, principalmente, à redução de custos de transportes de colaboradores que atuam em outras cidades, como Macaraní, Itambé, Itororó, Firmino Alves e Caatiba. O sindicato afirma que a empresa negociou as dispensas e garantiu direitos trabalhistas aos funcionários demitidos.

A categoria acrescenta que foi feito um acordo coletivo para aqueles trabalhadores que quiserem residir em Itapetinga ou ir ao trabalho com seus próprios transportes. Nestes casos, eles serão mantidos e receberão ajuda de custo mensal de R$ 140 durante seis meses. Aqueles que não aceitarem as condições receberão todos os diretos trabalhistas e mais 12 cestas básicas, informou o sindicato. Em nota, a Vulcabras Azaleia confirmou os desligamentos em Itapetinga, mas não revelou a quantidade de funcionários que perderão o emprego.

A empresa afirmou “que não é segredo que a pandemia está atingindo forte e negativamente a economia e o setor de calçados” e que está se adequando ao novo momento. A Vulcabras Azaleia acrescenta que “colocou em prática uma série de iniciativas para a manutenção da saúde dos negócios”, como antecipação das férias e banco de horas, mas, ainda assim, foi necessária a decisão de desligar parte dos colaboradores. A empresa afirma que entrou em acordo com o sindicato para que sejam feitas as rescisões cabíveis e se comprometeu a fornecer 12 cestas de alimentação aos demitidos até o mês de dezembro.

7 milhões no trabalho formal tiveram salário reduzido ou suspenso

Mais de 7 milhões de brasileiros já tiveram redução de jornada e salário ou suspensão do contrato de trabalho. De acordo com dados do Ministério da Economia, até as 11h desta terça-feira (12), o programa criado para minimizar os impactos da pandemia de coronavírus e preservar empregos formais já reunia um total de 7,19 milhões de acordos fechados entre empresas e trabalhadores.

De acordo com o G1, esse número representa 20,7% dos empregados com carteira de trabalho no setor privado. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) do IBGE, o país tinha no trimestre encerrado em março 34.736 trabalhadores formais, incluindo os domésticos. Ou seja, 1 em cada 5 trabalhadores formais já teve corte de salário ou contrato suspenso no país.

Em razão da pandemia, o governo autorizou redução de jornada e salário de 25%, 50% ou de 70% por um prazo máximo de 90 dias. A medida também permite a suspensão total do contrato de trabalho por até dois meses. Pelas regras do chamado Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), os trabalhadores que tiveram corte na jornada e no salário vão receber do governo uma complementação financeira equivalente a uma parte do seguro-desemprego a que teriam direito se fossem demitidos.

Já os com contrato suspenso vão receber o valor mensal do seguro-desemprego. O programa também prevê auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado.

Medida Provisória 936 que criou o programa prevê também a garantia provisória no emprego por um período igual ao da suspensão do contrato ou da redução da jornada. A medida já tem força de lei e já recebeu o aval do Supremo Tribunal Federal, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para se tornar uma lei em definitivo.

Maior dos crimes do PT foi permitir que o pobre subisse um degrau’, diz Lula

Maior dos crimes do PT foi permitir que o pobre subisse um degrau’, diz Lula. Foto: Lula Marques/Agência PT

O ex-presidente Lula rejeitou neste fim de semana, durante participação no Festival PT 40 anos, que celebra o aniversário da sigla, os pedidos de autocrítica feitos ao partido durante os últimos anos. Ele aproveitou ainda para defender que o maior dos crimes cometidos foi permitir a escalada social da camada mais pobre da população brasileira e a criticar a forma com que caminha o mercado de trabalho, atacando a ‘uberização’ do emprego.

No evento de celebração aos 40 anos da legenda, o petista subiu ao palco ao lado do ex-presidente uruguaio ‘Pepe’ Mujica, que também foi muito bem recebido pelos cerca de 5.500 militantes presentes. O discurso de Lula voltou a tratar os pedidos de autocrítica feitos ao partido. Ele reconheceu que o PT já errou, mas disse que “o maior dos crimes foi permitir que o pobre pudesse subir um degrau na escala social”.

O petista questionou também as novas relações de trabalho, que passaram a ser mediadas pela tecnologia, e defendeu que hoje um universitário tem menos esperança e tranquilidade de conseguir um emprego do que ele quando tirou seu diploma de torneiro mecânico. “A verdade é que estas pessoas estão regredindo nas conquistas que imaginavam ter. Trabalho por aplicativo é o ser humano sendo tratado da forma mais canalha possível, em nome de uma palavra chamada empreendedorismo individual ou flexibilização. O nome é sofisticado, importante, porque as pessoas têm orgulho de dizer.

Você não vai ter mais emprego e vai ser chamado de microempreendedor “, criticou o petista. Para Lula, a ‘uberização’ ou ‘pejotização’ do trabalho, isto é, a redução dos empregos com carteira assinada, representam nada mais do que um retrocesso social, maquiado com termos bonitos e a ideia de ter mais liberdade. Segundo o ex-presidente, isso é apenas uma forma de caminhar rumo ao fim da CLT diminuindo a resistência dos trabalhadores.

Dados do IBGE indicam recorde de trabalho sem carteira e por conta própria no Brasil

Por  Fernanda Pinheiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística identificou um novo recorde no número de trabalhadores sem carteira e atuando por conta própria no Brasil. De acordo com o órgão, a taxa de desemprego no país ficou estável no trimestre encerrado em outubro. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (29).

Os dados do IBGE indicam a existência de 11,9 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e 24,4 milhões por conta própria. A taxa de informalidade, que inclui empregados domésticos sem carteira e empregados sem CNPJ ficou em 41,2%, estável em relação ao trimestre anterior, conforme reportagem da Folha de S. Paulo.

São 38,8 milhões de trabalhadores nessas condições.

Quanto a porcentagem, no trimestre encerrado em outubro a taxa de desemprego foi de 11,6%. Anteriormente o número havia sido de 11,8%.  no trimestre imediatamente anterior e 11,7% no mesmo trimestre de 2018. Para o IBGE, o indicador ficou “estatisticamente estável”. (Bahia Notícias)

3,3 milhões procuram trabalho há mais de 2 anos no país, diz IBGE

Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

Apesar do recuo da taxa de desemprego em junho, o número de brasileiros buscando uma vaga há mais de dois anos nunca foi tão alto. O desemprego de longa duração atinge 3,347 milhões, informou na manhã desta quinta-feira o IBGE. Isso significa que um em cada quatro desempregados no Brasil procura emprego há mais de dois anos e não consegue.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do segundo trimestre de 2019, esse é o maior patamar já registrado desde 2012, quando teve início a série histórica do IBGE. Naquele ano, havia 1,516 milhão de pessoas nessa condição. A taxa de desemprego foi de 12% em junho, abaixo dos 12,7% registrados no mesmo mês do ano passado.

Adriana pondera que a melhora quantitativa não foi acompanhada de melhora qualitativa: o número de desempregados que buscam uma vaga há pelo menos dois anos cresceu em 196 mil neste período.

O elevado tempo de procura por emprego é um dos fatores que ajudam a explicar o desalento, que ocorre quando o trabalhador desiste de buscar uma vaga por acreditar que não conseguirá obtê-la. No segundo trimestre, o país tinha 4,9 milhões de desalentados.

Segundo o jornal o Globo, por estados da federação, a Bahia é o que tem o maior número de desalentados: 766 mil pessoas. No Maranhão, são 588 mil pessoas.

Brumado: Fechamento de fábrica de cimento é culpa da política adotada pelo governo federal, repudia Sindmineradores

Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

A fábrica de cimento de Brumado anunciou o seu fechamento na quinta-feira (01). Mais de cinquenta trabalhadores ficarão desempregados com a desativação da fábrica. O presidente do Sindicato dos Mineradores (Sindmineradores), Édio Pereira, o “Continha”, destacou que o órgão já foi notificado sobre a decisão, que levou em conta dificuldades de mercado.

“A gente lamenta, principalmente porque o discurso que foi vendido para a opinião pública era de que a reforma trabalhista iria ser aprovada para gerar empregos, mas estamos vendo exatamente o contrário”, criticou. Para o presidente, a reforma fará justamente o inverso, aumentando o desemprego.

“Esses pais de família vão para o olho da rua por conta dessa política nefasta. Nós repudiamos veementemente essa atitude da empresa e a política adotada pelo governo, que está enganando o povo”, avaliou.