Mulheres de Caetité melhoram gestão de produções após Cadernetas Agroecológicas

Da Comunidade Quilombola Vargem do Sal, no município de Caetité, território Sertão Produtivo, passaram a contar com um novo instrumento para melhorar a gestão. Com a introdução da Caderneta Agroecológica, as mulheres da comunidade estão avançando na produção a partir da sistematização dos seus trabalhos.

Nesta quinta-feira (15), alguns desses resultados foram apresentados durante a Oficina de Monitoramento das Cadernetas Agroecológicas, executada pela Cootraf, com o apoio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

“Observamos onde a produção está centralizada para o consumo, para venda… A maioria está para o consumo, então percebemos como o trabalho das mulheres tem um papel importante para a segurança alimentar das famílias e com a produção de alimentos agroecológicos.

E na oficina de hoje, analisamos os impactos da Caderneta Agroecológica, desde o momento em que as agricultoras familiares iniciaram as anotações.

Colhemos depoimentos e trouxemos resultados da sistematização dos dados das experiências de duas agricultoras da comunidade, relacionadas às suas produções.

Para elas foi um impacto porque não tinham o hábito de anotar e não sabiam o quanto o trabalho delas rendia e agora elas estão vendo”, explica Flaviane Araújo, coordenadora do projeto ATER Mulher.

De acordo com Flaviane, com o trabalho de assistência técnica e extensão rural (ATER), que tem sido realizado na comunidade, a produção das agricultoras teve uma quantidade maior de vendas. Para Luciene Maria, artesã do grupo Palhas de Aço, que é atendida pela ATER Mulher e produz artesanato com palha de licuri, a Caderneta proporcionou mais autonomia.

“A Caderneta é de grande valia. A gente não tinha noção do quanto produzia por mês ou por ano, e hoje temos. A gente consome, vende, doa, troca… Depois da Caderneta, vimos a mudança e o quanto produzimos e consumimos.

Antes, a gente dependia muito de homem, e com a caderneta a gente tem autonomia e liberdade”, reflete a artesã. A comunidade iniciou as anotações em outubro de 2021.

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