Massinha completa idade nova e relembra sua infância em Condeúba

Por Pedro Massinha

Que bom abrir o celular e deparar com palavras carinhosas dos meus queridos conterrâneos e conterrâneas. Fico feliz, aqui estou em casa, estou acolhido e protegido, aqui é um guarda-chuva, um berço, é um colo de mãe, ombro de pai. Estou no terreiro, no quintal, no peitoril da minha casa, no batente…
Estou na rua da Raposa (onde nasci) , na Praça Santo Antônio, jogando bola e pegando tanajura; estou na Tranquilino assistindo aula, no altar da nossa Santa Igreja, ajudando o Padre celebrar a missa, estou na praça da Bandeira vendendo rapadura, sandália japonesa (hoje havaiana), para ganhar uns trocados e depois ir para o Bar de Tuzim chupar picolé de groselha. Não tinha nada melhor que ver Medonho bater a cabeça na parede, e também atentar o finado Néu. Não esqueço das festas do clube ao lado da casa de Zé de Newton que eu ia para servir de garçon. Tudo isso eu vivi até os meus 12 anos de vida, quando peguei o caminhão de Antônio Terencio rumamos para Conquista. Tenho outra terra, outra cidade que me adotou. Mas, como esquecer a terra que nasci? Isso nunca, jamais!!!
Dos banhos de rio, pular da ponte, ver a barragem sangrando, de cantar reis com Dinho, Rubens e Zé Dourado. Queria muito ir pro leilão de Mindu, raspar os caibros da casa de Rimijo, e ouvir o som do dedilhar das cordas do violão tocado pelo Sr. Abdias , enquanto pai (Seu Izalto) cantarolava canções de Orlando Silva.
Como veem, escrevi de forma homeopática, já que estou almoçando com minha esposa, filhas e netas.
Esse grupo é um elixir, é um bálsamo para mim, é uma motivação para a vida, nos mostra que família e amigos, são bens indestrutíveis, obrigado pelas felicitações.
Beijos, e até 20 de janeiro, com fé em Deus!