Ginecologista é suspeito de assediar 24 mulheres em Vitória da Conquista
Foto: Lay Amorim/Achei Sudoeste
Um médico especializado em ginecologia e obstetrícia, que atende em Vitória da Conquista, está sob suspeita de assediar ao menos 24 mulheres durante consultas que realiza na rede pública e privada de saúde da terceira maior cidade do estado, com 338 mil habitantes.
As mulheres procuraram a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nesta segunda-feira (13), para relatar os supostos assédios, denunciados primeiramente por meio de um perfil na rede social Instagram, criado por uma mulher na sexta-feira (10).
A mulher diz ter sido assediada pelo médico Orcione Júnior, que rebateu as acusações por meio do advogado de defesa. Desde então, o perfil tem recebido vários relatos de supostos assédios por parte do mesmo médico; além do apoio de mulheres de outros estados, que estão compartilhando as informações em suas respectivas contas na rede social.
Em nota, a OAB diz que as 24 mulheres “solicitaram uma audiência com a diretoria da Ordem e com as Comissões da Mulher Advogada e dos Direitos da Mulher e, nessa ocasião, reivindicaram apoio e providências, a fim de que sejam adotados procedimentos de investigação acerca de notícias já veiculadas nas redes sociais”.
Por conta das publicações nas redes sociais, o caso já está sendo alvo de investigação na Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (Deam), cuja delegada titular, Dercimária Cardoso Gonçalves, informou que abriu nesta segunda-feira uma “investigação pública incondicionada” para averiguar as denúncias. Uma investigação desse tipo, explica a delegada, não precisa que haja representação por parte da vítima para que seja aberta.
Contudo, ela informou que o primeiro passo está sendo identificar quem fez a denúncia na citada rede social. “Já temos algumas pistas de quem seja, mas ainda estamos buscando informações”, afirmou a delegada. “Não temos nenhuma queixa contra o médico apontado na denúncia.
O que se espera é que depois dessa publicação apareçam pessoas na delegacia para fazer denúncias formais e a partir daí tomarmos as providências”, acrescentou a delegada, que chegou a ver os relatos e os achou “muito fortes”. As informações são do Jornal Correio da Bahia.
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