ESQUEMA MILIONÁRIO: Juiz Federal e advogados são presos suspeito de receber propina em troca de ordens judiciais

Investigação começou em março de 2020 e foi batizada de Westminster. São cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão.

Por: Vanderlei Filho

Foto/Reprodução

A Polícia Federal em São Paulo prendeu na manhã desta terça-feira (30/06) o juiz federal Leonardo Safi de Melo, titular da 21ª Vara Cível Federal de São Paulo, suspeito de corrupção. A ordem de prisão foi expedida pela desembargadora federal Therezinha Cazerta, relatora do processo no Tribunal Regional Federal (TRF) 3, localizado em São Paulo.

A medida ocorre no âmbito de investigação que apura o eventual envolvimento de agentes públicos em supostas violações contra a administração pública.

A reportagem tentou contato com o magistrado pelas redes sociais dele e tenta localizar o advogado de defesa dele para pedir a posição sobre o caso.

São cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e 5 de prisão temporária. Entre os presos há um advogado.

Alguns dos mandados de busca foram realizados em uma vara cível da seção judiciária de São Paulo. A operação se deve a uma investigação que começou em março de 2020 após a denúncia de dois advogados de uma empreiteira e foi batizada de Westminster.

A diligência foi acompanhada pelo Diretor do Foro da Seção Judiciária de São Paulo, juiz federal Márcio Ferro Catapani. O inquérito tramita em segredo de Justiça.

Além do juiz, há a suspeita de envolvimento de outros servidores. As informações preliminares são de que, com a ajuda se advogados, o juiz e servidores se aproximavam de beneficiários de ações milionárias.

Só em um dos casos analisados, um precatório de R$ 700 milhões, os beneficiários do esquema levaram 1% de propina.

Em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) informou que “acompanha de perto os desdobramentos da operação” que teve entre os alvos um magistrado federal e que, ressalta a entidade, “foi autorizada pelo órgão especial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região”.

O presidente da Ajufe, Eduardo André Brandão, salientou na nota “o compromisso dos juízes federais com o combate à corrupção e ressalta que quaisquer irregularidades envolvendo magistrados devem ser criteriosamente apuradas e, caso sejam comprovadas, punidas exemplarmente, sem prejuízo à imagem e reputação da Justiça Federal”.

Fonte: zerohoranews.com.br

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