De militante petista à futura primeira-dama do Brasil: conheça a história de Janja Silva, esposa de Lula

A partir do dia 1º de janeiro de 2023, o Brasil terá uma nova primeira-dama, a 38ª oitava de sua história: Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja
Janja ao lado do seu esposo o presidente eleito Lula
Em 1983, a paranaense Rosângela da Silva se filiou ao Partido dos Trabalhados (PT); 40 anos depois, ela assumirá a função de primeira-dama da nação. Conheça a história de Janja!

Rosângela nasceu em União da Vitória, no Paraná, no dia 27 de agosto de 1966. Ainda na infância, ela e a família se mudaram para Curitiba. Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especializada em História, o envolvimento de Janja com a militância do Partido dos Trabalhadores (PT) começou ainda na adolescência.

Pelas redes sociais, Janja se autointitula “petista de carteirinha desde 83”. Ela tinha apenas 17 anos quando se filiou. Militante ativa, ela atuou na Assembleia Legislativa do Paraná junto à liderança do partido. Ela conheceu Lula ainda nos anos 1990 em meio às caravanas que ele participou após perder as eleições para Fernando Collor de Melo.

A CARREIRA DE JANJA

Janja trabalhou durante anos como professora universitária e lecionava disciplinas de sociologia em cursos como Administração e Economia. Com pós-graduação em gestão social e sustentabilidade, ela construiu uma carreira na Usina Hidrelétrica de Itaipu. No começo dos anos 2000, ela ingressou na companhia como socióloga de campo.

Ela passou mais de dez anos na empresa, onde ocupou diversos cargos, entre eles, de coordenadora de programas de desenvolvimento sustentável. Nos anos 2010, Janja se licenciou da instituição, e nesse período, trabalhou em empresas ligadas à Eletrobras na Comissão de Sustentabilidade. Por lá, atuou na equipe de assessoria de comunicação. Em 2016, retornou a Itaipu, onde trabalhou até 2020.

A HISTÓRIA DE AMOR DE JANJA E LULA

Janja e Lula se aproximaram meses meses depois da morte de Dona Marisa Letícia, ex-primeira dama, que faleceu após sofrer um acidente vascular cerebral. O reencontro entre o então ex-presidente e a “petista de carteirinha” aconteceu durante uma partida de futebol promovida para a inauguração do campo de uma escola do Movimento Sem-terra (MST), na Região Metropolitana de São Paulo.

Durante os 580 dias em que Lula esteve preso, o romance ganhou ainda mais força. Segundo o presidente eleito, eles trocaram 580 cartas, uma para cada dia em que esteve na cadeia. Ele conta que ela mandava comidas para ele todas as noites, além de fazer visitas constantes ao amado. Mesmo antes do casamento, Janja já aparecia na lista de familiares autorizados a visitá-lo na prisão.

Lula e Janja assumiram publicamente o romance no dia em que ele deixou a prisão, em novembro de 2019. “Eu quero apresentar a minha futura companheira. Vocês sabem que eu consegui a proeza de preso arrumar uma namorada e ainda ela aceitar casar comigo. É muita coragem dela“, disse o petista, após ser solto.

JANJA TEVE PARTICIPAÇÃO ATIVA NA CAMPANHA DE LULA

Ativista do bem-estar animal e feminista, Janja quer atuar de perto em causas que garantam os direitos dessas classes. Ainda na corrida presidencial, ela deu indícios de que quer mesmo ressignificar o papel da primeira-dama e foi uma das participantes mais ativas na campanha de Lula.

Para além dos cuidados com o marido, ela participou de praticamente todas as reuniões da cúpula, esteve presente na grande maioria dos compromissos de campanha, ajudou a traçar a agenda e ainda contribuiu para as estratégias de redes sociais.

Janja teve um final de semana bem animado. Tão flamenguista quanto petista, ela viu o seu time e seu marido garantirem títulos históricos. “Duas vezes tri no mesmo final de semana! Mengão e mozão do meu coração”, comemorou.

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