CONDEÚBA – 158 ANOS: Professor Agnério Evangelista de Sousa
Prof. Agnério Evangelista
A cidade completa 158 anos de emancipação política. Como era Santo Antônio da Barra em 1961? A Irmandade do Santíssimo Sacramento completou 174 anos de existência. Como era o Povoado em 1861. A Igreja Matriz foi abençoada pelo Padre José Nunes em 10 de julho de 1783. Lá se vão 236 anos. Claro que ainda não era o imponente templo de hoje. E aqueles fósseis de escravos sepultados no fundo da igreja? Será que já fomos uma aldeia indígena? Estudiosos afirmam que não, porém temos vários reminiscentes indígenas em nosso meio; assim como os quilombolas provam a existência da vida escrava em nosso município.
Cidade pequena de município grande. Já foi a 10ª mais importante no ranking estadual, no século XIX. Possuía enorme território e grande população. Quanta beleza natural ainda tem o município! Quanta grandeza em seus monumentos arquitetônicos! A Igreja Matriz, o Paço Municipal, o Casarão… Era aqui a sede com poucas residências até 1967, porque aqui estava centralizado o principal empório comercial, a sede da Comarca com Juiz de Direito e Promotor Publico. Havia os cartórios com seus escrivães. A força pública com delegado, soldados e cadeia. O pároco para toda a freguesia morava aqui.
Depois veio a enchente de 1968. Parte da cidade foi destruída. Começa a reconstrução, ruas novas se abrem, surge o bairro do Divino, do São Vicente, do São Francisco. Aumentam o número de escolas, de casas comerciais. No entanto, desaparece o Clube Social, a Filarmônica Santa Cecília. O DNOCS constrói o Açude Champrão que é a redenção do povo condeubense e de seus vizinhos.
Ninguém se esquece de Políbio Carvalho, Antonio Andrade, Antônio Terêncio. Das noites de lua cheia e das belas serenatas com radiola carregada pelas ruas do centro por Lindauro. Do bar de Tuzinho, do jogo de bola nas disputas Condeúba X Jacaraci. Condeúba hoje vive na esperança de melhores dias para a sua juventude, porque temos de confiar no amanhã. Que nossos jovens estejam longe das drogas, da deseducação e da falta de perspectiva.
A terceira idade vive bem com sua pequena aposentadoria, mas dançando, cantando e se alegrando todas as segundas-feiras. Isto é muito bom, porque quem já muito trabalhou, esforçou-se para educar os filhos e dar conta da família, merece a recompensa ainda nesta vida. Parabéns, minha terra!
Errata: onde se lê “Como era Santo Antônio da Barra em 1961”, leia-se: “Como era Santo Antônio da Barra em 1861”.