Comunidade em Rio de Contas mantém há três séculos casamentos consanguíneos

Foto: Reprodução/Correio

De acordo com o jornal Correio, há um costume, tão antigo quanto o próprio povoado, de primos se casarem entre si, perpetuando os laços de sangue. Segundo Ana Angélica Mafra, de 44 anos, que se casou com o primo de primeiro grau, Valdeck Mafra, de 59, anos, não se sabe ao certo quando essa tradição começou.

Atualmente, muitos casamentos já se estabelecem entre pessoas de outros locais, mas ainda há os que mantiveram o modelo familiar. A família Mafra é, justamente, o máximo divisor comum entre todos os descendentes lusos de Mato Grosso.

Quando os recenseadores do IBGE percorrerem as ruas de pedra para aplicar questionários do Censo 2022, boa parte dos moradores indicaram sobrenomes que convergiam na mesma origem, como “Freire”, “Oliveira” e “Silva”.

Os laços consanguíneos misturados por três séculos trouxeram uma frequência de doenças autossômicas recessivas para a comunidade. Essas más formações acontecem quando há uma forte combinação de genes não dominantes de pais e mães, próprio em reprodução entre familiares.

Entre os casos mais conhecidos destas doenças estão a fibrose cística, a anemia falciforme e a fenilcetonúria (quando o fígado não consegue processar tipos específicos de aminoácidos).

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