Categoria: Saúde Pública

Morre o humorista Rodela, do Programa do Ratinho, aos 66 anos

O humorista Luiz Carlos Ribeiro, mais conhecido como Rodela, morreu, nesta quarta-feira (2/12), por complicações da covid-19. A informação foi confirmada pelo SBT.

Rodela tinha sido internado no Hospital Geral de Guarulhos no fim de novembro e estava com os dois pulmões comprometidos. Na semana passada, ele chegou a apresentar uma melhora no quadro de saúde, mas nesta quarta ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.

Em nota, o SBT disse lamentar a morte do humorista e que deseja que Deus conforte a família.

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Rodelo tinha 66 anos e quase 30 anos de televisão. Ele ficou conhecido por participações em diversos programas como o do Gugu, Ratinho e do Celso Portiolli. Ele também participou da Praça é Nossa.

Nota completa SBT

É com pesar que o SBT lamenta o falecimento do humorista Luiz Carlos Ribeiro, mais conhecido como Rodela, nesta quarta-feira, 02 de dezembro. Rodela tinha 66 anos e estava internado havia duas semanas no Hospital Geral de Guarulhos. Nesta terça-feira, 01, foi confirmado seu diagnóstico para Covid-19. No início desta noite, foi submetido a hemodiálise e sofreu paradas cardíacas, vindo a falecer.

Rodela foi um artista nato, tendo sua veia humorística evidenciada nas ruas da cidade de São Paulo, onde, com seu talento, agrupava dezenas de pessoas em praças, ruas e calçadas para acompanhar seu show. Na TV, sua primeira aparição foi no programa Show de Variedades, em 1992, fazendo performances de comédia. Participou posteriormente de diversos programas de humor tendo destaque no programa Ratinho Livre, da RecordTV, em 1997. No ano seguinte, com a vinda de Ratinho para o SBT, Rodela integra o elenco do Programa do Ratinho, onde permanece por vários anos, sempre intervindo nos casos, trazendo leveza e diversão às situações mais adversas. Sempre que “telefonava” com seu “celular gigante” para sua irmã no Recife (PE), a plateia e o apresentador iam às gargalhadas. Rodela também participou de A Praça é Nossa, tendo feito diversos quadros e contracenado com vários comediantes do programa. Posteriormente, esteve no programa Show do Tom, também na RecordTV.

Rússia começa a vacinar a população com a Sputnik V

Foto: Natalia Kolesnikova/AFP

A Rússia liberou o primeiro lote de vacinas da Sputinik V contra a Covid-19 para aplicação da população em um hospital na Zona Sul de Moscou, de acordo com anúncio feito nesta segunda-feira (30) divulgado pela agência Reuters. O Domodedovo Central City Hospital, local onde chegaram as primeiras doses, informou que os médicos residentes interessados em receber a vacina precisaram se registrar em um site do governo russo com antecedência e trazer um teste de Covid-19 com resultado negativo.

As primeiras pessoas, de acordo com o comunicado, receberam a imunização ainda na semana passada. Na terça-feira (24), o governo do país anunciou que a Sputnik V tem 95% de eficácia após a segunda dose. Os resultados, no entanto, não foram publicados em revistas científicas e analisados por outros pesquisadores. A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, em agosto.

O anúncio gerou preocupação entre cientistas, entre outros motivos, por causa do anúncio dos testes de fase 3 e da vacinação em massa de forma simultânea. O governo russo também firmou uma parceria com o governo do Paraná para produção da Sputnik V em solo brasileiro. No mês passado, o fundo russo que financia o desenvolvimento da vacina anunciou que o Brasil poderia começar a produzi-la em dezembro.

Caetité: ‘Hospital oncológico só foi inaugurado com fins eleitorais, mas ainda não funciona’, denuncia prefeito eleito

Em entrevista, o prefeito eleito em Caetité, Valtécio Neves Aguiar (PDT), denunciou que o Hospital Oncológico de Caetité foi inaugurado apenas três dias antes das eleições com fins políticos, mas encontra-se fechado. “Foi uma questão eleitoreira para tentar angariar votos. Mesmo assim não surtiu efeito para a atual gestão conquistar mais um mandato”, criticou.

A unidade atendará a 48 municípios e o gestor eleito garantiu que procurará o Governo do Estado, bem como todas as alternativas possíveis, para possibilitar o seu pleno funcionamento. “Temos a consciência de que assim que colocarmos a Unacon para funcionar será de grande valia para os nossos irmãos que precisam do tratamento contra o câncer. Isso será uma prioridade”, assegurou.

‘Sistema de saúde está sobrecarregado com alta no número de infectados pelo coronavírus’, diz Fábio Vilas-Boas

Foto – Wilker Porto 

Em entrevista à TV Bahia, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, fez um alerta sobre a pressão que o sistema de saúde do estado tem sofrido com a alta no número de infectados pelo coronavírus. “Estamos com números que remontam ao início da pandemia.

Essa elevação era previsível, estávamos enxergando diariamente uma flexibilização fora de controle em todo o país, com festas, carreatas. A população não se mobilizou”, ressaltou o secretário, ao citar que as pessoas estão retomando uma vida normal e negligenciando os cuidados básicos, como distanciamento social e uso de máscaras.

De acordo com o secretário, os leitos de UTI estão ainda mais cheios porque, ao retomar uma vida normal, a população volta a sofrer com problemas que haviam sido reduzidos, como os acidentes de trânsito, que voltaram a crescer. De acordo com Vilas-Boas, o cenário tem obrigado a secretaria a se mobilizar. Leitos que foram abertos no começo da pandemia, para dar conta do alto número de casos, e que já havia sido fechados, serão reabertos em todo o estado.

“Vários hospitais que tinham leito temporário para covid, na capital e no interior, precisão reabrir. As UTIs covid e não covid estão cada vez mais cheias”. Ele ainda citou: “Estamos em plena pandemia, a coisa não acabou, de forma alguma. Estamos vivendo uma retomada clara de tudo e temos uma elevação do número de casos, de pessoas internadas em todas as regiões do estado, e de forma mais grave do que ocorreu no começo. E estamos vendo a necessidade de UTI aumentando tanto pra covid, quanto pra casos como doenças de infarto, AVC, acidentes, o que aumenta essa sobrecarga”.

Paciente com 300 kg morre após aguardar no chão por vaga em UTI

Foto: Reprodução/G1

O paciente que pesava cerca de 300 quilos e aguardou cinco dias em um colchão no chão de uma unidade de saúde para ser internado em uma cama na UTI morreu na manhã deste sábado (28) no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal.

Carlos Alberto Félix da Silva, de 41 anos, foi reanimado depois de duas paradas cardiorrespiratórias, mas não resistiu à terceira. “Pelo menos, teve um pouco de dignidade no fim da vida, não estava no chão e recebeu toda a atenção e cuidado possível. Infelizmente, estava muito grave”, disse o diretor do Giselda Trigueiro, André Prudente ao G1.

Carlos Alberto estava com insuficiência cardíaca e rabdomiólise, que é uma degradação do tecido muscular que libera uma proteína prejudicial no sangue. O exame dele de Covid-19, uma suspeita inicial, deu negativo. O paciente procurou o Hospital Regional de João Câmara, a 74 km de Natal, na segunda-feira passada (23) ao apresentar dificuldade de respirar e ficar com lábios e dedos roxos, além de batimentos cardíacos fracos.

Na quarta-feira (25), a equipe médica o intubou para ele respirar com ajuda de aparelhos. Sem uma cama que pudesse suportar o peso dele, a unidade de saúde optou por colocá-lo em um colchão no chão. A direção do Hospital Regional de João Câmara disse que “devido à doença crônica que o paciente” tem, fez o “possível para deixá-lo o mais cômodo possível”.

Na sexta-feira (27), a família dele conseguiu na Justiça o direito a um leito de UTI em um hospital de Natal para que ele pudesse receber o tratamento adequado. Ele foi transferido, então, na madrugada deste sábado (28) para o Hospital Giselda Trigueiro, que já havia aceitado a transferência do paciente antes mesmo da decisão judicial. Para recebê-lo, o hospital preparou uma cama adaptada, unindo duas que suportam até 200 quilos.

Expectativa de vida dos baianos passa de 73,9 para 74,2 anos

A expectativa de vida dos baianos passou de 73,9 anos em 2018 para 74,2 anos em 2019. O aumento representa um acréscimo de três meses em um período de um ano. Os dados são da Tábuas Completas de Mortalidade de 2019, levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o IBGE, isso quer dizer que uma pessoa que nasce na Bahia vive em média 74 anos, 2 meses e 12 dias, o que significa, 3 meses e 18 dias a mais do que quem nasceu em 2018.

Os dados revelam que homens e mulheres têm expectativa de vida diferentes, cenário que se mantém estável nos últimos anos.

Enquanto baianos vivem em média 70 anos (69,7 anos), baianas têm uma esperança de 80 anos (78 anos e 10 meses) de vida. O estado registrou a segunda maior diferença de esperança de vida entre homens e mulheres no país. Elas vivem 9,2 anos a mais do que eles.

IBGE

Segundo Mariana Viveiros, supervisora de Disseminação de Informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Eestatística, os motivos são variados, e dependem da faixa etária.

“Esse cenário se repete no mundo inteiro. As mulheres, normalmente, têm uma esperança de vida e de sobrevida maior do que homens, afirma Mariana. “Sabemos que alguns fatores estão relacionados. Quando jovens, a taxa de mortalidade entre homens é bem maior. Há uma probabilidade relativamente grande de ele morrer jovem, seja por acidente ou morte violenta. Isto tem a ver com a cultura, como os meninos vivem, a forma que eles vivem, como eles percorrem a vida”, acrescentou a supervisora.

“Quando eles passam dessa fase, essa tendência diminui, mas eles continuam em desvantagem em relação às mulheres. Aos 75 anos de vida, a mulher tem uma esperança de viver mais de 4 anos em relação aos homens aqui na Bahia, e aí já têm outros fatores. Agora o que pesa mais é o cuidado com a própria saúde. Os homens são mais negligentes, e até doenças acabam vitimando mais eles do que elas”, complementou Mariana.

Dados do IBGE indicam que, em 2019, 84% das mulheres acima dos 65 anos já tinha ido ao médico, enquanto apenas 75% dos homens com a mesma idade o tinham feito. “Se você se cuida mais, as chances de você viver mais crescem”, pontuou Mariana Viveiros.

Além disso, entre os anos de 1980 e 2019, a chance de um baiano de 60 anos chegar aos 80 anos quase dobrou, com crescimento de 90,8%, e cerca de 6 em cada 10 idosos (580 a cada mil) passaram a ter essa possibilidade de viver mais.

Genética boa

As irmãs Nilza Maciel, de 92 anos, e Zilda Maciel, de 89 anos, professoras aposentadas residentes no bairro de Periperi, superaram as expectativas e atingiram uma longevidade maior do que a média dos baianos.

“Não sou igual ao que era quando jovem, mas a cabeça ainda dá para pensar, graças a Deus”, diz Nilza, entre risos. “Eu nunca tive uma doença sequer, nunca tive doença nenhuma. Sempre fui uma pessoa sadia e disposta, responsável com minha família, e eu tenho uma família muito boa, isso contribui muito”, avalia.

Irmã mais nova de Nilza, Zilda brincou quando perguntada sobre a idade: “Eu não gostei porque a essa altura a pessoa só vive de lembranças”, reclamou, sorridente. “Mas, graças a Deus, são lembranças boas”.

O cuidado com a pessoa idosa não passa despercebido por elas. “Tem que ter mais cuidado com os velhos porque eles dependem mais de cuidados. Tem velhos que têm mais assistência, mas têm uns que não têm, e sofrem muito porque não têm”, lembrou Zilda.