Categoria: Cultura

Cordel de Moraes Moreira para Caculé/BA

O cordel foi produzido em 2011, exclusivamente para a cidade de Caculé/BA, local onde o artista morou e estudou, no início da década de 70

OBRIGADO CACULÉ

Considero Caculé
A minha segunda terra
Quem já falou de verdade
Aqui e agora não erra
É muito amor e respeito!
Explode dentro do peito
O som do grito que encerra

Posso dizer que o destino
Comigo foi magnífico
Partindo de Ituaçu
Pra cursar o científico
Sem sequer imaginar
Que tudo iria mudar
Cheguei dizendo: eu fico

E desde o primeiro ano
Intensamente vivido
Por doutor “Vespasiano”
Fui super bem recebido
E como quem evolui
Em pouco tempo eu já fui
Ficando desinibido

A minha primeira casa
Preste atenção me acompanhe
Foi a casa do “Seu” Seixas
Colega da minha mãe
Se nada aqui eu invento
Pra lá, bem pra lá de atento
Que a memória me apanhe

Gozava da simpatia
Dos mestres, dos professores
Também das moças bonitas
Por quem morria de amores
Amigo da mocidade
De todos lá cidade
Das senhoras, dos senhores

Já era amante da música
Meus companheiros cantavam
Aula de educação física
Seresteiros se atrasavam
“Deba” mostrava o relógio…
Ele e o professor Eustórgio
Quase sempre aliviavam

Pude também estudar
Na escola do bom boêmio
Gostava de uma cachaça
Não era nada abstêmio
Violão era o instrumento
“Arnunice” era um talento
Mestre “Dudula” é um gênio

Lá no Hotel Livramento
Onde pude me hospedar
Fiquei um tempo e parti
Pra casa de dona Iaiá,
Vivi momentos tranquilos
Sendo amigo dos seus filhos
De todos que estavam lá

Zé Clemente era um colega
O mais chegado, o mais intimo
Acompanhava as loucuras
Impondo sempre o seu ritmo
Me apaixonei por Dalbinha
Pensei que ela fosse minha
Que sentimento legítimo!

Ao lado morava Nina
A minha nova paixão
Digo que sua beleza
Tamanho não tinha não
Mas num momento solene
Me lembro bem, foi Marlene
Dona do meu coração

Mesmo sem falar de todas
Não fica fora nenhuma
Bem vivo aqui na memória
O Cheiro de cada uma
No mar da minha existência
Navegam sim, com frequência
Sem se perderem na espuma

Chegou a vez dos amigos:
Eu não me esqueço, ora veja
De Abdenor e Maroca
Ali na Praça da Igreja
Dilma, Celsa e Celeide
Cada qual era uma lady
Que a minha saudade beija

Dirceu, Sessé, Roseli
Era grande essa família
Eu quase fui adotado
Vejam que maravilha
Foi rica essa convivência
De tanta inteligência
Feliz de quem compartilha

Jogava a minha sinuca
Lá no bar de seu “Nozinho”
Em meio a tantos parceiros
Eu não estava sozinho
Pagava a conversa fiada
Mandavam minha mesada
Dona Nita e Seu Dadinho

Pra falar de todo mundo
Sei que vai faltar papel
Meu Deus, são muitas figuras
Não cabem num só Cordel
Queria contar uns causos
Pois todos merecem aplausos
E eu tiro até meu chapéu.

No fim daquele três anos
A coisa ficou bem séria
Caí na segunda época
Em duas ou três matérias
Tendo que passar por crivos
Meti a cara nos livros
E até que enfim tive férias

Já me sentia um músico
Mesmo que um autodidata
Foram muitas as lições
Que eu aprendi com a nata
Quem batia uma viola
Nunca fez de radiola
Uma linda serenata

Já tendo o segundo grau
Apesar de tanta súplica
Eu tirei um bom proveito
Lá daquela escola pública
Chegando na capital
Percebi que andava mal
A nossa velha república

Enquanto que a medicina
Não abria a inscrição
Fiz teste no Seminário
Mostrei minha aptidão
Pra não perder a viagem
Matriculei de passagem
No curso de percussão

Ali encontrei Tom Zé
Que era mestre e aluno
Aproveitei o que pude
E num momento oportuno
Eu conheci o Galvão
E aí a composição
Pode tomar outro rumo

Já era sessenta e sete
E o destino fez seus planos
Nas ruas de Salvador
Nascem os Novos Baianos
Voando num céu Azul
Logo parti para o sul
Junto com aqueles manos

Perdoem a minha ausência
O compromisso me fez
Estar em outros lugares
E não aí com vocês
Mas vou dizer a verdade
Em outra oportunidade
Não tem senão, nem talvez.

Aí me joguei na vida
E precisava ter fé
A nossa carreira artística
Já começava a dar pé
Foi quando falei e disse
De Dudula e de Arnunice
Meus mestres de Caculé

Eu nunca fui de esquecer
Os meus momentos felizes
Nem também de abandonar
Minhas profundas raízes
Cumprindo assim meu papel
Permanecendo fiel
A todas essas matrizes

Que venham as homenagens
Cantemos todos em coro
Na festa do Interior
Na festa que é um estouro
As coisas andam no GV trilho
Já que o prefeito é o filho
Do saudoso Chico Louro

MORAES MOREIRA, São João de Caculé, 2011;

cafecompoemas.com

Fazemos parte da arte na vida

POR Edtattoo

Fazemos parte da arte na vida, nesse intróito somos reféns dos prazeres adquiridos e por ingenuidade nos trazem a culpa.
A febre antes verbes assola a casa que um dia era silêncio.
Os aldeões reféns do querer alheio torna se escravos à própria sorte.
Somos sucumbidos por pensamentos negativos e críticas alheia que não constrói pontes.
Precisamos de pessoas com pensamento construtivo e que nessa construção de relacionamento nós possamos encontrar a paz que precisamos par ser feliz.
Achar em meio multidão a mulher que nos completa.
Em todo lugar existem pessoas maravilhosas que precisam ser vistas.

Luto na MPB. O cantor baiano Moraes Moreira morreu no Rio de Janeiro aos 72 anos

 Foto: Ricardo Borges/Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O músico Moraes Moreira, fundador dos Novos Baianos, morreu nesta segunda-feira dia 13 de abril de 2020, no Rio de Janeiro, aos 72 anos. A morte foi confirmada pelo cantor e compositor Paulinho Boca de Cantor, que está repassando a informação a antigos companheiros de Moraes, como Pepeu Gomes e Baby do Brasil. Ainda não há informações sobre a causa da morte.

O cantor, compositor e violonista iniciou a carreira ainda na adolescência, tocando sanfona em festas de São João em Itauçu, sua cidade natal. Em 1969, ao lado de Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, companheiros de pensão em Salvador, e de Baby Consuelo e Pepeu Gomes, fez sua estreia no Quinto Festival da Música Popular Brasileira, da TV Record.

O primeiro disco do grupo, “Ferro na Boneca”, saiu em 1970. É em 1972, no entanto, que o grupo estoura, com “Acabou Chorare”. O álbum, que abriga no repertório a música de mesmo nome além de faixas marcantes como “Brasil Pandeiro” e “A Menina Dança”, vendeu mais de 100 mil cópias e se tornou um clássico no cancioneiro brasileiro.

Moraes Moreira ficou no Novos Baianos até 1975, quando saiu em carreira solo, com a qual lançou dezenas de discos nas décadas seguintes, incluindo músicas conhecidas como “Pombo Correio”. Ele também foi um dos primeiros cantores de trio elétrico no Carnaval da Bahia, no Trio Elétrico Dodô e Osmar. Continue lendo

Meu coração vadio

POR Antonio Marcos

Meu coração vadio
Dantes nunca navegado
No atlântico ancorado
É pacífico demais

Num dia americano
Como estouro de boiada
Meu coração de nada
Quis américa do sul

Que leviano!
O meu peito americano
Quiere hablar castellano
Ser daqui e ser de lá

Mas de repente
Alguém toca o telefone
Ouço a voz, gosto do nome
Deixo tudo e vou pro mar

O rio é de janeiro
Fevereiro e carnaval
Com o Cristo ao natural
Que é pacífico demais

Então, mais um cigarro
No meu carro em Ipanema
Vejo a moça do poema
Eu mais eu e nada mais

Que desatino
A viola abandonada
Minha mão tão asfaltada
Não consegue violar

E um sonho novo
De passar as cordilheiras
Vai virar velhas olheiras
Se acordado eu esperar.

Coronavirus, COVID-19: Pandemia Chinesa que parou a terra, como “profetizou” Raul Seixas em sua canção

 

No dia 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial de Saúde – OMS, foi alertada que havia vários casos de pneumonia em Wuhan Província de Hubei na China. O vírus causador parecia desconhecido. Uma semana depois as autoridades conformaram a identificação de um novo coronavírus que estava sendo chamado temporariamente de 2019-nCoV, mais tarde foi dado lhe o nome de COVID-19.

Esses vírus alastraram de maneira assustadora e inédita, que em menos de 60 dias já tinha infectado 110 países pelo mundo afora, depois de 4 meses que surgiram esses vírus, praticamente a terra inteira está contaminada eles. Muitos seres humanos infectados faleceram e outros conseguiram se curar. Os países como a China, Itália e Espanha foram os que mais sofreram perdas humana.

As outras Nações vendo a violência dos vírus e rapidez com que eles se contaminam o povo, e não havendo ainda um remédio eficaz para combatê-lo, resolveram fechando fábricas, comércios, feiras livres, cancelando show musicais eventos em suma, tudo que gera aglomerações de pessoas. Aí nos lembramos da canção de Raul Seixas que diz: “No dia em que o mundo parou”. Realmente o nosso querido “Raulzito” já previa essa catástrofe terrestre.

Porém quando ouvimos a música do Raul Seixas que nela ele descreveu tudo que estava acontecendo, tudo ficou muito interessante na melodia, mas ninguém se deu por conta que isso um dia poderia acontecer. Pois aconteceu, na realidade foi bem pior do que Raul Seixas previu em sua música, ele disse “O Dia Em Que A Terra Parou”. Que fala sobre um dia em que ninguém mais saiu de casa. Em tempos que o mundo quase todo está de quarentena, o que já vem ocorrendo desde janeiro, por conta do corona vírus, a música ganha ares de profecia e impressiona quem a escuta nos dias de hoje.

CATOLICISMO: Nós pesquisamos e não encontramos nada na história da Igreja Católica, para se comparar com esse profundo isolamento dentre os fiéis que hoje estamos vivendo por conta dessa Pandemia. Hoje Sexta-feira Santa, é o dia em que os católicos celebram a morte de Jesus Cristo, com muitos atos feitos pelos leigos como a Procissão e neste ato, queremos aqui esclarecer que este é seguramente o maior movimento individual de fiéis católicos em Condeúba.

Num entanto às 15:00 dessa Sexta-feira Santa dia 10 de abril de 2020, ou (Sexta-feira da Paixão), o qual foi feriado Nacional, vimos e acompanhamos pelas redes sociais, o nosso Pároco José Silva Celebrando a Paixão de Cristo diretamente da Paróquia de Santo Antônio em Condeúba com poucos auxiliares, talvez não chegou a 10 fiéis. Eu do lado de cá isolado do convívio social como todos estão, fique perguntando a mim mesmo. Poxa! estamos vivendo um momento inédito e histórico da humanidade. Tudo está isolado e praticamente parado.

E continuei me questionando, cadê a nossa tradicional Procissão do Senhor Morto na Cruz? Com aquelas belas encenações teatral, assistida e acompanhada pelas ruas da cidade por uma verdadeira multidão de pessoas. O que ainda me consolou naquele instante, é que este ano, de qualquer maneira essa encenação estaria prejudicada, por conta das fortes chuvas, que caíram naquele momento previsto para fazer a Procissão. Clamamos primeiramente ao bom Deus e, posteriormente aos homens, que eles busquem urgentemente um remédio que combata incessantemente essa demoníaca Pandemia, para que os povos voltem as suas normalidades no Planeta Terra.

Do que será?

POR Edtattoo

Do que será quando a paz adquirida com dor devolver com drama a esperança fragilizada? Sentiremos o gosto amargo e nas pupilas dilatadas o medo sendo implantado, escorrerá no rosto pardo de quem busca apenas ser visto. A lágrima silenciosa escorrerá pelo rosto e o profeta perderá à fala ao ver tamanha fúria pelas mãos de quem caminha na escuridão, precisamos do pensamento maduro sobre o que nossos olhos vêm.

Precisamos nos unir pelo amor para não ser o fim prematuro de uma raça destrutiva chamada, “ser humano”. Homens de fé! Libertem se, seja a luz para quem te segue, não troquem bênçãos por migalhas, elas não irão nutrir um povo que chora em silêncio. Poetas! Sejam a descoberta de quem precisa compreender que ainda é tempo de mergulhar em si mesmo para encontrar a essência de Deus.

Quis tentar entender a vida

POR Edtattoo

Quis tentar entender a vida, percebi que nada sei. Quis voar e ao sair do chão Deus em silêncio me acordou. Quis ser parte da arte que libertasse um povo que em silêncio geme, então Deus me deu uma flor para que eu olhasse e descobrisse que a felicidade tem nome. Ela chama-se “pensamento”.

Aquele que tens o dom de pensar, destaca se em meio ao caos, o pensamento positivo faz milagres. interpretamos a fala e tornamos reféns nas ações que cativam sem ver, interpretamos de maneira distorcida a visão de quem direciona dor e culpa, A culpa macula aquele que precisa ser visto.

Nesse introito,”curamos mente sã”, criamos a ilusão na primazia e por entre a fresta que nos define vemos a máscara que criamos sem temor para proteger a nós mesmos. O tempo ainda é ilusório e interpretar esse momento com sabedoria é o caminho para compreender que nada somos. viemos de um tempo de paz, mergulhem para dentro de si mesmo e verá a verdade que precisa para seguir em frente. Nós somos o mundo, e o mundo está em nós. Tudo na vida é uma questão de tempo.

O tempo é recomeço

POR Ed tattoo

O tempo é recomeço, parte da vida que arde na arte que cura sem ver, instantes no transe que deslumbra na culpa do ser. Tempo é flash, lição de vida na boca do sábio, papel em branco que no silêncio de si mesmo revela a grandeza em continuar mudo. Deus é a vontade esquecida de nós que no dia frio nos aquece.

Há se o que fui um dia antes de renascer como pássaro frágil tivesse estancado o medo para continuar a ser eu! Certamente o canto ainda se via e meu Castelo frágil a beira da praia revelasse a cura pela fresta da janela, hoje a dor é invisível. Tornamos reféns do querer e sobre as dores impostas pelo tempo nós possamos enxergar Deus.