Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Jornal GGN – Além de lidar com temperaturas abaixo dos dez graus, os moradores de rua de São Paulo são obrigados a conviver com o descasos de agentes públicos que fazem a limpeza da cidade.
Segundo a rádio CBN, na manhã desta quarta-feira (19), um caminhão de uma empresa terceirizada jogou jatos d’água nas calçadas da Praça da Sé, acordado os moradores e molhando seus pertences.
“Meu cobertor ficou encharcado. Sempre que isso acontece, a gente perde tudo”, disse um dos moradores de rua entrevistados pela rádio.
Outra reclamação é a falta de vagas nos abrigos da cidade. Eduardo Odloak, prefeito regional da Sé, disse que vai investigar o ocorrido e afirma que as equipes são orientadas a abordar os moradores antes de iniciar a limpeza das ruas.
A gestão do prefeito João Doria (PSDB) também disse que distribuiu mil cobertores durante a noite desta terça-feira, e que serão entregues mais cobertores nesta quarta.
Ao menos um morador de rua morreu em decorrência do frio, de acordo com a Polícia Militar. Segundo o padre Julio Lancellotti, da Pastoral de Rua, uma outra pessoa morreu nesta terça, em frente à Faculdade de Medicina da USP.
Guardas civis
Além dos funcionários terceirizados de limpeza, também são comuns os casos de agressões de Guardas Civis Metropolitanos (GCMs) contra pessoas em situação de rua.
No final de maio, uma portaria publicada no Diário Oficial proibia os guardas de abordar moradores de rua e também vedava a retirada de bens pessoais. Além disso, o assunto foi tema de duas reuniões realizadas pela Comissão Extraordinária Permanente de Segurança Pública, na Câmara Municipal.
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