Covid-19: Teich alerta ser possível chegar a 1.000 mortes por dia no Brasil

Ministro da Saúde Nelson Teich

O ministro da Saúde, Nelson Teich, avisou nesta quinta-feira (30) que ainda não é o momento para começar a liberar o isolamento social, já que a curva de mortes provocadas pelo está em “franca ascendência”. Ele adiantou que tem diretrizes para orientar como governadores e prefeitos devem decidir sobre a manutenção do distanciamento social.

O ministro está analisando como será a divulgação dessas diretrizes, já que há o temor de que elas sejam utilizadas para afrouxar de forma prematura as medidas de distanciamento social. “A gente tem uma diretriz, a gente tem um ponto de partida. Mas algumas coisas são básicas, não dá para você começar uma liberação quando você tem uma curva em franca ascendência. (…) Tem cidades que nem estão com a curva caindo e já tem flexibilização”, explicou Teich.

Segundo ele, o Ministério não está pensando em relaxamento ou em flexibilizar as medidas no momento. “Se uma diretriz puder soar como recomendação de relaxamento, isso seria muito ruim. Não é o caso”, acrescentou.

Teich acredita que as quase seis mil mortes causadas pelo coronavírus no Brasil não influenciam as políticas já planejadas. “Não é porque teve alteração no número de mortes que a política vai mudar. Neste momento, o distanciamento permanece como orientação. E vamos avaliar cada lugar, cada região, quanto de recurso para atender pessoas”, afirmou.

Sobre uma estimativa de mortes diárias, o Brasil está perto de 500 óbitos por dia. “O número de 1.000 [mortes por dia], se estivermos num movimento, num crescimento significativo da pandemia, é um número que é possível acontecer. Não quer dizer que vai acontecer. A gente tem que acompanhar a cada dia para ver o que está acontecendo para tomar as decisões”, confessou.

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