PENA DE MORTE E RELIGIÃO CRISTÃ
A julgar pelos números da última pesquisa Datafolha (08/01/2018) e forçando uma interpretação “sui generis”, 63% dos católicos brasileiros seriam favoráveis à condenação de Jesus à morte na cruz por parte dos poderes públicos do período em que ele viveu, seguidos com o apoio de 50% dos evangélicos para o mesmo fim. Já entre os ateus, mais de 50% seriam contrários.
Observações:
1) Tempos estranhos: a maioria daqueles que seguem o livro que tem como um dos mandamentos “Não matarás” (Êxodo 20,13), defendendo a violência e desejando assassinar através das mãos do Estado.
2) Ateus “mais temerosos a Deus” do que “cristãos”!?
3) Onde ficam os ensinamentos de CRISTO sobre “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (João 15,12) ou “perdoai até setenta vezes sete” (Mateus 18,32) para os que se declaram CRISTÃOS?
Enfim, especialistas em ciências sociais afirmam que em momentos de crise, como o de agora, o desejo por violência e sangue costuma aflorar nas sociedades. As pessoas, especialmente as mais pobres, sentem na pele a violência econômica, do Estado e da marginalidade em suas vidas, com maior intensidade do que as classes ricas. O perigo é que espertalhões da política se apropriem desse sentimento e aproveitem para implantar o terror, como fez Hitler na Alemanha dos anos 1930, o que só viria a agravar ainda mais a situação violenta. Inclusive, já temos um candidato a Hitler no Brasil. Fiquemos mais espertos e prudentes do que as serpentes (Mateus 10,16).
Para fechar, veja o que Jesus disse diretamente às pessoas que se julgavam muito religiosas na época em que ele viveu na Terra: “Em verdade vos digo: os publicanos [cobradores de impostos] e as meretrizes [prostitutas] vos precedem [entram primeiro] no Reino de Deus!” (Mateus 21,31b).
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