Preservar a memória e celebrar o legado do professor Luiz Flávio Gomes. Esse é um dos propósitos que motivaram a produção do livro “Avante! Homenagem a um grande brasileiro”, que foi lançado no dia 13 de setembro e está disponível para compra no site da Amazon.
Com organização de Roberto Livianu, da companheira Alice Bianchini, do filho Luís Filipe Vizotto Gomes e de Rafael Costa, a obra reúne textos de 25 autores e autoras cuja história se cruzou com a do professor ao longo de sua vida. Recupera memórias e aborda, ainda, temas de interesse público e jurídico.
Roberto Livianu caminhou ao lado de Luiz Flávio na luta contra a corrupção e explica que: “O livro é uma somatória de pessoas que se relacionaram com ele ao longo da vida, bem como a jurista e magistrada Eliana Calmon, que escreveu o texto de apresentação da obra e também tinha uma ligação com Luiz Flávio. Transmite a afeição verdadeira, no sentido mais genuíno da palavra. É uma homenagem autêntica”.
Com o tema “Desafios éticos do Brasil contemporâneo”, o evento online de lançamento foi conduzido pelo professor Roberto Livianu e contou com a participação de convidados especiais:
– Alice Bianchini, doutora em Direito Penal e Vice-presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreiras Jurídicas – ABMCJ.
– Tereza Exner, primeira mulher a ocupar a posição de Corregedora-Geral do MPSP; Procuradora de Justiça desde 2009, atuando na Procuradoria de Justiça Criminal.
– Irapuã Santana, Doutor em Direito Processual pela UERJ, ex-Assessor de Ministro no STF e no TSE, Advogado voluntário da Educafro, Colunista do jornal O Globo, Procurador do Município de Mauá/SP;
– Ricardo Sennes, Especialista em cenários políticos e econômicos, formulação e implementação de políticas públicas, Fellow do Atlantic Council (DC) e do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) – atua também como comentarista do Jornal da TV Cultura.
Eles abordaram temas como: 15 anos da Lei Maria da Penha; Impunidade; Acesso à Educação e Justiça; e Capitalismo Solidário.
Anísio nasceu na cidade de Caetité-Bahia em 12 de julho de 1900 e faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1971, em circunstâncias nebulosas. Personagem central na história da educação do Brasil nas décadas de 1920 a 1960, nos períodos democráticos, Anísio foi um dos grandes expoentes do movimento denominado Escola Nova.
Aos 24 anos, foi Secretário de Educação da Bahia onde implementou importantes reformas educacionais que contribuíram para a democratização da educação no estado. Também, foi Secretário da Educação do Rio de Janeiro, onde realizou uma ampla reforma na rede de ensino, integrando o ensino da escola primária à universidade, no início da década de 1930. Afastado da vida pública durante o Estado Novo, Anísio retornou à Secretaria de Educação do Estado da Bahia, em 1947, onde continuou a implementar importantes reformas educacionais.
Nos anos 50, Anísio dirigiu o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP. Foi também o criador e primeiro dirigente da Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), criada em 1951, e que Anísio dirigiu até o golpe de 1964. Foi um dos idealizadores do projeto da Universidade de Brasília (UnB), inaugurada em 1961, da qual veio a ser reitor em 1963, para ser afastado após o golpe militar de 1964. Morreu em 1971 em circunstâncias misteriosas.
Anísio Spínola Teixeira era oriundo de uma família influente na política local de Caetité, uma vez que seu pai, além de médico, era um chefe político. Assim, pertencia a uma família que gozava de uma boa condição financeira.
A lavradora Sirlei Cruz dos Santos, 52 anos – Foto: Sione Aparecida
A lavradora Sirlei Cruz dos Santos, 52 anos, está internada no Hospital Municipal de Brumado desde o final do mês de junho com o fêmur quebrado aguardando ser transferida para realização de uma cirurgia. Ela sofreu um acidente doméstico dentro de casa na Fazenda Boa Sorte, no Distrito de Ubiraçaba.
A irmã da paciente, Sione Aparecida Cruz dos Santos, explicou que a cirurgia não pode ser feita no município porque será necessária uma prótese de bacia, a qual o hospital não dispõe, bem como de suporte em UTI. A cirurgia precisa ser feita em caráter de urgência e a família tem mobilizado parentes, amigos e a comunidade em uma vaquinha solidária para aquisição da referida prótese e realização da operação, cujo custo total é de R$ 30 mil.
“Tá demorando demais e o caso dela só está se agravando. Ela não se move em cima da cama pra nada, as dores são muito intensas. Por isso, nós resolvemos pedir ajudar pra quem puder colaborar”, afirmou. Os interessados em doar qualquer quantia podem transferir via Pix através da chave 275.104.808.09 (CPF) ou por meio da Agência 0947 – Conta Poupança 00089610-2 (Augusto Rocha da Silva).
Encaramos as ondas de nossa alma sem sabermos expressar as dores do dia que chega como um mar revolto e nos joga sobre pedras escarpadas proveniente de grandes erupções que o tempo se encarregou de moldar. Na vida Passamos por labirintos escorregadios e nos deparamos com pessoas frias. Pessoas que carregam dor e sofrimento atado de grandes aflições adquiridas na grande patologia das obsessões. Mas o amor de Deus por nós é capaz de transformar aquilo que era dor e aflição, em paz, devolvendo nos a vida através do brilho dos olhos e da clareza dos pensamentos.
Malala Yousafzai ficou internacionalmente conhecida por seu ativismo em defesa do direito das mulheres à educação. Foi vítima de um atentado do Talibã e sobreviveu.
Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa que luta pelos direitos das mulheres de estudarem.Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa que ficou internacionalmente conhecida por defender o direito das mulheres de terem acesso à educação. Ele morava em uma região dominada pelo Talibã e desafiou as ordens desse grupo fundamentalista de parar de estudar. Seu ativismo fez com que ela se tornasse alvo do Talibã e fosse vítima de um atentado em 2012. Ela sobreviveu e, em 2014, recebeu o Nobel da Paz.
Malala Yousafzai nasceu em Mingora, cidade que fica no Paquistão, em 12 de julho de 1997. Essa cidade fica no Vale do Swat, uma região montanhosa no norte do território paquistanês. Esse vale se destaca pelo fato de possuir uma grande população pachto, etnia de que Malala faz parte.
Os pacho são uma etnia minoritária no Paquistão, mas são o grupo majoritário no Afeganistão. Por isso, a criação de Malala teve uma ligação muito grande com o Afeganistão. O próprio nome dela foi em homenagem a uma guerreira pachto que lutou durante a Segunda Guerra Anglo-Afegã.
Os pais de Malala são ZiauddinYousafzai e TorPekaiYousafzai. Seu pai é reconhecido como um educador, além de ativista em defesa da preservação do meio ambiente e da educação.
Incentivo à educação na família de Malala
Malala cresceu em uma família muito pobre e sua criação se deu sob influência do islamismo. Outra característica muito importante da família de Malala foi a influência de seus pais para que ela fosse educada — algo não muito comum no Paquistão. A mãe de Malala, por exemplo, teve acesso à educação por poucos meses quando era jovem.
Malala relata que sempre foi uma estudante muito dedicada e que procurava ser a melhor aluna da sua turma. Durante sua infância e adolescência, ela gostava de ler e teve acesso a uma grande variedade de obras de literatura. A educação também permitiu que ela se tornasse fluente em urdu, pachto e inglês.
A jovem Malala estudava em uma turma exclusiva para meninas na escola que seu pai gerenciava, a Escola Khushal. Além disso, essa escola também permitiu que sua família pudesse melhorar sua condição de vida.
Por ser pachto e por morar próximo do Afeganistão, ela chegou a conhecer, por meio de relatos, a violência pela qual as mulheres eram tratadas pelo Talibã. A vida dela mudou radicalmente quando esse grupo chegou ao Swat.
O Talibã é um grupofundamentalistasunita que surgiu no Afeganistão, em 1994. Esse grupo apareceu entre os pachto do Afeganistão no período da Guerra Civil Afegã, e os membros dessa organização fundamentalista possuem uma interpretação radical da Sharia, a lei islâmica. O Talibã governou o Afeganistão de 1996 a 2001 e seu governo ficou marcado por violências.
No caso das mulheres, a atuação do Talibã foi bastante opressiva, pois os fundamentalistas não aceitavam que elas estudassem. Além disso, só autorizavam as mulheres a trabalharem em serviços da área da saúde, impuseram o uso da burca e não permitiam que mulheres saíssem de casa sem estar acompanhada de um parente.
Em 2001, esse grupo foi destituído do poder do Afeganistão, quando o país foi invadido por tropas norte-americanas. A invasão do Afeganistão foi uma resposta dos Estados Unidos ao Talibã, que abrigava a Al-Qaeda e Osama bin Laden em seu território. Depois disso, o Talibã se enfraqueceu, mas não deixou de existir.
Talibã no Vale do Swat
O Talibã chegou ao Swat, região onde Malala vivia, quando ela tinha 10 anos.
A vida de Malala e de sua família mudou radicalmente quando ela possuía cerca de 10 anos. Foi nesse momento que o Talibã chegou ao Vale do Swat. Soldados do Talibã começaram a ser avistados nas ruas de Mingora — maior cidade do Swat — e uma rádio foi criada pelos fundamentalistas para que eles pudessem transmitir sua ideologia.
O Swat era uma região extremamente conservadora e os ideais fundamentalistas tinham muito espaço naquela sociedade. Sendo assim, não foi difícil para que o Talibã penetrasse e conquistasse apoiadores na região. Inicialmente, o Talibã trouxe uma mensagem razoável, mas, à medida que ganhou apoio, foi se radicalizando.
O líder do Talibã no Paquistão era Maulana Fazlullah. Ele usava da estação de rádio para veicular pregações diárias e incentivava as pessoas a seguirem os princípios do islamismo. A mensagem de Fazlullah também tecia críticas aos problemas sociais que as pessoas do Swat viviam — uma forma de conquistar a simpatia da população.
À medida que ganhava apoio, Fazlullah começou a radicalizar sua mensagem. Assim, ele incentivou as pessoas a se livrarem de suas TVs, pois os fundamentalistas do Talibã condenam o ato de assistir a programas de televisão. Aqueles que não entregavam voluntariamente poderiam ter suas casas invadidas e suas TVs roubadas e destruídas.
O Talibã também passou a exigir que os homens não fizessem mais a barba, proibiu mulheres de ir ao mercado e punia os que os desobedeciam. Por fim, começou a criticar as pessoas que enviavam suas filhas para as escolas.Ir à escola tornou-se um ato de subversão e que representava grande risco.
Atentado a Malala
A chegada do Talibã ao Swat colocou Malala e sua família em uma situação de vulnerabilidade. Primeiramente porque seu pai não era um homem extremamente religioso e costumava fazer críticas públicas contra a ideologia propagada pelo Talibã. Em segundo lugar, ele gerenciava uma escola que dava aulas para meninas e sua própria filha frequentava a escola. Por fim, o pai de Malala fazia sua barba regularmente.
Isso fez com que Ziauddin passasse a ser ameaçado pelo Talibã e constantemente ele recebia conselhos de pessoas próximas a mudar sua conduta, pois estava colocando a si mesmo em risco, bem como a própria família. A família tornou-se alvo do Talibã de fato por conta da militância de Malala pelo direito das mulheres de frequentarem escolas.
Malala iniciou seu ativismo em defesa dessa causa ainda quando criança e tornou-se mais engajada à medida que o Talibã radicalizava sua mensagem. Os fundamentalistas passaram então a atacar escolas. Estima-se que mais de 400 escolas tenham sido destruídas pelos fundamentalistas no Swat. O objetivo disso era forçar as mulheres a abandonarem seus estudos.
Malala foi convidada para escrever anonimamente para a BBC em urdu sobre o Talibã e exerceu essa atividade durante alguns meses em 2009. O ativismo trouxe reconhecimento a Malala e ela recebeu uma premiação paquistanesa conhecida como Prêmio Nacional da Paz da Juventude, em 2011. Ela também passou a ser procurada por veículos da imprensa para dar entrevistas.
Malala tecia críticas ao Talibã e à perseguição que eles promoviam às mulheres. Quanto mais famosa ela se tornava, mais perigosa a situação de sua família ficava e mais ameaças ocorriam. Por certo tempo, Malala passou a temer o que poderia acontecer e mudou um pouco a sua rotina para garantir a sua segurança.
Apesar do medo de ser vítima do Talibã, Malala não desistiu da causa que defendia. Ela permanecia engajada e mobilizava vozes para defender o direito das mulheres de estudarem. Em razão das críticas que ela fazia ao Talibã, esse grupo fundamentalista decidiu calar a voz de Malala. Em 9 de outubro de 2012, dois terroristas foram enviados para matá-la.
Eles pararam o ônibus que ela pegava para retornar da escola. Ao entrar no ônibus, um dos terroristas atirou três vezes contra Malala. Uma das balas entrou na cabeça da jovem, que tinha apenas 15 anos na época. Colegas que estavam ao lado de Malala tiveram ferimentos leves.
O atentado contra Malala fez com que ela fosse submetida a uma cirurgia de emergência em Peshawar. Depois da cirurgia, o governo paquistanês, com a autorização dos pais de Malala, decidiu levar a jovem ativista para a Inglaterra porque lá ela teria o melhor tratamento à sua disposição. O tratamento e recuperação de Malala foram financiados pelo Paquistão.
Malala permaneceu na Inglaterra e se estabeleceu na cidade de Birmingham, sendo essa permanência uma medida óbvia para garantir a segurança dela e de sua família. Malala concluiu seus estudos básicos na Inglaterra e graduou-se na Universidade de Oxford. Ela permaneceu engajada pela causa da educação e criou o Fundo Malala, que promove campanhas de incentivo aos estudos de garotas.
O atentado transformou Malala em uma figura conhecida internacionalmente e gerou reconhecimento ao ativismo dela. Ela ganhou inúmeros prêmios, e o de maior destaque foi o Nobel da Paz, conquistado em 2014.
Comentários