Dia: 18 de julho de 2023

Capim Grosso: Conselheira tutelar morre com suspeita de parada cardíaca no Centro Norte Baiano

A conselheira tutelar Naiara Santos Sousa
Uma conselheira tutelar de Capim Grosso, Centro Norte Baiano, morreu na tarde de segunda-feira (17). A suspeita é de que Naiara Santos Sousa tenha sofrido uma parada cardíaca. Ela chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento. Naiara era casada e mãe de uma garota.
A Prefeitura de Capim Grosso emitiu nota de pesar: “Neste momento de profunda dor e pesar, a Administração Municipal manifesta aos familiares e amigos, expressando as mais sinceras condolências pela partida precoce. Naiara Santos Sousa era conselheira tutelar. Sua partida deixa um legado de carinho e amizades. Naiara deixará saudade a todos”. O prefeito Sivaldo Rios também lamentou a morte da conselheira tutelar. 
“Muito triste essa perda. Presto minhas condolências a toda família e amigos. Há poucos dias tive a alegria de assinar a posse dela ao conselho tutelar, conversamos muito sobre nosso compromisso e cuidado com as crianças e adolescentes, tinha certeza que ela junto com a equipe iria fazer um ótimo trabalho. Infelizmente a incerteza da vida interrompeu seus planos e só nos resta buscar forças para seguir. Meus sinceros sentimentos!”, escreveu o gestor.

Paróquia de Santo Antônio/Condeúba: Festa em Louvor ao Padroeiro da Comunidade do Olho d’Água

Pedimos a todos que nos prestigie nesta festa, em louvor ao Senhor dos Passos, podendo doar brindes, dinheiro, (basta entregar aos festeiros), ou participando da quermesse no próximo dia 29 de julho, já estão confirmados 3 Frotas de Reis. Que o Senhor dos Passos na sua infinita bondade, esteja sempre abençoando seus passos. AMÉM!!!

Natural de Itambé, Kayque Ryann é o novo reforço do Atlético/MG

Natural da cidade de Itambé, no médio sudoeste da Bahia, Kauque foi revelado pelo Bahia de Feira e atuou no São Paulo e no Barra/SC.

Seu último clube foi o Acadêmico de Viseu, de Portugal. Em sua passagem pelo futebol europeu, Kayque disputou 21 jogos e marcou 07 gols.

Desejamos sucesso e muitos gols na carreira do jovem promissor.

90 anos de Nelson Mandela

Nelson Rolihlahla Mandela foi o principal líder político da história da África do Sul e um dos grandes nomes mundiais da luta contra a opressão racial
Nelson Rolihlahla Mandela foi o principal líder político da história da África do Sul e um dos grandes nomes mundiais da luta contra a opressão racial. Também conhecido como Madiba, ele lutou durante grande parte de sua vida contra o regime racista e segregacionista do apartheid na África do Sul. Em decorrência dessa luta, foi preso e mantido em cárcere por 27 anos.

Nascido em uma família da aristocracia nativa da África do Sul, em 1918, Mandela teve uma formação intelectual influenciada tanto pela herança cultural europeia quanto pela africana. A partir da década de 1940, passou a atuar no Congresso Nacional Africano (CNA), partido político sul-africano que lutava pelos direitos dos negros no país e contra a política segregacionista do apartheid.

Tópicos deste artigo

A luta contra o apartheid

apartheid foi a consolidação institucional, através da legislação, de uma prática de separação entre brancos de origem europeia e negros do continente africano que vinha ocorrendo desde o processo de colonização da região, principalmente por parte dos colonizadores protestantes de origem holandesa, os bôeres ou africânderes. O apartheid consolidou-se após a Segunda Guerra Mundial, quando o Partido Nacional Africânder chegou ao poder. Uma série de leis foi promulgada, negando aos negros, que constituíam a esmagadora maioria da população, direitos sociais e políticos básicos.

O objetivo era realizar uma segregação total entre brancos e negros, impedindo os últimos de frequentarem os mesmos espaços públicos que os brancos, negando a eles o acesso à maior parte das terras cultiváveis do país e às riquezas naturais. Nas cidades, guetos que mais pareciam campos de concentração foram criados para isolar os negros, sendo ainda obrigados a portarem credenciais que garantiam ou não a deslocação pelo espaço urbano. Caso um negro não estivesse de posse de uma dessas credenciais ou fosse pego pelas forças policiais em locais proibidos, ele estava sujeito a ser encarcerado.

Mandela atuou inicialmente na juventude do CNA e durante parte de sua militância política defendeu uma resistência pacífica e a desobediência civil contra o regime do apartheid, como burlar as leis que separavam negros e brancos em espaços públicos. Entretanto, o recrudescimento da repressão contra os negros, suas várias prisões, seu banimento do CNA em 1961 e o massacre de Shaperville, em 1960, quando cerca de 69 pessoas morreram ao se manifestarem contra a obrigatoriedade de portar cartões de identificação que limitavam seu deslocamento, fizeram com que Mandela e seus companheiros mudassem de tática de luta política. Nesse mesmo ano foi criado um grupo armado dentro do CNA.

Prisão de Nelson Mandela

A luta armada resultou em vários atentados a instalações públicas, como usinas hidrelétricas, mas também causou uma violenta reação das forças governamentais. Diversos militantes do CNA foram presos, dentre eles Nelson Mandela, que foi condenado no Julgamento de Rivonia à prisão perpétua, em 1964.

A África do Sul transformou-se em um Estado policial e o CNA atuava na clandestinidade. Mandela, na prisão, passou a registrar seus pensamentos em cadernos e calendários, apesar da rígida censura que vigorava nas penitenciárias pelas quais passou, dentre elas uma localizada nas Ilhas Robben. Durante o período em que Mandela esteve preso, a comunidade internacional por diversos momentos buscou aplicar sanções ao governo da África do Sul como medidas para acabar com o apartheid, seja no aspecto econômico, seja na proibição à participação em eventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol ou os Jogos Olímpicos.

Os negros sul-africanos durante esse período também realizaram inúmeras ações contra o governo racista, apesar da repressão. O levante do Soweto, em 1976, iniciado por estudantes que se opunham ao ensino da língua africâner, levou a uma série de protestos contra o regime e mais ações repressivas.

A partir da década de 1980 as pressões internacionais tornaram-se mais intensas e o cenário econômico e político tornava-se cada vez pior. O Partido Nacional Africânder iniciou reformas no final da década, abolindo a proibição de casamentos inter-raciais e a obrigatoriedade de portar as credenciais de locomoção. Mas somente a partir da década de 1990 que as medidas levariam ao fim do apartheid, principalmente no governo de Frederik de Klerk. O CNA foi tirado da clandestinidade e Nelson Mandela saiu da prisão.

Governo na África do Sul e Nobel da Paz

Ao mesmo tempo, uma onda de violência, marcada principalmente por chacinas nos bairros negros, aumentou a dificuldade de se realizar uma transição menos conturbada. Foi nesse cenário que Nelson Mandela foi eleito presidente do país em 1994, após uma expressiva vitória nas urnas, o que o levou a governar a África do Sul até 1999. Em 1993, ganhou o Prêmio Nobel da Paz pela atuação política no processo de transição e de luta pelos direitos da maioria negra sul-africana.

 ​Selo sul-africano em homenagem aos 90 anos de Mandiba, um dos apelidos de Mandela.[2]
​Selo sul-africano em homenagem aos 90 anos de Mandiba, um dos apelidos de Mandela.[2]

Seu governo foi caracterizado pelo esforço em acabar com o legado histórico do apartheid para a população negra sul-africana. Foram criados programas de habitação, educação e desenvolvimento econômico para a população que vivia nos guetos. Uma nova constituição foi aprovada, garantindo a estabilidade política do país.

Após sua saída do governo em 1999, como promessa que iria apenas auxiliar na transição para um regime democrático representativo, continuou seu trabalho em outras instâncias. Criou uma fundação que leva seu nome, atuando em diversas áreas sociais, como no amparo aos portadores de HIV e no auxílio à infância.

Morte do líder africano

Sua última aparição pública aconteceu no final da Copa do Mundo de Futebol, realizada na África do Sul, em 2010. Bastante debilitado pela idade avançada, foi diversas vezes internado, causando sempre grande apreensão da população sul-africana e internacional. Entretanto, em 05 de dezembro de 2013, em decorrência de uma infecção pulmonar, Nelson Mandela morreu em sua casa, na cidade de Johannesburgo.

Créditos das imagens

[1] Alessia Pierdomenico/Shutterstock

[2] catwalker/Shutterstock

Por Rainer Gonçalves
Professor de História.

Irundiara: Homenagem ao reiseiro “Maçu Fiscal”

Pelo historiador Elton Soares de Oliveira

O reiseiro Marcelino Barbosa de Oliveira popular “Maçu Fiscal” e sua esposa Odete Cassimira de Jesus, ambos falecidos.
O apelido é Maçu Fiscal. O nome de batismo, Marcelino Barbosa de Oliveira. Maçu nasceu dia 15 de dezembro de 1923, em uma família predestinada: trabalho, devoção e diversão são os &os condutores. De acordo com o amigo-irmão, Japônias Guedes, Maçu era um homem muito trabalhador! Vivia do plantio de mandioca, feijão, arroz, milho, da criação de gado, porcos, galinhas, especialmente, bodes. Montava cavalos em vistosos e bem arreados. O companheirismo, Maçu-Japonias era tão grande, ao ponto de trocarem dias, semanas de trabalho anos seguidos.
Todo início do mês de janeiro desaparecia o homem laborioso e brotava o artista popular. Maçu saia cantando e encantando os habitantes da Lagoa do Bento, do Canto do Arroz, da Vereda, da Pinheira, de Irundiara, do Tamanduá durante as noites dos “Santo Reis”. Detentor de um timbre de voz inconfundível, fino e lamurioso capaz de tocar profundamente as mentes e os corações dos apreciadores da arte do reisado. O grupo dos reiseiros, comandado por Maçu Fiscal enchia de alegria e esperança as noites escuras do mês de janeiro, revivendo a tradição dos reis magos: Belchior, Baltazar e Gaspar portadores de incenso, mirra e ouro. Maçu e seus companheiros anunciava a existência de vida na terra seca, umedecida temporariamente, por ocasião do tempo das águas. Com poeira ou lama, Maçu cumpria sua missão religiosa e cultural, ano após ano.
Para quem não sabe – de acordo com Basílio, sobrinho de Maçu – o “Fiscal” que compõe o apelido, veio do pai de Maçu, que outrora era fiscal (tradição antiga do Brasil colônia-império) atribuído às pessoas que cuidavam, consertavam, aterravam os buracos, podavam o mato do trecho de estrada (testada da propriedade), chamada antigamente de Estrada de Servidão. O “Fiscal”, do apelido Maçu permanece na memória dos mais antigos e na vida dos mais jovens: filhos, netos, bisnetos, tataranetos, imortalizado por meio do registro escrito, nesse ato comemorativo.
Marcelino Barbosa de Oliveira – Maçu Fiscal – era filho de Joaquim Barbosa de Oliveira (Joaquim Fiscal) e de dona Jesuína Maria de Jesus, nasceu e se criou na fazenda Tamanduá. Com aproximadamente 20 anos de idade casou-se com Odete Cassimira de Jesus, que nasceu em 3 de março de 1928, após o enlace matrimonial passou a chamar-se: Odete Cassimira de Jesus Oliveira (dona Dete). Após algum tempo, o casal mudou para a fazenda Lagoa do Bento. Propriedade comprada de Ananias Carneiro (esposo de Santa Barão e pai de Bigode).
Dete e Maçu tiveram 15 filhos. Dos mais velhos para os mais novos: Sebastiana Cassimira Jesus de Oliveira, Manoel Barbosa de Oliveira (Mané Dia Santo), Iraci Cassimira de Oliveira (Nega), Maria de Lourdes de Oliveira Neves (Lurdes), Vanda Cassimira de Oliveira Silva, Joanilha Cassimira Souza (Nila), Antônio Barbosa de Oliveira (Tony, Pipoca), Jesuína Cassimira de Oliveira Silva (Fia), Geraldo Barbosa de Oliveira (Passarim), Custódio Barbosa de Oliveira (Tody), Luís Barbosa de Oliveira (Lú), Geralda Aparecida Cassimira de Oliveira (Cida), José Roberto Barbosa de Oliveira (Beto – In memoria), José Barbosa de Oliveira e Joaquim Barbosa de Oliveira (mortes, causadas pelo mal de 7 dias) ou seja: Tétano neonatal.
Da Lagoa do Bento, a família “Maçu” estabeleceu moradia em Irundiara. O casal faleceu, sendo sepultados no cemitério novo de Irundiara, localizado na saída para a cidade de Jacaraci. 
Maçu Fiscal é fruto e tronco de uma grande árvore genealógica. Filho de Joaquim e Jesuína Fiscal, Maçu teve vários irmãos e irmãs, muito conhecidos nos arredores da antiga Passagem Larga, atual Irundiara. Sendo eles: Argemiro Barbosa de Oliveira, também, chamado de Agemiro Fiscal era o mais velho. Deolino (seu Fiinho) e a esposa, dona Nininha criaram o filho adotivo, Chico Balainho). Sr. Fiinho e dona Nininha são pais de Consuelo, esposa de Epaminondas Campos. José Fiscal era um grande tocador de violão, muito jovem foi morar no interior de São Paulo; Manoel Fiscal, também migrou para São Paulo e pouco se sabe da história desse membro familiar.
Quanto as irmãs de Maçu Fiscal destacamos: Clementina; Adelina, que amigou com Genésio Neves e criaram Jesuíno (Zuino Baité); Joanila, muito cedo foi morar em Maringá (Paraná) e lá juntou-se com um homem muito distinto. O casal era dono de um hotel e vieram muitas vezes à Irundiara. Odete Fiscal é a única irmã sobrevivente da família, com 97 anos, nascida em 1922 é uma eximia tocadora de viola caipira. Odete casou-se com Etelvino Guedes, ela nasceu em 17 de setembro de 1922. Etelvino era um grande contador de histórias e irmão de Japônias Guedes. Etelvino e Maçu eram cunhados. São filhos de Odete e Etelvino, com respectivas datas de nascimento: Gersília Guedes (01/01/1948, 75 anos); Gersina Guedes (20/08/1949, 74 anos), Jueci Guedes (1951); Gervina Guedes (20/05/1954), Generina Guedes (17/11/1956), Juvenil Guedes (18/10/1959), Juarez Guedes (27/11/1964), José Roberto Guedes (06/03/1966, 55 anos). In memória: Marina Guedes, Manuel Guedes e João Guedes (morreram quando eram crianças).
Maria Barbosa de Oliveira (Maria da Vereda) marcou profundamente a história onde morava e do distrito de Irundiara. Mulher corajosa, trabalhadora e mãe de família exemplar. Maria nasceu em 1919 e casou-se com Antônio Alves Pereira (tio de Agnel Alves). São filhos do casal: Clemência Barbosa de Oliveira, Basílio Barbosa de Oliveira, Teodolino Barbosa de Oliveira, Advina Barbosa de Oliveira, Sanches Barbosa de Oliveira (adoentado), Joaquim Barbosa de Oliveira, Cosme Barbosa de Oliveira (falecido), Jesuína Barbosa de Oliveira (falecida), Joani Barbosa de Oliveira (coordenadora do grupo de reiseiras de Irundiara), Maria (morta logo após o nascimento).
Texto elaborado pelo historiador Elton Soares de Oliveira, a partir de entrevista oral, concedida por Japonias Guedes, Basilio Barbosa de Oliveira, Generina Guedes, Juvenil Guedes, Maria Ilka, Custódio Barbosa de Oliveira e Vanda Cassimira de Oliveira Silva.
Irundiara, 07 de julho de 2023 – evento comemorativo – Casa do Museu, coordenação cultural: Aline Guedes, Luiza Fernandes de Oliveira e Elton Soares de Oliveira.
Colaboradores: Maria Ilka, Davi Guimarães, Ashelley Rocha e Regiane Drak.
Parcerias: Familia Maçu, Associação dos Idosos de Irundiara, grupo de Reis de Irundiara, bem como os comunicadores: Manuel Lima, Fabian comunicações, Folha de Condeúba e DaviLand studios.
O condão da história é lutar contra o apagamento da história! Tudo Tem história… Elton historiador!