Dia: 5 de junho de 2023

Condeúba dá a iniciativa de plantar árvores no dia do meio ambiente

Por Paulo Henrique

O vereador Arlindo Guarda abaixado plantando sua árvore no dia do meio ambiente, ele está ladeado por Paulo Henrique e o funcionário da WA se preparando para jogar terra e fixar bem a muda de Pau Brasil

No dia do meio ambiente, uma ação conjunta e de ampla participação, foi realizada em Condeúba, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, contando também com a participação do presidente da Câmara Reginaldo Sobrinho e do vereador Arlindo Guarda.
A ação teve o dinamismo dos moradores do Bairro Divino Espírito Santo, que apoiaram a iniciativa, se envolveram, opinaram, participaram e acolheram com entusiasmo a nova proposta de arborização da cidade e do Bairro.
Foram plantadas, de início, aproximadamente 20 mudas de árvores como: Pau Brasil e Aroeira, que serão cuidadas e protegidas pelos moradores que adotaram as mudas.
A Secretária de Meio Ambiente está implementando um viveiro de mudas próprio, para distribuir novas árvores para a cidade e para as comunidades rurais, numa tentativa de suprir a falta de árvores no perímetro urbano e também nas comunidades da zona rural. As mudas serão doadas sem nenhum custo e a única condição será o compromisso com o cuidado e a proteção das mesmas.
Hoje, aconteceu um momento importante, marcante e de esperança na cidade e no Divino. Ainda é preciso continuar plantando, semeando e tentando salvar o planeta, a fim de garantir um futuro melhor para as próximas gerações.
O Governo Municipal de Condeúba está se organizando em parceria com a sociedade civil, para que o plantio continue e que novas atividades e ações em prol da natureza, sejam realizadas no Município.
Vale lembrar que o dia é simbólico e marca uma luta intensa de todos que desejam salvar o planeta de suas muitas degradações ambientais.
Que este gesto de hoje possa suscitar nos corações dos condeubenses um amor forte e significativo pelas árvores e pela arborização urbana.

Fotos: Medonho: Continue lendo

“Até novembro o projeto está pronto”, diz Jerônimo Rodrigues sobre a estrada de Caetanos

Sonho antigo da população dos municípios da região sudoeste, a pavimentação dos 58 km entre Vitoria da Conquista e Caetanos está próxima de sair.

A notícia foi dada pelo Governador Jerônimo Rodrigues, em visita a Caetanos neste domingo, 03.

“O projeto está sendo feito. A empresa que ganhou o projeto, que está fazendo o projeto, nos garantiu que até novembro está pronto”.

Jerônimo também destacou que após a conclusão do projeto, o ritmo será acelerado com a licitação sendo realizada nos dias seguintes.

“A licitação demora 1 mês e 15 dias e depois eu posso dar a ordem de serviço. A empresa (ganhadora) já vai ter que está com o canteiro e nós vamos fazer uma festa”.

O governador garantiu que o trecho de Lindo Horizonte também será asfalto e que a rodovia terá ciclovia para atender os cidadãos.

Junho Violeta visa conscientizar sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular

Cevib: Junho Violeta visa conscientizar sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular

O ceratocone, também conhecido como distrofia contínua e progressiva, é uma doença que atinge a córnea (parte transparente do olho), deixando-a mais fina e menos resistente. Segundo o Centro de Visão da Bahia (Cevib), a córnea tem a aparência modificada, ficando com um formato semelhante ao de um cone.

A campanha Junho Violeta tem como objetivo alertar sobre os riscos da doença e conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular. Para uma consulta detalhada e mais orientações sobre a sua saúde ocular, procure um especialista na área, não deixe pra depois, que poderá ser tarde demais.

Voe Pass confirma nova rota com ligação direta entre Guanambi e Salvador

Voe Pass confirma nova rota com ligação direta entre Guanambi e Salvador Foto: Guilherme Dotto

A Voe Pass Linhas Aéreas anunciou uma nova rota entre a cidade de Guanambi, e a capital baiana. O objetivo é expandir a sua atuação no nordeste brasileiro com ligações regionais. Os voos terão início dia 26 de junho e serão operados em aeronaves modelo ATR72, com capacidade para 70 passageiros.

Serão cinco voos semanais com saídas de Guanambi destinado a Salvador, nas seguintes frequências: segundas às 20h25; quartas às 19h25; quintas às 20h55; sextas às 20h25; e domingos às 21h05.

Já no sentido oposto, partindo de Salvador com destino a Guanambi, os voos são nas segundas-feiras às 18h30; quartas às 17h30; quintas às 19h; sextas às 18h30; e, aos domingos, às 19h10.

Os bilhetes já estão sendo emitidos em todos os canais de distribuição da companhia aérea.

Flamengo Master e ex-jogadores de Vitória da Conquista fizeram a alegria da torcida rubro-negra no Murilão

A camisa rubro-negra tomou conta das arquibancadas do Estádio Municipal da Zona Oeste, o popular Murilão, na manhã deste domingo (4), onde torcedores prestigiaram uma partida histórica entre atletas que fizeram história no Flamengo e ex-jogadores do Serrano, Conquista e da seleção de futebol de salão da cidade.

Também comovidos em ver os atletas em campo estavam Adalberto Júnior e Maria Clara Santos. Pai e filha vibraram juntos a cada lance da partida que terminou em 2X0 para o Flamengo Master. “É um prazer imenso estar aqui com a minha segunda família que é o Flamengo, é felicidade demais”, disse Júnior, ouvindo da filha a seguinte declaração: “eu ouvi meu pai a vida inteira falando desses jogadores maravilhosos que fizeram história e estar aqui ao lado dele é uma oportunidade única

Mozer, um dos maiores zagueiros da história do Flamengo e que jogou em times de Portugal, França e Japão, gostou tanto que já deseja voltar. “Que possamos retornar para mais uma vez brindar toda a história que fizemos e agradecer todo o apoio que tivemos”, concluiu

Inscrições para o Enem começam nesta segunda-feira (5/6)

Taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até 21 de junho

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam nesta segunda-feira (5). Interessados em participar do certame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro, têm até o dia 16 de junho para fazer o cadastro na Página do Participante. A taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até 21 de junho. 

edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês. Além de apresentar as datas e os horários do exame, o texto detalha os documentos necessários e as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato pode ser eliminado.  

A publicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) traz também critérios para correção das provas e procedimentos para pessoas que precisam de cuidados especiais durante o concurso. 

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site.

Cenário de revolta e insatisfação social ajudou a compor junho de 2013

Pesquisadores avaliam que período é marco na história política do país

Era início da noite, quando o Movimento Passe Livre (MPL) queimou uma catraca de papelão, interrompendo o tráfego na Avenida 23 de Maio, na altura do Vale do Anhangabaú, centro da cidade de São Paulo. Naquele 6 de junho de 2013, os manifestantes lutavam contra o aumento das tarifas do transporte público, que haviam subido de R$ 3 para R$ 3,20 no início do mês. Atos semelhantes haviam acontecido nos anos anteriores pelo mesmo motivo. Da mesma maneira, a polícia reprimiu o protesto como tinha feito de outras vezes. Porém, em menos de duas semanas, o Brasil todo perceberia que aquilo tinha sido o começo de uma mobilização muito maior.

No dia 17 de junho, as ruas da capital paulista seriam tomadas por dezenas de milhares de pessoas, paralisando o trânsito em parte das avenidas mais importantes da cidade. Naquela noite, os protestos já haviam chegado a outras cidades, como Belo Horizonte e o Rio de Janeiro.

Brasília (DF) - Protestos de Junho de 2013, dez anos depois. Manifestações em Brasília (DF). - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Manifestantes ocupam a rampa do Congresso Nacional e uma das cúpulas no prédio, no dia 17 de junho de 2013  – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Em Brasília, os manifestantes ocuparam a marquise do Congresso Nacional. No dia 20, os participantes dos atos chegariam a depredar o prédio do Palácio Itamaraty.

Brasília (DF) - Protestos de Junho de 2013, dez anos depois. Manifestações em Brasília (DF). - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Protestos de junho de 2013 em Brasília – Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Ações do tipo seriam vistas durante toda a onda de protestos, desde o primeiro dia, quando, após ser reprimida no centro paulistano, a multidão foi em direção à Avenida Paulista, onde quebrou vidraças de agências bancárias. A adesão de parte dos manifestantes à chamada tática black block, em que, com o rosto coberto, participantes dos protestos promoviam a depredações, barricadas e respondiam às bombas da polícia com rojões e pedras, também foi um elemento novo da onda de atos.

repressão policial, com centenas de prisões, e manifestantes feridos, alguns com sequelas permanentes, pelo uso da munição menos letal foi outra marca do momento. A reação da sociedade a essa violência foi determinante para aumentar a adesão aos protestos.

Brasília (DF) - Protestos de Junho de 2013, dez anos depois. Manifestações em Brasília (DF). - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Protestos de junho de 2013 foram marcados por forte repressão policial – Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Mas, dez anos depois, pesquisadores e ativistas ainda têm dificuldades em determinar porque os atos de rua daquele ano evoluíram daquela forma. Parece ser consenso, entretanto, que junho de 2013 é um marco na história política brasileira e que a interpretação do momento segue em disputa.

Uma das questões difíceis de responder, mesmo em perspectiva, é por que os atos contra o aumento das passagens cresceram e se tornaram grandes manifestações com diversas pautas ligadas às condições de vida da população – saúde, educação, habitação e transportes.

Cenário de insatisfação

“Você já tinha uma disputa aberta pelos territórios. Por exemplo, a retomada indígena é em 2013 [série de ocupações de terras por indígenas em Mato Grosso do Sul]. No Rio de Janeiro você já tinha uma intensificação das mobilizações, primeiro, por causa das pessoas desalojadas para a construção da Cidade Olímpica. Já tinha uma disputa pela terra urbana. O movimento indígena do que se chama de campo, o não urbano”, relaciona o professor do curso de relações internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Acácio Augusto, ao lembrar que já havia um contexto de mobilizações naquele momento.

Além disso, ele destaca o “crescimento gigantesco das greves no ano anterior”. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, em 2011, foram realizadas no Brasil, 554 greves. Em 2012, foram 877 movimentos de paralisação, e, em 2013, 2.050.

Sāo Paulo (DF) 03/06/2023 - Protesto em Sāo Paulo em junho de 2013, uma onda de protestos em massa tomou conta de cidades por todo o Brasil. A série de manifestações que ficou conhecida como “O gigante acordou”. O protesto não se limitou à questão do transporte público, o movimento ganhou força em outras cidades, como Brasília, e os manifestantes passaram a contestar também os gastos com a Copa do Mundo, a corrupção, a má estrutura de saúde pública e a falta de investimentos na educação do país. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Protesto em São Paulo em junho de 2013. Pauta de reivindicações foi ampliada e passou a incluir outras questões relacionadas às condições de vida da população – Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O cenário de insatisfação popular foi alimentado, na avaliação do pesquisador, pela forte repressão policial aos atos.

“Isso destravou uma série de demandas, entre elas, a própria questão do transporte. Cabe-se dizer, não se resumia à questão do transporte propriamente dito, dizia respeito à circulação na cidade, a possibilidade de acesso que as pessoas tinham à cidade. Foi isso que fez também a pauta escalar tão rápido, essa combinação com disputas territoriais que já estavam acontecendo e a combinação com a violência policial”, analisa.

Piora das condições de vida

Essas demandas estavam relacionadas a uma “degradação geral das condições de vida nas grandes cidades”, de acordo com o professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Erick Omena. Ao analisar diversos dados, ele aponta que em 2013 as populações dos centros urbanos enfrentavam uma acentuada piora das condições de mobilidade, acesso à saúde e habitação, associada a um crescente descrédito na política institucional.

Sāo Paulo (DF) 03/06/2023 - Protesto em Sāo Paulo em junho de 2013, uma onda de protestos em massa tomou conta de cidades por todo o Brasil. A série de manifestações que ficou conhecida como “O gigante acordou”. O protesto não se limitou à questão do transporte público, o movimento ganhou força em outras cidades, como Brasília, e os manifestantes passaram a contestar também os gastos com a Copa do Mundo, a corrupção, a má estrutura de saúde pública e a falta de investimentos na educação do país. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Protestos de junho de 2013 reuniram multidões em várias cidades do país, como São Paulo – Marcelo Camargo/ Agência Brasil
A partir de dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Omena mostra que, entre 2004 e 2012, há um aumento na proporção de trabalhadores que levam mais de uma hora no percurso entre a residência e o emprego. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, o percentual sobe de 18% para 24,7% no período, e, na Grande São Paulo, de 20% para 23,5%.

O preço dos aluguéis, entre janeiro de 2008 e junho de 2013, subiu, segundo o pesquisador, 131%, no Rio de Janeiro, e 88%, em São Paulo.

“Na medida em que você aumenta o preço da habitação, você vai forçar as pessoas a irem para as regiões mais periféricas, que são mais distantes dos centros, que [é] onde estão a maior parte dos empregos. Portanto, o deslocamento casa-trabalho também vai aumentar”, explica o pesquisador sobre como a soma dos fatores afeta a vida da população.

Há ainda indicativos, segundo Omena, de uma crescente insatisfação com o sistema público de saúde. “Mais ou menos nesse período, você tem uma adesão bastante expressiva e relativamente rápida de um grande número de pessoas à assistência médica privada”, acrescenta.

Esse cenário de “precariedade da vida” contrastava, na avaliação da professora de história contemporânea da Fundação Cásper Líbero Joana Salém, com os preparativos do Brasil para receber os grandes eventos esportivos. “Se tinha uma percepção que se estava gastando muito dinheiro com aquelas obras em vez de gastar com saúde e educação para o povo”, diz em referência aos estádios e outros investimentos feitos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

02/06/2023 - São Paulo - Foto do Protesto - Movimento Passe Livre feito em 20.06.2013. Foto: Gianluca Ramalho Misiti/Flickr
Protesto organizado pelo Movimento Passe Livre feito em 20 de junho de 2013 na capital paulista – Gianluca Ramalho Misiti/Flickr

Os avanços em algumas áreas também ajudaram a impulsionar, segundo a professora, parte da população a buscar mais direitos. “Um marco de dez anos de governos do PT, que tinham ampliado determinados direitos, sobretudo para essa juventude trabalhadora, como, por exemplo, o direito à universidade. E parte dessas pessoas que entra na universidade, existe uma expectativa, uma certa pressa de que aqueles direitos se concretizem mais rapidamente”, acrescenta.

Junho de 2013 em imagens:

O MPL de São Paulo tinha como inspiração jornadas de luta contra o aumento das tarifas de transporte em outros lugares do país, como a chamada Revolta do Buzu, ocorrida em Salvador, em 2005. “Em 2011 teve uma luta muito grande contra o aumento em São Paulo, que durou dois, três meses, toda a quinta-feira tinha atos. E foi bem intenso para a época”, contextualiza Frederico Ravioli, que em 2013 fazia parte do Passe Livre.

Houve ainda, na opinião do militante que deixou o movimento em 2016, influência do cenário internacional. “[O ano de] 2013 captura também um pouco dessas ondas de protestos que estão acontecendo no mundo inteiro, em 2008, no Chile; na Primavera Árabe, no Oriente Médio; no Norte da África. Talvez seja um pouco do momento que essa ideia do consenso – de que a gente vai avançar devagar para todo mundo crescer – vai por água abaixo”, diz.

Uma semelhança entre as revoltas que atingiram, entre 2010 e 2012, diversos países, como o Egito, a Líbia, a Síria, o Iêmen, o Barein e o Marrocos, e as jornadas de junho foi o papel da internet e das redes sociais. “Toda essa insatisfação crescente vai achar um veículo excepcionalmente novo e muito mais capilarizado de expressão, que é a internet”, enfatiza Erick Omena. O pesquisador destaca que, de 2003 a 2013, o acesso à rede se expandiu de 13% da população para 51%. 

“Junho de 2013 não poderia ter acontecido sem esse rápido acesso da população a esse novo meio de comunicação, em especial as redes sociais”, acredita.

Disputa e legado

A mobilização de dezenas de milhares de pessoas nas ruas começou a ser disputada por grupos de direita e extrema direita antes mesmo de junho acabar, diz Acácio Augusto. “Reagindo a essa radicalização que junho traz, você vai ter não só uma intensificação da atuação institucional das forças de segurança, como também uma tentativa de disputar isso por forças mais à direita – de liberais a neomonarquistas”, pontua.

“Tem o Vem pra Rua, tem o MBL [Movimento Brasil Livre], que rouba a nossa sigla”, cita Frederico Ravioli sobre os movimentos de direita que se inspiram diretamente no sucesso das mobilizações do MPL. “É interessante para pensar como a direita se apropriou das táticas de esquerda, da forma de organização da esquerda radical, enquanto a esquerda tradicional ficou defendendo a democracia, a ordem e a estabilidade”, reflete o ex-militante.

Para ele, esses movimentos entenderam “as potencialidades de junho” e partiram para uma luta “disruptiva”.

O descontentamento foi canalizado por esses grupos, na avaliação de Joana Salém, em insatisfação com os governos do PT, partido que estava há dez anos à frente do governo federal e, na ocasião, recém-eleito para a prefeitura de São Paulo. “Muitas pessoas não se identificavam como direita e passaram a se identificar a partir de 2014, 2015, com uma ocupação das ruas pelo impeachment da [então presidente] Dilma Rousseff”, diz ela sobre a aproximação com a parcela da população que não tinha convicções políticas bem definidas.

“A direita soube aproveitar essa subjetividade política difusa para fazer uma campanha muito bem-sucedida de ganhar espaço contra o petismo. Até o limite do ódio que se chegou nos anos Bolsonaro [Jair Bolsonaro foi presidente, de 2018 a 2022]”, acrescenta Joana.

Ao mesmo tempo, as jornadas de junho foram inspiração para diversos movimentos de lutas por direitos nos anos seguintes. “Se você pensar nas características dos jovens que se juntaram na ocupação das escolas, você não estava só na questão da escola, a questão de gênero estava colocada, modos de vida, modos de educar, de aprender. Essa dimensão, que é bem difícil de captar do ponto de vista objetivo, era muito marcante em junho”, relaciona Augusto sobre o movimento dos estudantes secundaristas contra a reforma escolar no estado de São Paulo, em 2015 e 2016.

Para o pesquisador, os protestos contra a tarifa marcaram ainda a “retomada da rua como espaço de sociabilidade”. Como exemplo, ele cita outras mobilizações ocorridas nos anos seguintes na capital paulista. “A mobilização que tentava impedir a construção de mais um condomínio ali no centro, e acabou criando o que hoje se chama de Parque Augusta, tem a ver com junho também. Isso não tem a ver especificamente com a criação de um parque ou não, mas com a questão ecológica, de como se vive na cidade, como se vive no centro”, ressalta. “A mobilização de vários coletivos em torno dos abusos que são cometidos pelas forças na repressão à Cracolândia, na Favela do Moinho, tudo isso está conectado a junho de 2013”, acrescenta.

Dia Mundial do Meio Ambiente

Luciana FiuzaEscrito por Luciana Fiuza  – Professora de Biologia

Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho. Esse dia foi proposto com finalidade de aumentar a visibilidade e as discussões sobre a causa ambiental.

A data foi escolhida por ocasião da Conferência de Estocolmo, que discutia a questão do impacto humano sobre o meio ambiente. Essa reunião foi organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972.

Em 2022 comemorou-se 50 anos do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente com o tema “Uma só Terra”. Esse tema foi escolhido para nos lembrar que este é um planeta só. No sentido de ser especial e único, claro. Mas também no sentido de que todos somos responsáveis.

Além de propor melhores e maiores ações necessárias, foi uma oportunidade para rever se as ações foram efetuadas ou não conforme os princípios no PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

A ONU também destacou a relevância desse encontro para as discussões de medidas para uma recuperação global sustentável após a Pandemia Global do Covid-19.

Ações de um lado do mundo podem ser sentidas por todo o globo, agora e no futuro. Além disso, os problemas ambientais que temos hoje são heranças do passado, sem fronteiras e nem limite de tempo, um só planeta.

Isso justifica a urgência de atitudes sustentáveis de todos nós, pessoas, empresas, países. Pensando que essa é a nossa chance de preservar o equilíbrio que nos mantém vivos e com qualidade de vida. Como divulgado no site da ONU: “a campanha convoca uma ação coletiva e transformadora em escala global para celebrar, proteger e restaurar nosso planeta“.

Dia mundial do meio ambiente

Por que existe o Dia Mundial do Meio Ambiente?

O dia 5 de junho marca a data em que aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente. Ela foi em Estocolmo na capital da Suécia, em 1972, que ficou conhecida como a Conferência de Estocolmo. Esse evento foi o primeiro a reunir representantes de governos e instituições não governamentais de mais de 100 países. Nela foram discutidas questões importantes do meio ambiente, tais como a chuva ácida, a poluição do ar e a preservação dos recursos naturais. Foram também discutidas e aprofundadas planos para a sustentabilidade e redução dos impactos ambientais antrópicos (causados pelo Homem). Foi no contexto histórico e político dos anos 1970 que começou a crescer o interesse global pelas questões ambientais. Com os debates dessa época, o conceito de Desenvolvimento Sustentável emergiu com grande força. Onde as pessoas questionavam as guerras, exploração da natureza e de outros povos humanos e o papel das grandes nações no futuro que esperávamos para nosso planeta. O dia Mundial do Meio Ambiente é um dia importante para relembrar ao mundo a importância da sustentabilidade e estimular mudanças de atitudes das pessoas. Não apenas mudanças e reflexões individuais e diárias, mas também de cobranças de políticas públicas, hábitos de consumo mais sustentáveis e favorecimento de empresas que prezem esses valores. Assim, a ideia é que tanto as iniciativas individuais quanto as coletivas, em defesa do meio ambiente, se organizem para causar impactos positivos no planeta a médio e longo prazo. Ao menos minimizando os impactos já causados pela ação humana desrespeitosa com o equilíbrio natural do planeta.

PNUMA

PNUMA é a sigla em português que trata do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Esse programa, que foi definido na Conferência de Estocolmo de 1972, consiste em uma série de medidas que visam equilibrar a ação humana com a capacidade de suporte do nosso planeta Terra. A ideia é que consigamos manter as condições para a sobrevivência da vida na Terra e nossa sobrevivência como espécie pelo máximo de tempo possível. Nesse sentido, um aspecto chave é a sustentabilidade do desenvolvimento econômico de todos os países no mundo. Esses princípios discutiam diferentes aspectos ambientais como:

  • Mudanças climáticas;
  • Qualidade da água, redução da poluição da água;
  • Aumento da previsibilidade e redução dos danos causados pelos desastres naturais;
  • Soluções para a modificação da paisagem, em especial nos ambientes urbanos e agrícolas;
  • Elaboração das bases para o desenvolvimento sustentável das nações;
  • Limitação de pesticidas na agricultura, que contaminam florestas e promovem extinção de espécies;
  • Redução da contaminação natural por metais pesados.

Como podemos participar do dia mundial do meio ambiente?

Qualquer atitude pode servir como celebração e perpetuação do movimento, por exemplo:

  • plantar árvores;
  • fazer um mutirão de limpeza de florestas ou de praias;
  • promover campanhas de reciclagem;
  • reutilizar objetos criando novos através de artesanato;
  • reciclagem de materiais;
  • promover e aperfeiçoar a coleta seletiva da sua região;
  • reunir pessoas para debater repensar suas atitudes;
  • produzir materiais de divulgação como vídeos, fotos e textos sobre as causas ambientais;
  • organizar uma composteira na sua casa ou prédio para tratar o lixo orgânico;
  • campanhas vacinação e castração de animais como cães e gatos abandonados na rua.

Por conta do dia mundial do meio ambiente, existem escolas e instituições que promovem a Semana do Meio Ambiente. Nela realizam oficinas de reciclagem e reaproveitamento de materiais, experiências de ciências, debates e apresentações. Diversas disciplinas podem participar desses esforços, afinal, o Meio Ambiente é um tema transversal que pode e deve ser incluído em todas as disciplinas e níveis de escolaridade. Além das escolas, as associações de moradores ou coletivos de pessoas podem aproveitar o dia para refletir sobre como melhorar a qualidade de vida no bairro. O que pode acontecer a partir de campanhas de conscientização para evitar doenças como a dengue, cuidar adequadamente do lixo, entre tantas outras. Várias outras maneiras e campanhas podem ser pensadas de modo a relembrar e valorar esse dia. Dessa maneira, poderemos pensar e agir em projetos que perdurem o ano inteiro e ajudem o planeta de modo contínuo. Essa pode ser nossa forma, em casa ou na escola, de participar dos esforços da ONU para o equilíbrio do Meio Ambiente.