Dia: 1 de maio de 2023

Aneel mantém bandeira tarifária verde para maio

Aneel mantém bandeira tarifária verde para maio Foto: iStockphoto/Getty Images

O consumidor não pagará cobrança extra sobre a conta de luz em maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios.

O nível de armazenamento dos reservatórios, informou a agência reguladora, atingiu 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento. Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022 pela Aneel.

Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

Após assinatura de TAC, prefeitura de Macaúbas se compromete a impedir prática de nepotismo

Após assinatura de TAC, prefeitura de Macaúbas se compromete a impedir prática de nepotismo

O Município de Macaúbas, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE) e se comprometeu a impedir a prática de nepotismo em cargos públicos municipais, bem como exonerar, em até 15 dias, os servidores que se enquadrem nesse tipo de situação. O TAC considerou um inquérito civil que apura a prática de nepotismo na prefeitura.

Segundo o acordo, o Município se comprometeu a não permitir a contratação ou nomeação de pessoas, em cargos públicos municipais, que sejam cônjuges, companheiros ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários, Diretores, Supervisores, Chefes de Departamento e demais funcionários que exerçam cargos com poder de nomeação ou competência para indicar ou influenciar em nomeações no âmbito da Prefeitura Municipal de Macaúbas.

O TAC prevê ainda que, a partir de agora, todos que assumirem cargos “em comissão e funções de confiança, ressalvados os agentes políticos” sejam obrigados a assinar uma declaração de que não se enquadram nas situações descritas acima. A fiscalização do cumprimento das obrigações previstas pelo TAC será feita pelo MP, durante um ano, no mínimo.

1º de maio – Dia do Trabalhador

O Dia do Trabalhador, comemorado no Primeiro de Maio, é conhecido em grande parte do mundo como uma homenagem aos trabalhadores. No Brasil, a data tornou-se feriado em 1924.

Protesto de trabalhadores alemães que foi organizado durante as comemorações do Dia do Trabalhador*
Protesto de trabalhadores alemães que foi organizado durante as comemorações do Dia do Trabalhador*

Leia tambémEra Vargas – saiba mais sobre esse período da História do Brasil em que houve consolidação de leis trabalhistas 

Origens do Primeiro de Maio

A comemoração do Primeiro de Maio como Dia do Trabalhador remonta aos movimentos trabalhistas que atuavam na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, no final do século XIX. Esses movimentos trabalhistas haviam surgido como consequência direta da precarização do trabalho após a Revolução Industrial.

Durante o século XIX, era comum que os trabalhadores fossem colocados sob condições de trabalho degradantes. A jornada de trabalho era superior a 12 horas por dia, sem direito a um dia de descanso, os salários eram baixos e as condições de segurança e de salubridades eram inexistentes, o que causava acidentes e afetava a saúde dos trabalhadores.

No contexto de Chicago, as péssimas condições levaram os trabalhadores a mobilizarem protestos em 1º de maio de 1886. Essas ações reivindicavam, sobretudo, a redução da jornada de trabalho para oito horas por dia (a jornada da época nos EUA era de 12 horas). Os protestos dessa cidade foram organizados por movimentos de trabalhadores ligados ao anarcossindicalismo.

Novos protestos seguiram acontecendo em Chicago durante os dias 3 e 4 de maio, mas foi o do dia 4 de maio de 1886 que ficou particularmente conhecido. A manifestação desse dia estava acontecendo na Praça Haymarket, em Chicago, quando uma bomba explodiu (até hoje não se sabe quem a lançou).

A explosão foi responsável pela morte de policiais e manifestantes – os relatos falam também de feridos dos dois lados. Em seguida, os policiais reagiram abrindo fogo contra os manifestantes (algumas fontes falam em dezenas e outras em centenas de mortos).

Após esse protesto, a reação contra os trabalhadores foi extremamente repressiva. Os líderes do movimento trabalhista de Chicago foram presos e quatro deles foram condenados – sem provas de sua culpa – à morte.

Os líderes do movimento anarcossindicalista mortos em 1887 ficaram conhecidos como Mártires de Chicago. A data Primeiro de Maio, no entanto, só se tornou feriado em 1919, na França, após a jornada de oito horas diárias ter sido ratificada por lei. Em seguida, esse dia transformou-se em feriado também na Rússia, no ano de 1920.

Leia também: Formação da classe operária

Primeiro de Maio no Brasil

No caso do Brasil, o Primeiro de Maio começou a ganhar importância no final do século XIX. A historiadora Isabel Bilhão afirma que as primeiras manifestações desse caráter no Brasil aconteceram em 1891 e eram organizadas por militantes socialistas. A historiadora afirma também que essas manifestações assumiam a forma de apoio à República recém-instalada no Brasil|1|.

Os protestos aconteciam com a aglomeração dos trabalhadores em locais importantes das grandes cidades brasileiras. Durante esses eventos do Primeiro de Maio, os trabalhadores realizavam discursos exaltando a classe, bem como organizavam apresentações musicais, faziam passeatas, disparavam fogos de artifício etc.

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Durante a década de 1910, o movimento operário no Brasil ganhou força impulsionado pelos ideais socialistas e anarcossindicalistas. Desse movimento, destaca-se, por exemplo, a Greve Geral de 1917, na qual cerca de 50 mil trabalhadores paralisaram o trabalho em São Paulo. A greve, inclusive, passou a ser uma prática comum no Primeiro de Maio, uma vez que a data não era feriado no Brasil.

Esse dia passou a ser considerado feriado no Brasil em 1924, durante o governo de Artur Bernardes. Apesar disso, foi no governo de Getúlio Vargas que o Primeiro de Maio ganhou muita importância, principalmente por causa do projeto político de aproximação com as classes trabalhadoras durante o Estado Novo.

Durante os cinco primeiros anos da década de 1930, as comemorações do Primeiro de Maio seguiram a linha de festividades organizadas pelos trabalhadores, que se reuniam nos sindicatos e em locais importantes das grandes cidades para organizar discursos, realizar passeatas, fazer apresentações artísticas, palestrar em defesa do trabalhador etc.

Durante o período do Estado Novo, no entanto, as comemorações do Primeiro de Maio foram tomadas pelo governo como forma de implantação e divulgação do projeto de Getúlio Vargas. Nesse período, existia todo um temor do governo de que as comemorações do Primeiro de Maio tornassem-se manifestações políticas dos trabalhadores.

Isso ocorria, naturalmente, pelo caráter autoritário do Estado Novo que proibia qualquer tipo de manifestação política contra o governo (censura) e perseguia, principalmente, os comunistas, que tinham forte presença nos sindicatos. Nesse sentido, as manifestações do Primeiro de Maio eram utilizadas pelo governo como propaganda de suas “benesses” e como eventos para ressaltar os valores cívicos e o patriotismo.

Essa característica se inicia em 1940, sobretudo a partir de 1943, quando os historiadores apontam uma mudança no projeto político de Vargas na direção dos trabalhadores. Nessas comemorações, eram realizados desfiles dos diferentes sindicatos existentes (todos controlados pelo governo) que enfatizavam o nacionalismo e os valores de ordem e civismo defendidos por esse presidente.

Esses eventos também eram caracterizados por discursos de Getúlio Vargas que ressaltavam os valores da classe trabalhadora. Além disso, Vargas utilizava-se dessa data para divulgar as obras do governo que eram voltadas para as classes trabalhadoras, das quais se destacam o decreto da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), salário-mínimo e férias remuneradas.

Atualmente, o Primeiro de Maio segue como feriado nacional e, nesse dia, diversos sindicatos se organizam para oferecer uma programação para a classe trabalhadora. Essas programações incluem comícios com discursos que se pautam na defesa dos direitos trabalhistas. Além disso, esses eventos realizados pelos sindicatos abrangem toda uma programação voltada para o lazer dos trabalhadores.

Jerônimo Rodrigues inaugura unidade do SAC e assina ordem de serviço em Ibicoara

Jerônimo Rodrigues inaugura unidade do SAC e assina ordem de serviço em Ibicoara
 Foto: Feijão Almeida/GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) inaugurou, neste sábado (29), um novo ponto do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), instalado no distrito de Cascavel, no município de Ibicoara.

De acordo com o empreendimento é uma parceria entre a Secretaria de Administração do Estado (Saeb) e a prefeitura local e tem capacidade para realizar 4.400 atendimentos por mês.

Durante a visita ao município, Jerônimo ainda entregou a obra de recuperação da Rodovia BA-900, no trecho do entroncamento com a BA-142.

Com oferta de serviços para emissão de Carteira de Identidade, CPF, antecedentes criminais, cadastro de veículos, habilitação de condutores e serviços do Planserv, Ceprev e junta do Serviço Militar, o Ponto SAC em Cascavel tem investimento total de R$ 587 mil, dos quais R$ 26 mil são de recursos do governo do estado.

A Superintendência de Atendimento ao Cidadão, órgão vinculado à Secretaria da Administração do Estado (Saeb), é responsável pela implantação do modelo de atendimento, ambientação e projeto desta, que é a 84ª unidade da Rede SAC e o 45° Ponto SAC inaugurado.

Para a melhoria da infraestrutura de transporte da região, Jerônimo deu por entregue o obra de pavimentação realizada pela Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), para recuperação do trecho de 17 quilômetros da rodovia BA-900 até o entroncamento da BA-142, em Ibicoara, com investimento de R$ 6,2 milhões.

O município também foi contemplado com obra de construção dos trevos de acesso à sede do município, que contou com recursos da ordem de R$ 3,5 milhões. A segurança pública de Ibicoara também receberá investimentos do estado.

Durante visita ao distrito de Cascavel, o governador ainda assinou ordem de serviço para o início das obras de construção do novo Pelotão da Polícia Militar de Ibicoara, no qual serão investidos R$ 1,1 milhão, para a construção em um terreno doado pela prefeitura.

Santiago Penã é eleito presidente do Paraguai e mantém hegemonia do partido conservador

Santiago Penã é eleito presidente do Paraguai e mantém hegemonia do partido conservador
Santiago Peña foi eleito presidente do Paraguai – Foto: Reprodução/Bahia Notícias

O candidato colorado Santiago Peña foi eleito presidente do Paraguai após superar o seu opositor, Efraín Alegre, neste domingo (30). Com mais de 90% das urnas apuradas, Peña tem 43,2% dos votos apurados, contra 27,5% de Alegre.

Com isso, o partido conservador manteve sua hegemonia no país, comandando o Paraguai há cerca de 70 anos. De acordo com o resultado contraria as expectativas, que eram de um pleito acirrado, o Colorado registra sua vitória mais folgada contra a oposição em 25 anos, segundo dados da Justiça Eleitoral.

O opositor formou uma grande coalizão de centro-esquerda à centro-direita, mas não conseguiu superar o favoritismo e a máquina política do rival —a grande maioria dos funcionários públicos no país, por exemplo, é filiada ao Colorado.

Em terceiro lugar figurou o ex-senador extremista Paraguayo Cubas, com 22,5% dos votos, um resultado significativo para quem não tem aparato político como os dois principais.

Lula confirma aumento do salário mínimo para R$ 1.320 e elevação da faixa de isenção do IR

Lula confirma aumento do salário mínimo para R$ 1.320 e elevação da faixa de isenção do IR
 Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou a Medida Provisória que prevê o aumento do salário mínimo para R$ 1.320, um acréscimo de 1,3% em relação ao valor atual, de R$ 1.302.

Além disso, o petista também anunciou a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda, chegando a R$ 2.640. Os anúncios foram realizados neste domingo (30), em pronunciamento.

O presidente também confirmou a implementação da nova política de valorização do mínimo, projeto de lei que será encaminhado ainda neste ano ao Congresso Nacional.

“Vocês se lembram das conquistas que tiveram quando governamos o Brasil. Geração recorde de empregos. Salário mínimo crescendo acima da inflação. Direitos trabalhistas garantidos. A partir de amanhã, o salário mínimo passa a valer R$ 1.320 reais para trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. É um aumento pequeno, mas real, acima da inflação, pela primeira vez depois de seis anos”, disse Lula.

“Nos próximos dias, encaminharei ao Congresso Nacional um projeto de lei para que esta conquista seja permanente, e o salário mínimo volte a ser reajustado todos os anos acima da inflação, como acontecia quando governamos o Brasil. E, estejam certos de que, até o fim do meu mandato, ele voltará a ser um grande instrumento de transformação social que foi no passado, quando cresceu 74% acima da inflação”, completou o presidente.

Frei Feliciano e o ato de ler

Por Levon Nascimento

Na manhã de 30 de abril de 2023, um dia raramente nublado e fresco em Montes Claros – cidade costumeiramente quente, como o sol do Norte de Minas – resolvi bater perna pelo centro. Domingo e em véspera de feriado, tudo totalmente esvaziado e com lojas fechadas, por óbvio. Passei em frente ao local de uma antiga loja de livros (este ponto pintado de verde, na foto que acompanha o texto). Não sei o que funciona ali agora. Mas a história que vou contar a seguir me veio à memória de imediato.

Em novembro de 1994, fui eleito delegado-jovem da Paróquia São Sebastião de Taiobeiras para a 4ª Assembleia de Pastoral da então Diocese de Montes Claros. Era um evento grande, que durava quatro dias, no qual eram decididos os compromissos da Igreja e as diretrizes pastorais católicas para o Norte de Minas.

Fomos para a assembleia no carro da paróquia. Dirigindo, o próprio pároco, Frei Feliciano van Sambeek, um franciscano holandês, bonachão, gente muito boa, alto, cabelos branquíssimos, bochechas rosadas, como é comum aos nativos dos Países Baixos, riso fácil, que falava num sotaque engraçado, meio que assoviando ao final das frases. Ele gostava de tocar teclado e cantar. Até que tentou isso durante as missas, mas era difícil conciliar a presidência da celebração e a atividade musical. Além de nós, iam também a Irmã Laudeci, representando as religiosas da paróquia; Vitor Hugo, conselheiro paroquial; e mais outras duas pessoas, também escolhidas para a delegação taiobeirense em Montes Claros.

O evento começaria à noite, com missa solene na Catedral. No restante dos dias, a programação seguiria na Casa de Pastoral do bairro Santo Antônio. Como chegamos no início da tarde, fomos caminhar pelo centro de Montes Claros.

No “Quarteirão do Povo Simeão Ribeiro”, rua transformada em galeria comercial, onde o trânsito de veículos automotores é impedido até a atualidade, que leva até a praça da primeira Matriz montes-clarense, entramos numa livraria.

Distraidamente, todos nós a observarmos os produtos à venda, assistimos ao Frei Feliciano pegar um livro e dizer: – “Este foi o primeiro que li, ainda jovem, quando estava aprendendo português para vir em missão ao Brasil”. Era “Dom Casmurro”, originalmente lançado em 1899, de Machado de Assis. – “Muito bom! Muito bom! É o maior autor da sua língua”. O frade tinha o hábito de repetir duplicadamente as expressões de exclamação.

Todo esse rodeio, até aqui, para eu revelar que senti vergonha naquele momento. Envergonhado pelo motivo de que ali eu era um jovem que cursava o 3º ano Técnico em Contabilidade, equivalente ao 3º ano do Ensino Médio, e jamais lera Machado de Assis. Já ouvira falar, mas jamais tivera a iniciativa de conhecer. Nem a ele, como a nenhum de tantos outros e outras, da honorável galeria de escritores nacionais.

Senti-me acanhado, pois um estrangeiro conhecia melhor a literatura do meu país, mais do que eu, brasileiro, estudante, jovem, liderança dos grupos da minha cidade, blá, blá, blá, etc. Quando a gente é novo se acha, né?

Eu até que lia. O primeiro que consumi inteiramente foi “O Burrinho Alpinista” (de Iêda Dias da Silva), na 2ª série. Mas era o indicado pela escola. O zero-um, de fato, que considero, foi “A Ilha Perdida” (de Maria José Dupré), na 4ª série, que me abriu as portas para a Coleção Vaga-Lume, da Editora Ática. Também os clássicos, como “A Escrava Isaura” e “O Seminarista”, ambos de Bernardo Guimarães, eu já tinha lido naquela ocasião. O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry), O menino do dedo verde (Maurice Druon), Os meninos da Rua Paulo (Ferenc Molnár), também já constavam do meu currículo. Mas era pouco. Muito Pouco! Muito Pouco! – parafraseando Frei Feliciano. Faltava o “bruxo do Cosme Velho”, como alcunhavam ao Joaquim.

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu e viveu a maior parte da vida no século XIX. Filho de um “mulato” (palavra racista usada aqui para destacar o quanto o racismo é insidioso, inclusive na cultura) brasileiro com uma mulher branca, imigrante portuguesa.

Escritor brilhante e fundador da Academia Brasileira de Letras, fez sucesso justamente no momento em que a recém-nascida República buscava branquear o Brasil através da política de importação de imigrantes brancos famintos, que viviam na miséria da Europa industrializada, doando-lhes terras e recursos no Sul do país, enquanto empurrava os negros recentemente alforriados para morros e favelas; e defenestrava os poucos povos indígenas que sobraram dos tempos coloniais.

Machado foi “clareado” nas fotos e nos livros. Não era suportável para as classes dirigentes racistas brasileiras, que o maior escritor das Américas, do hemisfério Sul e, quiçá, da própria língua portuguesa, fosse um pardo.

Sentir vergonha da própria ignorância, longe de baixa autoestima, num tempo como agora em que muitos se orgulham do próprio desconhecimento e se proclamam “coaches do abstrato”, deveria ser prática comum para quem deseja “superar os desafios” e “vencer na vida”, se é que isto é possível (muita ironia envolvida).

Vergonha na cara não mata. No mínimo, melhora o vocabulário.

Frei Feliciano, que foi pároco de Taiobeiras entre 1993 e 1995, partiu para a morada eterna em 2 de junho de 2021, aos 92 anos de idade, e eu, hoje, pelo menos sei quem são Capitu e Bentinho.

8º mandado de prisão em 2023 é cumprido pela 34ª CIPM em Barra da Estiva

8º mandado de prisão em 2023 é cumprido pela 34ª CIPM em Barra da Estiva

Um homem foi preso na sexta-feira (28), na Praça Rochael Vilas Boas, na cidade de Barra da Estiva. O indivíduo foi localizado durante as rondas ostensivas que são realizadas sistematicamente no município.

Izaurino Alves da Silva era foragido da justiça de Ituaçu pela prática de crime de roubo. Izaurino foi conduzido para a Delegacia Territorial de Barra da Estiva e está à disposição da justiça.

Segundo informou a 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), este foi o 8º mandado expedido pela justiça criminal que foi cumprido pela unidade em 2023.

SC tem 15 prefeitos presos em operação que investiga esquema de corrupção em licitação de lixo; veja lista

Por Caroline Borges, Joana Caldas, Sofia Mayer e Dagmara Spautz, g1 SC e NSC TV.

Prefeitos presos na Operação Mensageiro — Foto: NSC TV/ Reprodução
Prefeitos presos na Operação Mensageiro — Foto: NSC TV/ Reprodução

 

Já na 2ª fase, em 2 de fevereiro de 2023, dois prefeitos foram presos. Na 3ª fase, o prefeito de Tubarão teve o mandado de prisão preventiva cumprido junto com o vice. Na 4ª fase, na quinta, foram presos oito chefes do executivo municipal.

Prefeitos presos

  1. Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
  2. Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
  3. Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
  4. Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;
  5. Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
  6. Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
  7. Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
  8. Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;
  9. Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba;
  10. Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;
  11. Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira
  12. Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí.
  13. Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras
  14. Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo
  15. Felipe Voigt (MDB), Schroeder

Também alvo de mandado de prisão, o prefeito Luis Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, não foi encontrado. Ele está na Europa, em viagem familiar, segundo a prefeitura.

O prefeito de Lages, Antônio Ceron, foi solto mediante ao uso de tornozeleira eletrônica por causa de problemas de saúde. O restante dos políticos está preso, sendo cinco réus no processo.

Segundo as investigações comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma empresa catarinense seria a responsável por pagar propina para agentes públicos no estado para ter acesso a licitações em diferentes municípios.

Um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina, confirme os investigadores. Esse “mensageiro” não trabalharia mais na empresa há 10 anos, mas fazia o papel de interlocutor com os agentes públicos.

A Serrana Engenharia, suspeita de fazer parte do esquema, manifestou-se por nota no início de abril: “O Grupo informa que tem histórico de mais de 30 anos de excelente execução dos contratos administrativos e todos os fatos imputados à empresa na Operação Mensageiro não possuem relação com a qualidade da prestação dos seus serviços aos municípios e a população.”

A empresa se disse “ciente da importância de rever seus processos internos e afirma que está implantando programas de integridade e regulação interna” e “que segue colaborando e acompanhando os trâmites de todos os processos relacionados à Operação Mensageiro.”

Já na quarta fase da Operação Mensageiro, em 27 de abril, o grupo disse em nota que se manifestaria exclusivamente nos processos da operação “em respeito ao sigilo judicial”.

Confira o que dizem os presos na 4ª fase da operação:

  • Adilson Lisczkovski (Patriota): A reportagem tentou contato com a defesa, mas não teve retorno até a publicação.
  • Adriano Poffo (MDB): Prefeitura de Ibirama disse que o político permanecerá sob custódia da Justiça. O comunicado diz que “o presidente do Poder Legislativo, Fernando Jost, iniciará o processo legal de transmissão de cargo de chefe do Executivo ao vice-prefeito, Jucélio de Andrade”.
  • Alfredo Cezar Dreher: A reportagem da NSC e do g1 Sc não conseguiu contato com a defesa
  • Armindo Sesar Tassi (MDB): A reportagem da NSC e do g1 Sc não conseguiu contato com a defesa.
  • Felipe Voigt (MDB): Prefeitura disse que não tinha informações sobre os mandados cumpridos.
  • Luiz Carlos Tamanini (MDB): Em nota, a defesa afirmou que não vai se manifestar já que o processo corre em segredo de Justiça.
  • Luiz Shimoguri (PSD): Município disse que o processo corre em segredo de justiça e que aguarda a operação avançar para se manifestar.
  • Patrick Correa (Republicanos): A reportagem da NSC e do g1 Sc não conseguiu contato com a defesa.
  • Vicente Corrêa Costa (PL): À NSC TV, a defesa do prefeito disse que a denúncia está amparada exclusivamente em colaboração premiada e que o prefeito não faz parte do do grupo. “O prefeito e ex-secretário são inocentes. Será provado durante a instrução criminal.”
  • Antônio Ceron (PSD): Quando foi detido, o político afirmou em nota que: “Reitero meu respeito ao Poder Judiciário, Ministério Público e demais órgãos investigativos. Vou me dedicar a minha defesa”.
  • Antônio Rodrigues (PP): Quando foi detido, a defesa disse que ia pedir a soltura do político. Em nota, o município afirmou que “está colaborando com às autoridades e aguarda que os fatos sejam devidamente esclarecidos.”
  • Luiz Henrique Saliba (PP): Quando foi detido, o advogado Manolo Rodriguez Del Olmo declarou que “provará sua inocência e ele será absolvido”.
  • Deyvison Souza (MDB): quando foi detido, o gabinete do prefeito disse que, “prezando pela transparência, forneceu toda a documentação exigida, cooperando na apuração dos fatos”, mas não comentou sobre a prisão.
  • Joares Ponticelli (PP): Ao g1 SC, o advogado do político disse que não há necessidade de o cliente seguir preso, pois as provas processuais já foram produzidas e não há risco de Ponticelli fugir.
  • Marlon Neuber (PL): O advogado do prefeito, que atua na defesa de outros investigados, como o cunhado do prefeito, Amilton José Reis, e do chefe de gabinete, Jadiel Miotti do Nascimento, disse que “o recebimento da denúncia é decisão que não significa reconhecimento da culpa”.

Defesa de prefeito alvo de mandado, mas que não foi preso:

  • Luiz Antonio Chiodini (PP): A defesa confirmou que houve a expedição de um mandado de prisão contra o prefeito, que está em viagem. O advogado informou que entrará em contato com o Ministério Público a respeito do assunto.