O vereador Renato Santos Teixeira (Sem Partido), natural da cidade de Macarani, foi eleito com oito votos, nesta segunda-feira (06), presidente da Câmara Municipal de Brumado. Após o resultado, Santos se ajoelhou ao chão para agradecer a Deus a vitória. A eleição foi realizada no plenário da casa legislativa. Renato desbancou a vereadora Verimar Dias da Silva Meira (PT), que obteve 7 votos.
Foto: Lay Amorim
Uma guarnição da 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) esteve realizando a segurança dos vereadores e público presente. O candidato eleito ainda chegou a levar a sua bancada de advogados que estava em sua defesa durante o processo judicial, que anulou a eleição que foi realizada em 12 de dezembro de 2022.
Um ex-vereador da cidade de Riachão das Neves, no oeste do estado, foi preso na manhã desta segunda-feira (6) em Barreiras, na mesma região. As informações são do G1. Antônio Rodrigues de Souza, conhecido como Antônio de Ulisses, de 53 anos, é suspeito de cometer estupro de vulnerável em Riachão das Neves.
Em 2018, quando ainda era presidente da Câmara de Vereadores do município, Antônio havia sido indiciado por estuprar meninas. Pelo mesmo crime, ele também foi condenado, mas conseguiu reverter para prisão domiciliar, e depois foi liberado para responder em liberdade.
“Ele já responde a mais de seis processos por estupro. A gente estava com um trabalho de investigação durante a semana e ele estava fora da cidade, mas monitoramos e conseguimos prendê-lo”, explicou o delegado Rivaldo Luz, coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras).
O suspeito já possuía dois mandados de prisão em aberto, por estupro de vunerável. Durante a investigação, Antônio foi localizado na Colônia de Pescadores de Barreiras, onde foi preso. “Em conversa com o juiz da cidade, averiguamos que o suspeito responde a outros dois processos e tem duas condenações anteriores, uma de oito anos e outra de 16. Então o juiz deverá mantê-lo preso para que ele responda aos processos”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, a prisão do suspeito faz parte de uma operação em andamento para combate a crimes de pedofilia na região. O ex-vereador foi submetido a exame de corpo de delito e será conduzido ao presídio, onde permanecerá à disposição da Justiça.
“Eu penso que a nota (do Copom) poderia ser um pouco mais generosa com as medidas que nós já tomamos. Então, eu entendo que nós vamos, como eu disse já várias vezes, harmonizar a política fiscal com a política monetária. Uma ajuda a outra. A política fiscal ajuda a política monetária. Mas não podemos nos esquecer que a política monetária ajuda a política fiscal. Então, é como se fosse um organismo com dois braços que têm que trabalhar juntos em proveito do mesmo objetivo”, disse Haddad a jornalistas.
“Nós estamos herdando do governo anterior uma situação fiscal delicada, e eu acho que o que o Banco Central disse faz mais referência ao legado do governo anterior do que as providências que estão sendo tomadas por esse governo”, acrescentou.
Na primeira reunião do Copom após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco Central decidiu na semana passada manter a Selic em 13,75% ao ano e ressaltou que a incerteza fiscal e a deterioração nas expectativas elevam o custo para que a autoridade monetária atinja suas metas.
A decisão foi tomada após críticas de Lula à condução da política monetária e em meio a um ambiente de alta nas expectativas para a inflação e piora nas projeções para a taxa básica de juros.
Mais cedo nesta segunda, Lula voltou a criticar o BC e disse ser uma “vergonha” a explicação do Copom para ter mantido a taxa de juros inalterada.
Lula tem criticado a independência formal do Banco Central –chegando a afirmar que poderá rever o tema ao término do mandato do atual presidente Roberto Campos Neto, em 2024–, assim como o patamar da taxa de juros e a atual meta de inflação, que ele considera baixa demais.
O mercado financeiro tem reagido mal a essas falas do presidente e ao que enxerga como falta de compromisso fiscal do governo, e costuma responder com a elevação dos juros futuros.
Na entrevista a jornalistas, Haddad também afirmou que debateu “nomes técnicos” com o presidente do Banco Central para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária da instituição e que irá submetê-los a Lula.
A substituição do atual diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, está sendo vista como um importante termômetro da relação do novo governo com o BC. A nomeação do diretor cabe ao presidente, e a indicação precisa passar pela aprovação do Senado.
Haddad também afirmou que a reforma tributária tem o objetivo maior de dar segurança jurídica e transparência para o Orçamento.
Dois ferries colidiram na Baía-de-Todos-os-Santos, quando estavam próximos ao Terminal de Bom Despacho, na Ilha da Itaparica, na tarde desta segunda-feira (06).
O ferry Maria Bethânia saia em direção a Salvador, e o ferry Pinheiro chegava para atracar no Terminal quanto a batida aconteceu.
Uma família de Vitória da Conquista estava no ferry Maria Bethânia quando o acidente aconteceu. Um vídeo recebido com exclusividade pelo Blog do Sena mostra o desespero dos passageiros quando perceberam que a colisão iria ocorrer.
Alguns prejuízos materiais foram registrados, mas ninguém ficou ferido. Os barcos também não sofreram avarias.
A Internancional Travessias, responsável pela administração do sistema, disse, em nota, que houve um erro de aproximação na manobra do ferry Pinheiro.
O professor Valdemir Queiroz de Amorim, morreu aos 65 anos
Neste sábado, 04, um corpo foi encontrado em estado de putrefação e sem os dedos indicadores, em Ilhéus, sul da Bahia.
Segundo as investigações, trata-se do professor Valdemir Queiroz de Amorim, de 65 anos, que estava desaparecido desde janeiro deste ano.
Segundo a Polícia Civil, o irmão do professor realizou a identificação.
Apesar desse reconhecimento inicial do irmão da vítima, a coordenadora regional de Ilhéus, delegada Katiana Amorim Teixeira, informou que está aguardando o resultado de exames.
Durante as investigações do desaparecimento, um homem foi preso neste domingo, 05, suspeito da morte de Valdemir.
A prisão do suspeito foi cumprida por equipes da Delegacia de Proteção ao Turista e da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.
O professor, que atua na rede estadual de ensino de Itabuna, também no sul da Bahia, desapareceu após ir passar o fim de semana na sua casa de praia, no Cururupe, em Ilhéus, no dia 27 de janeiro e, desde então, não entrou mais em contato com a família. O carro e os documentos da vítima foram encontrados com o suspeito do desaparecimento
Conforme detalhou a delegada Katiana Amorim, Valdemir saiu de Itabuna dirigindo o próprio carro na companhia do suspeito, com destino à casa de praia.
“Testemunhas informaram que os dois foram vistos no local e na madrugada seguinte viram o carro saindo. No sábado pela manhã já não viram mais Valdemir e o investigado”, detalhou a delegada.
No dia 31 de janeiro foram realizados saques da conta bancária da vítima. A delegada informou que a equipe de investigação analisou as imagens das câmeras de segurança do banco, que mostraram o suspeito realizando os saques ao lado de um homem, ainda não identificado.
“As transações foram feitas com a digital da vítima, o que nos faz acreditar que utilizaram o dedo de Valdemir ou fizeram um molde de silicone com as digitais”, explicou Katiana.
A 1ª Delegacia Territorial de Ilhéus foi acionada, expediu as guias periciais e o IML removeu o corpo, que vai passar por necrópsia e exames para identificação.
“Familiares vão no DPT para tentar fazer o reconhecimento, porém o irmão de Valdemir esteve na Deltur [Delegacia de Proteção ao Turista] e, ao ver a foto do corpo, observou um dos pés sem dois dedos e disse que a vítima já havia perdido o membro em decorrência de complicações do diabetes”, explicou Katiana Amorim.
A oitiva do suspeito foi realizada. Ele vai ser submetido ao exame de corpo de delito e posteriormente seguirá para o sistema prisional.
Maria Christina ainda classificou o ex-marido como “homem de negócios”, e não um mero político
Jair Bolsonaro durante debate na Globo, em outubro de 2022; segundo ex-mulher de Valdemar Costa Neto, o ex-presidente do PL considerava o ex-presidente burro (Foto: Wagner Meier/Getty Images)
Maria Christina Mendes Caldeira, ex-esposa de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, revelou que o ex-marido considerava o correligionário e ex-presidente partido do ex-presidente Jair Bolsonaroburro. Para a socialite, Valdemar não é político, mas sim um homem de negócios.
“O Valdemar sempre disse que o Bolsonaro é burro e do baixo clero. Mas ele fez uma conta política. Hoje está liderando esses malucos da extrema direita. Ele é uma águia, já sabia quantos votos ia ter em cada urna antes da eleição”, disse em entrevista à coluna de Mônica Bergamo na “Folha de S. Paulo”.
Porém, ela ainda disse que não sabe por quanto tempo a aliança entre o ex-marido e Bolsonaro continuará: “Eu não sei quanto tempo [Valdemar] vai aguentar esse arranjo. Afinal, o Bolsonaro equivale a umas cinco mulheres com TPM ao mesmo tempo”, comparou.
Maria Christina também falou sobre o passado de Michelle Bolsonaro, terceira e atual esposa de Bolsonaro, e disse acreditar que ela é muito mais inteligente do que ex-presidente.
“A Michelle era o que a gente chama de Maria Emenda. Meninas que vêm do entorno de Brasília, ou mesmo do interior, atrás de políticos poderosos na capital”, contou. “Tudo o que o Bolsonaro tem de burro, ela não tem.”
Morando nos Estados Unidos desde 2017, Maria Christina conseguiu asilo político no país por conta dos riscos de sua relação com o PL: “Existem 22 queixas-crime do PL contra mim. (…) Tive um revólver apontado para a minha cabeça umas dez vezes. Era um modus operandi. Antes de cada operação estourar, vinha alguém me ameaçar: ‘Se você falar alguma coisa, a gente te mata'”, disse.
Atualmente, ela se define como ativista política e declarou apoio a Lula (PT) nas últimas eleições. Maria Christina também deve começar um curso de ciências políticas na American University, onde disse à “Folha” ter ganho uma bolsa de estudos.
Segundo a socialite, essa seria uma forma de lidar com o estresse de seu passado, já que seu cortisol é “altíssimo”, “típico de pessoas que viveram situações de extremo estresse, como uma guerra”.
DPU critica demora em enviar aviões e pessoal para ajudar a controlar a crise dos yanomamis
Enfermeira cuida de indígena yanomami de 20 anos internado com malária falciparum no Hospital Geral de Roraima em Boa Vista. (Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress)
A Defensoria Pública da União encaminhou ao governo um ofício no qual critica a demora em enviar aviões e pessoal para ajudar a controlar a crise dos yanomamis.
No documento, a DPU pede que sejam apresentadas até esta segunda (6) respostas e medidas concretas adotadas para o reforço logístico-operacional que aumente a eficácia de ações junto aos indígenas.
O ofício, datado da última sexta-feira (3), é endereçado aos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e à presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana.
Segundo a DPU, a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato teria apontado dificuldades logísticas devido a limitações de recursos para contratação de hora/voo. Em relação ao reforço da equipe, sinalizou com processos para a realização de contratação temporária e o levantamento de servidores para requisição.
“O Ministério da Defesa, por sua vez, informou, de modo genérico, a tomada de providências administrativas para o atendimento emergencial das demandas”, indica o ofício. O órgão também disse que há necessidade de maior articulação com outros órgãos para reformar uma pista de pouso que não tem condições de receber aeronaves de grande porte, dificultando o transporte dos indígenas em situações mais debilitadas de saúde.”
“Diante disso, a avaliação que a DPU faz é que o Governo Federal, embora venha finalmente agindo para reduzir os graves danos ao Povo Yanomami e Ye’kwana em decorrência da omissão estrutural da gestão anterior, não vem adotando providências com a celeridade que a conjuntura necessita.”
A Defensoria pede prioridade para as demandas do ofício anterior “para que mais vidas indígenas não sejam colocadas em risco, ou seja, para que as lamentáveis e chocantes cenas que testemunhamos duas semanas atrás não se repitam nas próximas.”
“Considerando a extrema urgência que o caso requer, solicita-se que sejam encaminhadas respostas e apresentadas medidas concretas adotadas para o reforço logístico-operacional e de pessoal para conferir maior eficácia às ações junto aos indígenas Yanomami e Ye’kwana, até a próxima segunda-feira (6)”, conclui o documento.
O padre Edson é o 16º administrador a assumir o cargo na Paróquia de Santo Antônio/Condeúba
Foi celebrada onten a noite dia 4 de fevereiro de 2023 às 19h30min., a Santa Missa presidida pelo Bispo Dom José Roberto de Carvalho dando posse temporária até o próximo mês de maio, ao padre Edson sendo ele o 16º pároco a assumir esse cargo na Paróquia de Santo Antônio em Condeúba.
Além do padre Edson, esteve ingressando para estágio na Paróquia, o seminarista Matheus e no próximo mês de março virá 3 irmãs morar em nossa Paróquia, conforme aviso dado ontem por Dom Carvalho.
Participaram da celebração o padre Eduardo da cidade de Piripá, o seminarista condeubense Jarbas mais dois colegas de seminário. A Comentarista foi Lucianita, a primeira leitura foi feita por Enilda, o Salmo foi cantado por Marcia, a segunda leitura feita por Edite, as Preces por Juliana e a animação Adriano, Renê Cassia e Maria Rita.
O novo e provisório administrador da Paróquia padre Edson e o seminarista Matheus, foram muito aplaudidos e bem acolhidos pela comunidade, diga-se de passagem, que esteve presente em massa na celebração de posse do novo administrador.
O seminarista Matheus poderá assumir a Paróquia de Santo Antônio na sucessão do padre Edson
Dom Carvalho disse, não é promessa mas, o seminarista Matheus poderá assumir a Paróquia na sucessão do padre Edson, até porque facilitaria pra ele, pois, sua família mora aqui perto em Caculé.
Na riquíssima homilia feita por Dom Carvalho, ele disse:
“Quando eramos pequenos, nossos pais nos dizia que, os católicos que não fossem à missa aos domingos, estariam cometendo pecado. Exceto quando o fiel indo à Missa, e encontrava no caminho um irmão precisando de socorro, aí sim, justificaria a sua ausência na Missa. Então meus irmãos e irmãs, os ensinamentos da Igreja continuam os mesmos”, concluiu o Bispo.
Oportuno citarmos o professor de Hermenêutica Augustus Nicodemus que disse:
“Não se preocupe em ofender o mundo com a verdade; preocupe-se em ofender a Deus com a mentira”, pontuou Augustus.
A idosa Dalva Silva Oliveira passava pela travessa Marcolino Moura, em Rio de Contas, na Chapada Diamantina, onde avistou uma senhora que passeava com dois cachorros, um dos animais avançou em sua direção muito agressivo, momento em que a mesma ao tentar fugir, tropeçou e caiu o que ocasionou a fratura no punho.
Todos os custos com ortopedista, Raios X e medicamentos ficaram por sua conta. De acordo com a Nova Rio de Contas FM, Dalva solicitou a divulgação dos fatos a fim de sensibilizar os donos de animais, poder público e as pessoas que estão abandonando os bichos pelas ruas que coisas piores podem ocorrer, principalmente com crianças e idosos.
Há relatos de mordidas em crianças e idosos pelas ruas da cidade. Há três anos foi aprovada pela Câmara de Rio de Contas, a Lei Municipal nº 287 ou Lei de Proteção Animal, que trata sobre o controle ético, reprodução e bem-estar dos animais em situação de vulnerabilidade.
O texto da lei propõe a aplicação de medidas sanitárias para a proteção animal entre outras ações como a adoção de espaço para acolhimento com médicos veterinários e outros profissionais especializados, assim como desenvolver campanhas educativas e estabelecer parcerias do poder público com outros segmentos. Apesar da aprovação, os casos de morte, abandono e maus tratos a animais ainda são constantes no município.
Hoje, a faixa de isenção contempla a remuneração de até R$ 1.903,98 mensais
Lula no Palácio do Planalto (Foto: Gabriela Biló /Folhapress)
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia isentar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos do pagamento de IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) ainda em 2023, segundo integrantes da equipe do presidente ouvidos pela reportagem.
Hoje, a faixa de isenção contempla a remuneração de até R$ 1.903,98 mensais. Com a mudança, ficariam livres do imposto aqueles que recebem até R$ 2.640 —caso seja confirmado um novo aumento do salário mínimo para R$ 1.320 a partir de 1º de maio.
Pelo menos duas formas de isenção estão em análise pelo Ministério da Fazenda. Uma delas é a simples correção da tabela, ampliando a faixa de isenção para o valor almejado pelo governo.
Essa via, porém, tem custo mais elevado, uma vez que a medida alcançaria todos os trabalhadores, independentemente da remuneração. Como o imposto incide sobre cada faixa de renda do contribuinte, quem ganha acima de dois salários mínimos também teria algum alívio no bolso.
A segunda opção é mais complexa, mas reduz a renúncia de recursos. Segundo interlocutores, é possível focar a isenção nos trabalhadores que efetivamente ganham até dois salários mínimos, mantendo a tabela atual.
Isso seria feito na declaração de ajuste, apresentada anualmente pelos contribuintes à Receita Federal. Dessa forma, o trabalhador teria descontado o IR na fonte todos os meses, como ocorre atualmente, mas receberia a restituição de todo o imposto pago após a declaração, feita no ano seguinte.
Como a declaração traz informações detalhadas da remuneração de cada contribuinte, seria possível filtrar apenas aqueles que ganham até dois salários mínimos para serem contemplados com o benefício. Quem recebe acima desse patamar continuaria pagando IR pela tabela vigente.
Além da economia de recursos, essa via tem a vantagem de não afetar o teto de gastos, regra fiscal que limita o crescimento das despesas e ainda está em vigor. As restituições do IRPF não ficam ao alcance do limite de gastos, ao contrário do que ocorreria com algum tipo de transferência de renda nos moldes do Bolsa Família.
A segunda opção também seria mais progressiva, concentrando o benefício nas camadas de renda mais baixa.
O tema foi um dos assuntos tratados por Lula em reunião com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho) e Rui Costa (Casa Civil) no Palácio do Planalto na última quinta-feira (2). Segundo interlocutores, o martelo ainda não está batido sobre qual modelo será escolhido, mas a ideia é preparar o anúncio para depois do Carnaval ou no início de março.
Uma ala do governo chegou a defender uma medida mais modesta, com a isenção corrigida apenas para beneficiar os trabalhadores que recebem até 1,5 salário mínimo por mês —o que pode equivaler a R$ 1.980 a partir de maio.
Politicamente, no entanto, o impacto desse ajuste é considerado tímido demais para atender à base eleitoral e à plataforma do presidente.
O petista prometeu, durante a campanha, isentar de IR os trabalhadores que ganham até R$ 5.000 mensais. Após o início do governo, a promessa virou dor de cabeça e passou a sofrer resistências do Ministério da Fazenda.
Em janeiro, o próprio presidente admitiu que “briga” com os economistas do partido para garantir isenção a quem ganha até R$ 5.000. “Meus companheiros sabem que tenho briga com economistas do PT. Vocês sabem que o pessoal fala assim ‘Lula, se a gente fizer isenção até R$ 5.000, são 60% de arrecadação do país, de pessoas que ganham até R$ 6.000’. Ora, então vamos mudar a lógica. Diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, afirmou o petista.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, uma correção nessa magnitude poderia gerar uma renúncia superior a R$ 100 bilhões por ano, num momento em que Haddad busca ganhar confiança do mercado com um pacote para reduzir o rombo nas contas públicas.
O Orçamento prevê hoje um déficit de R$ 231,5 bilhões, o que pode elevar de forma significativa o endividamento do país. Medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda podem atenuar o rombo, mas ainda assim as contas devem fechar no vermelho este ano.
Esse cenário tem colocado Haddad em uma posição mais defensiva na discussão de medidas com impacto fiscal, em contraponto aos ministros de áreas finalísticas, como o do Trabalho, que buscam viabilizar medidas com impacto político positivo para o presidente diante de sua base eleitoral.
O ministro da Fazenda tentou conter a pressão na discussão do IRPF dizendo que a medida precisava respeitar o princípio de anterioridade, que requer antecedência anual na implementação de aumentos no Imposto de Renda.
Pela lógica de Haddad, a benesse só poderia ser feita em 2024. No entanto, a exigência legal não se aplica a cortes de imposto, ou seja, a correção da tabela pode ser feita a qualquer momento e vigorar de forma imediata.
A tabela do IRPF está sem reajuste desde 2015. Na época, o salário mínimo era de R$ 788 mensais —ou seja, a isenção atendia trabalhadores com remuneração de quase 2,5 salários mínimos por mês. Segundo o Sindifisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal), a defasagem chega a 148% desde 1996.
Nas últimas semanas, Lula deu sinais de que pretende acelerar a busca por medidas direcionadas à classe trabalhadora, ainda que possam representar uma redução na arrecadação ou aumento de despesas. As soluções incluem o ajuste no valor do salário mínimo e, agora, a isenção do IRPF para o grupo que ganha até dois pisos.
Segundo auxiliares, o presidente deu mais força a essas discussões depois que o Banco Central sinalizou que a taxa básica de juros pode permanecer próxima do patamar atual (de 13,75% ao ano) até o fim do 2023 —o que é visto pelos petistas como uma barreira à recuperação do emprego e da renda.
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