Dia: 19 de fevereiro de 2023

Quaest/Genial mostra que Lula passou no teste nos primeiros 45 dias de governo

Brazil's President Luiz Inacio Lula da Silva and his wife First Lady Rosangela
O presidente do Brasil Luis Inacio Lula da Silva – Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
O presidente Lula (PT) deve ler com cautela seus índices de aprovação medidos na pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta semana.

O copo meio cheio desses primeiros 45 dias de gestão mostra, porém, que ele passou no teste até aqui.

A avaliação do petista é mais positiva do que negativa. Quatro em cada dez brasileiros (40%) aprovam o início do governo, o dobro dos que o avaliam negativamente (20%).

O governo de Jair Bolsonaro (PL), em um levantamento da Genial/Quaest realizado pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, ostentava índice semelhante de aprovação (37%), mas a rejeição era maior (35%).

Lula tinha índice parecido de ótimo/bom no início de seu primeiro mandato, em 2003, segundo o Datafolha.

O copo meio vazio aponta que Bolsonaro, a essa altura, tinha avaliação melhor nas pesquisas em 2019 – ao menos segundo um levantamento do antigo Ibope. O ex-presidente havia largado com 49% de aprovação e apenas 11% de ruim e péssimo.

O capital político foi sendo aos poucos dilapidado pelo próprio capitão.

Lula não tem tanta margem para errar – e ele mesmo admite isso.

Falta ao petista, até agora, uma marca que o associe a uma agenda positiva. Prova disso é que a maioria dos participantes (63%) não soube citar nenhuma medida impactante do governo.

A briga comprada com garimpeiros de Roraima em defesa das populações indígenas locais, largadas ao abandono pelo governo anterior, foi lembrada por apenas 9% dos entrevistados. A defesa de programas sociais, pauta comum nos discursos do presidente, foram citados por 4%.

O comportamento de Lula como presidente é aprovado por 65% dos eleitores – 29% o desaprovam.

O mesmo instituto divulgou, no fim do ano passado, uma pesquisa mostrando que 45% dos brasileiros desaprovavam a forma como Bolsonaro se comportava após a derrota.

Parte da aprovação ao petista pode ser explicada pela expectativa em relação à economia. Seis em cada dez eleitores (62%) acreditam que a situação econômica vai melhorar neste ano. Só 20% demonstram pessimismo.

O presidente também foi, de certa forma, beneficiado diante da repercussão dos atos de vandalismo promovidos por bolsonaristas em 8 de janeiro, que ofuscaram as derrapadas do início do mandato.

A invasão foi reprovada por 94% e mais da metade dos brasileiros (51%) diz enxergar as digitais de Bolsonaro nos atos.

Outra explicação para o índice de popularidade do petista neste início de mandato é o alinhamento da maioria dos eleitores em relação a pautas defendidas pelo atual governo.

Esse alinhamento foi apurado pela própria Qaest.

Por exemplo: 9 em cada 10 brasileiro (92%) consideram que o governo deve aumentar a fiscalização contra o desmatamento na Amazônia. É o que o governo está tentando em diversas ações para reprimir atividades ilegais e o desmatamento na região.

Lula tem também sinalizado que pretende dificultar o acesso a armas por civis, uma bandeira cara ao bolsonarismo e que é rejeitada por 75% dos brasileiros.

A maioria dos eleitores mostra posição diversa às da esquerda quando se manifesta sobre a redução da maioridade penal (apoiada por 92%) e aborto (rejeitada por 72%), duas pautas que o governo Lula tem passado longe.

Não há capital político sobrando hoje para comprar essas brigas.

Ainda assim, metade dos entrevistados (53%) acredita que Lula fará um mandato melhor do que os dois anteriores.

O que é demência frontotemporal?

Embora o nome não seja tão “popular” quanto doença de Alzheimer ou o Parkinson, a demência frontotemporal, também conhecida como doença de Pick, é forma de demência mais comum em pessoas com menos de 60 anos, segundo a Association for Frontotemporal Degeneration (AFTD). Agora, o diagnóstico do ator Bruce Willis, de 67 anos, deve ajudar na conscientização desse quadro, ainda pouco conhecido.

A demência frontotemporal pode afetar indivíduos de diferentes idades e há casos até de pessoas com 21 anos que desenvolveram o quadro neurodegenerativo. No entanto, a maioria dos diagnósticos ocorre em pacientes que têm entre 45 e 65 anos. De forma progressiva, estes indivíduos apresentam mudanças de comportamento e personalidade, além de perdas na capacidade de comunicação e movimento.

O que é demência frontotemporal?

Como o próprio nome já indica, a degeneração frontotemporal se refere a um grupo de diferentes distúrbios causados ​​pela degeneração de partes específicas do cérebro, os lobos frontais (as áreas atrás da testa) ou os lobos temporais (as regiões acima das orelhas). Os neurônios dessa região vão morrendo progressivamente, enquanto comprometem a saúde do indivíduo.

No momento, a ciência entende que um terço de todos os casos deste tipo de demência é de origem hereditária. Independente dos fatores genéticos, o quadro se estabelece quando algumas proteínas, como tau, TDP-43 e FUS, formam espécies de placas no cérebro e começam a matar as células ativas do local.

Como é a evolução da doença?

No começo, o paciente com demência frontotemporal apresenta mudanças de personalidade atípicas, apatia e pode ter dificuldades inexplicáveis em tomar decisões ou até mesmo em falar (afasia). O indivíduo pode perder a capacidade de compreender e formular palavras para construir uma frase falada. Em outros casos, a fala se torna exitante, como se estivesse inseguro em dizer tal coisa.

Em paralelo, os pacientes começam a desenvolver fraqueza muscular e problemas de coordenação. Dependendo da evolução, eles precisam de cadeiras de rodas para locomoção ou ficam acamados durante o dia. Todo esse processo de evolução da doença (progressão) pode variar de dois a mais de 20 anos.

Pacientes com demência frontotemporal têm diferentes tipos de dificuldade na fala (Imagem: Rawpixel/Envato)
Pacientes com demência frontotemporal têm diferentes tipos de dificuldade na fala (Imagem: Rawpixel/Envato)
Em média, a expectativa de vida varia de 7 a 13 anos após o diagnóstico. Pela perda de capacidade de se expressar e das limitações dos movimentos, os principais riscos de óbitos nestes pacientes são:
  • Pneumonia;
  • Infecções, como as do trato urinário;
  • Lesões por queda.

Existe tratamento contra este tipo de demência?

Infelizmente, a ciência ainda não descobriu a cura para nenhum tipo de demência, incluindo a frontotemporal. No entanto, isso não significa que o acompanhamento médico não seja importante. Com a ajuda de equipe multidisciplinar, o paciente pode ter uma melhor qualidade de vida. Neste processo, são prescritos remédios para reduzir a agitação, as dores, a irritabilidade ou ainda a depressão.

Por outro lado, cada vez mais os cientistas avançam na compreensão da doença e potenciais medicamentos são desenvolvidos. Segundo a AFTD, um dos campos mais promissores são os estudos que envolvem a terapia gênica, ou seja, a correção de genes associados com o quadro.

Demência frontotemporal é diferente do Alzheimer?

Vale explicar que a demência frontotemporal se distingue do Alzheimer em dois principais pontos:

Sintomas: inicialmente, pessoas com a doença de Alzheimer não têm problemas na fala e conseguem entender quando alguém se comunica com elas. A principal questão envolve a memória, que não é tipicamente afetada na demência frontotemporal;

Idade: no caso da frontotemporal, a maioria dos diagnósticos é feita por volta dos 60 anos. No Alzheimer, o risco da doença se torna cada vez mais comum com o envelhecimento do paciente.

O caso de Bruce Willis

Bruce Willis foi recentemente diagnosticado com demência frontotemporal (Imagem: Divulgação/Lionsgate)
Bruce Willis foi recentemente diagnosticado com demência frontotemporal (Imagem: Divulgação/Lionsgate)
Na quinta-feira (16), a família de Bruce Willis anunciou que o autor foi diagnosticado com a demência frontotemporal. Anteriormente, o astro hollywoodiano já tinha se aposentado dos sets de filmagens, após desenvolver afasia — um tipo de transtorno de linguagem.

“Infelizmente, a dificuldade de comunicação é apenas um dos sintomas da doença que Bruce enfrenta. Por mais que seja doloroso, é um alívio ter finalmente um diagnóstico claro”, afirma a família, em comunicado. “Hoje, não há tratamentos para a doença, uma realidade que esperamos que possa mudar nos próximos anos”, acrescenta.

“Bruce sempre acreditou em usar sua voz no mundo para ajudar os outros e aumentar a conscientização sobre questões importantes, tanto públicas quanto privadas”, lembram os familiares. “Sabemos em nossos corações que — se ele pudesse hoje — ele gostaria de trazer atenção global [para a causa] e criar uma conexão com aqueles que também estão lidando com esta doença debilitante”, completam.

A declaração foi assinada por sua atual esposa, Emma Heming, pela ex-mulher Demi Moore e suas cinco filhas.

Fonte: Canaltech

Trending no Canaltech:

Pirataria online cresce quase 40% entre 2021 e 2022

  • Pirataria aumentou 38,6% entre 2021 e 2022;

  • Motivo seria o grande número de serviços de streamings;
  • Sites que fazem o streaming ilícito seriam a maior fonte de conteúdo pirata.

A pirataria de filmes aumentou mais de um terço no ano passado, de acordo com os últimos números. O streaming ilegal de filmes cresceu 38,6% entre 2021 e 2022, revelaram dados da empresa de pesquisa de pirataria Muso, enquanto as visitas a sites de streaming gratuitos aumentaram quase 9%. Os primeiros dados de 2023 sugerem que a tendência continuará este ano.

Especialistas em pirataria online atribuem seu aumento de popularidade a uma combinação de fatores, incluindo o aumento de conteúdo pós-pandemia e pressões econômicas como a crise do custo de vida.

O principal impulsionador da tendência, de acordo com alguns, é o número crescente de plataformas de streaming por assinatura, o que significa que os consumidores não podem mais atender a todas as suas demandas de visualização por um preço razoável.

“Ao contrário do ecossistema de entretenimento legal, todos os títulos estão disponíveis em todos os lugares e de graça”, observou Muso em uma postagem no blog detalhando o aumento do streaming ilegal.

“Esta tendência continua a ser um grande problema para a indústria, impactando significativamente as receitas e os meios de subsistência de todos os envolvidos – particularmente criadores menores e independentes – e prejudicando a economia em geral.”

Estima-se que a pirataria on-line global custe à economia dos EUA pelo menos US$ 29,2 bilhões em receita perdida a cada ano, embora esse número suponha que as pessoas que usam serviços de streaming ilegais pagariam pelo conteúdo.

Sites que hospedam transmissões ilícitas de filmes e programas de TV respondem por mais de 80% de toda a pirataria, de acordo com o Centro de Política de Inovação Global da Câmara de Comércio dos EUA, tendo ultrapassado tecnologias baseadas em download como o BitTorrent.