Dia: 13 de fevereiro de 2023

Crise dos balões entre EUA e China traz ecos da Guerra Fria

***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 14.11.2019 - O líder chinês, Xi Jinping. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
BRASÍLIA, DF, 14.11.2019 – O líder chinês, Xi Jinping. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A crise dos balões entre Estados Unidos e a China escala dia após dia, trazendo consigo ecos da primeira edição da Guerra Fria entre superpotências, que opôs Washington a Moscou de 1945 a 1991.

Primeiro foram os americanos a localizar e interceptar um suposto balão espião chinês vagando sobre seu território no dia 4, e derrubando outros três objetos suspeitos de sexta (10) para cá. Agora, Pequim lembra que seus espaço aéreo foi violado por flutuantes semelhantes mais de dez vezes no ano passado.

Ambos os lados negam o óbvio: a espionagem de rivais é profissão tão antiga quanto a guerra em si, e a crise ganha dramaticidade por abalroar a reaproximação que estava em curso entre Xi Jinping e Joe Biden, por iniciativa do líder chinês. Os balões caem como uma luva para as alas contrárias a Pequim na política americana.

O campo de batalha dessa modalidade específica de ação espiã remete diretamente à Guerra Fria, retomada em versão 2.0 em 2017. Trata-se da região norte do planeta, próxima ao Ártico, a linha de frente da defesa dos EUA por ser o caminho mais curto para bombardeiros ou mísseis intercontinentais carregados com ogivas nucleares.

De 1957 a 1993, uma linha de radares de alerta antecipado corria do Alasca até a Islândia, sendo substituída por um conjunto mais eficaz concentrado apenas no continente americano, com 4.800 km de extensão e 15 estações de radar de longo alcance e 39, de curto.

É operado conjuntamente por EUA e Canadá, unidos no sistema Norad (Comando de Defesa Aeroespacial Norte-americano). Daí que um dos objetos suspeitos foi derrubado sobre Yukon, território canadense, por um caça F-22 Raptor americano.

Além do risco de um ataque, incursões espiãs eram comuns de lado a lado, levando a incidentes graves, como a derrubada de um avião U2 americano sobre a União Soviética em 1960. Os comunistas, claro, tinham o seu sistema de defesa.

Ao longo da Guerra Fria, propostas para reduzir o perigo foram feitas, desaguando num acordo de 1992, o Céus Abertos, no qual 34 países (Rússia e EUA inclusos) permitiam voos de reconhecimento periódicos de aviões dos rivais, estabelecendo uma confiança mútua de que ninguém estaria preparando um ataque iminente.

Donald Trump, o mesmo presidente que lançou a Guerra Fria 2.0 para conter a ascensão chinesa em campos que vão do comércio exterior à autonomia de Hong Kong, achou por bem retirar os EUA do acordo em 2020, acusando os russos de violá-lo.

A falta de regramento ajuda a criar as incertezas, que estão em todos lados: o último acordo de controle de armas atômicas, o Novo Start, está travado porque não há inspeções de sítios nucleares na Rússia por americanos devido à Guerra da Ucrânia.

A crise dos balões também evoca a paranoia que se demonstrava em surtos periódicos na Guerra Fria. Os agora repetidos casos de avistamento encontra paralelos no anticomunismo doentio dos anos 1950 nos EUA.

Naturalmente, dada a natureza digital dos tempos atuais, a febre deverá passar rápido, sem maiores efeitos no imaginário popular como no passado –a ideia de que os soviéticos estavam se infiltrando na sociedade americana para subvertê-la era disseminada, gerando o cancelamento dos suspeitos de simpatia comunista quando essa palavra nem era usada.

O temor era tão espraiado que gerou um fenômeno que guarda semelhanças com o da derrubada dos balões: o dos discos voadores. A sucessão de avistamentos dos óvnis (acrônimo para Objeto Voador Não Identificado) ganhou ares de crise nos anos 1950, tanto que a Força Aérea dos EUA criou um projeto para estudá-los, o Livro Azul.

De 1952 a 1969, ele recolheu e analisou centenas de aparições. Sempre houve os casos inconclusivos ou mal explicados, como de resto a mesma Força Aérea e a Nasa registraram recentemente, mas a ideia disseminada por Hollywood de uma guerra dos mundos iminente tinha mais a ver com explorar o temor do americano de ser atacado por soviéticos.

Nem o Brasil escapou da onda no século passado, e não será surpreendente se agora algum balão acusado de espionagem para Pequim aparecer, digamos, sobre a Amazônia. Mas o fato é que a espuma da disputa política apenas escamoteia a realidade: países se espionam mutuamente.

Firmiane Venâncio é nomeada nova defensora-geral da Bahia

Firmiane Venâncio é nomeada nova defensora-geral da Bahia
Firmiane Venâncio de Carmo SouzaFoto: Divulgação/DPE-BA

Firmiane Venâncio de Carmo Souza será a nova defensora pública geral da Bahia no biênio 2023-2025. Após ficar no topo da lista tríplice histórica, composta por três mulheres, ela obteve 209 votos e foi escolhida do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, que publicou a nomeação no Diário Oficial neste sábado (11).

A eleição da classe aconteceu em 27 de janeiro, quando as candidatas foram escolhidas pelos 405 membros da carreira para disputar o mais alto cargo de gestão da Defensoria Pública da Bahia. Também estavam na lista tríplice as defensoras Mônica Soares (196 votos) e Camila Canário (181 votos).

Firmiane exerceu o cargo de subdefensora-geral (segundo cargo de gestão mais alto na hierarquia da Defensoria Pública da Bahia durante o biênio 2021/2023, conduzido pelo defensor-geral Rafson Ximenes, cujo mandato encerra no próximo dia 2 de março.

Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador, Firmiane Venâncio do Carmo Souza é doutoranda e mestra pelo Programa de Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia. Especialista em Direitos Humanos, tem experiência na área de Direitos Humanos das Mulheres e Direito Penal. Há 22 anos como defensora pública, já atuou nas comarcas de Senhor do Bonfim e Salvador.

Rui Costa promete entregar 170 mil imóveis em parceria com estados e municípios

**Arquivo**BRASÍLIA, DF, BRASIL, 02-01-2023: O ministro da Casa Civil, Rui Costa. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)
**Arquivo**BRASÍLIA, DF, BRASIL, 02-01-2023: O ministro da Casa Civil, Rui Costa. (Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo federal deve estabelecer parcerias com estados e municípios para acelerar a entrega de imóveis em obras bastante avançadas do programa Minha Casa, Minha Vida, segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ele afirmou que os acordos vão permitir a entrega de 170 mil unidades.

O ministro visitou neste sábado (11) um condomínio em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, reformado por iniciativa da União e do governo baiano, sob gestão do petista Jerônimo Rodrigues.

“Quando estive aqui em janeiro, vi esse condomínio que estava concluído há seis anos, iniciado ainda no governo Dilma, e que foi deixado de lado. Retiraram até a segurança do local e aí furtaram quadro de luz, vaso sanitário, entre outras coisas”, afirmou Costa, que foi governador da Bahia pelo PT.

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute uma solução jurídica para que estados e municípios executem os serviços de reforma, já que em geral são mais ágeis nisso. “Queremos, até o final do ano, entregar essas 170 mil unidades a que me referi. Retornamos com a faixa 1 e esse será o carro chefe do programa”, disse o ministro.

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A faixa 1 é destinada a famílias com baixa renda e recebe condições mais favoráveis de financiamento, que foram extintas pela gestão anterior de Jair Bolsonaro (PL). O governo planeja concluir o desenho da reformulação do Minha Casa, Minha Vida até o próximo dia 15 e extinguir o nome Casa Verde e Amarela, criado por Bolsonaro.

Uma das novidades deve ser que, a pedido do presidente Lula, os novos empreendimentos do programa terão varandas para os moradores.

A Folha de S.Paulo mostrou que o novo Minha Casa, Minha Vida herda um passivo de 130,5 mil moradias cujas obras estão atrasadas ou paralisadas.

O levantamento do Ministério das Cidades, obtido pela Folha de S.Paulo em janeiro, mostra que são 1.115 empreendimentos atrasados ou paralisados, todos ainda do Minha Casa, Minha Vida. O mais antigo teve o contrato assinado em 2009, ano em que ele foi lançado, mas a maioria foi contratada entre 2014 e 2018.

Juntos, os empreendimentos já receberam aportes de R$ 4,8 bilhões, sendo que a maioria (R$ 3,8 bilhões) foi para obras paralisadas.

Campeão olímpico tem pés amputados por complicações de saúde

Roman Kostomarov teve uma grave pneumonia que resultou em infecção; russo foi campeão olímpico de inverno em 2006.

Roman Kostomarov perform em 2011. Foto: Visual China Group via Getty Images
Roman Kostomarov perform em 2011. Foto: Visual China Group via Getty Images

Medalhista de ouro olímpico nos Jogos de Inverno de 2006, disputados na Itália, o ex-patinador no gelo russo Roman Kostomarov, de 46 anos de idade, teve de amputar os dois pés por causa de uma infecção causada por uma grave pneumonia que o acometeu no mês passado, quando, de acordo com informações publicadas pelo jornal espanhol Marca, deu entrada na UTI de um hospital em Moscou e foi induzido ao coma devido à situação que se encontrava.

Os problemas circulatórios que Roman sofreu fizeram com que não houvesse outra opção das equipes médicas que não fosse a cirurgia para amputação dos membros inferiores do ex-atleta. Segundo uma fonte ligada à TASS, agência de notícias russa, ainda há o risco de amputação das mãos do campeão: “Infelizmente, os dois pés tiveram que ser amputados. A cirurgia correu bem, e o paciente está se recuperando. Agora, nós estamos lutando para manter os braços. Roman está consciente, sua condição geral está melhorando. Porém, ele permanece na UTI”.

Campeão mundial de esqui morre em avalanche

Campeão mundial de Esqui Freestyle e Snowboard de 2015, o americano Kyle Smaine faleceu no último domingo após ser pego por uma avalanche em Nagano, no Japão. O esquiador, que havia abandonado a carreira profissional no ano de 2018, praticava o esporte com um grupo de amigos austríacos e americanos quando foi apanhado no Monte Hakuba e não resistiu.

De acordo com informações divulgadas por Grant Gunderson, fotógrafo que acompanhava o grupo, o esquiador ” foi lançado 50 metros pela rajada de ar, enterrado e morto”. Outro atleta que também foi atingido pela avalanche chegou a ficar soterrado durante 25 minutos, mas sobreviveu. Leia o relato completo publicado no perfil do fotógrafo no Instagram: “Ontem foi o meu pior cenário absoluto de pesadelo. Era para ser o último dia da viagem, então saímos para um passeio tranquilo para esqui livre. Como tivemos um dos melhores dias de esqui / tiro no dia anterior. Cavamos um buraco e depois esquiamos em uma linha no sertão. Eu estava exausto nos últimos 10 dias, então, depois daquela corrida, esquiei até o chalé da base. Kyle e Adam escolheram voltar e esquiar novamente. Eles estavam no fundo com um membro de outro grupo muito longe da base da encosta em transição para esfolar. Na verdade, um grupo japonês estava fazendo treinos de farol naquela área de transição na volta anterior. Todos se sentiram seguros na área de transição Um segundo esquiador do outro grupo desencadeou uma avalanche que se transformou em uma enorme avalanche (coroa de 2m de profundidade) em uma encosta adjacente. A inclinação em que eles haviam feito duas corridas não deslizou. Adam, Kyle e o outro esquiador tentaram correr. Adam foi enterrado a 1,5 metro de profundidade por 25 minutos e está ileso. Isso é um milagre. O esquiador enterrado ao lado dele morreu de ferimentos internos. Kyle foi lançado 50 metros pela rajada de ar e enterrado e morto. Outro grupo na área composto por dois guias de montanha canadenses e 4 ou 5 médicos / enfermeiros de emergência etc como clientes realizaram o resgate. Os médicos fizeram tudo o que puderam por Kyle e o outro esquiador. Adam e eu estaremos remoendo isso pelo resto de nossas vidas”.

Aos 56 anos, Claudia Raia dá à luz o terceiro filho, Luca: ‘Estamos todos nas nuvens’

Pai de primeiríssima viagem, Jarbas acompanhou todo o parto e não conteve a emoção. “Luca agora está aqui, posso pegar ele no colo, ninar, cantar para ele… É impressionante como tudo muda tão de repente. Estou realmente encantado. Não consigo tirar os olhos dele”, diz.

Terceiro de Claudia, que já tem Enzo e Sophia, Claudia refletou sobre a maternidade aos 56 anos: ” Não é só uma questão física, é mental também. Em 20 anos, mudamos muito, eu amadureci, o mundo mudou… Tinha vezes, durante a gravidez, que eu me sentia uma mãe de primeira viagem. A vida hoje está muito mais tecnológica, o que dá muitos recursos para acompanhar todos os momentos, desde a barriga e depois de o bebê nascer. É muito impressionante. Tem aplicativo para tudo. O que nunca muda é o meu amor pela maternidade. Para mim, é, de fato, meu melhor papel. Estou radiante por poder viver tudo isso mais uma vez e compartilhar essa jornada com Jarbas. Ele já é um pai muito coruja. Estamos todos nas nuvens: eu, Jarbas, Enzo e Sophia”.