Mês: dezembro 2022

Idosa de 62 anos é encontrada morta na zona rural de Tanhaçu

Uma idosa de 62 anos, identificada como Dolores de Jesus Silva, foi encontrada morta nesta quarta-feira (28), no povoado de Lagoa do Boi, no distrito de Sussuarana, zona rural da cidade de Tanhaçu.

Segundo apurou o site Achei Sudoeste, a família encontrou a mulher caída em sua propriedade rural. Ela chegou a ser socorrida por um amigo, que levou a mulher até a sede do distrito de Sussuarana.

No local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) detectou o óbito de Dolores. A 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foi acionada e isolou a propriedade da vítima até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

O corpo de Silva foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Brumado para ser necropsiado. De acordo com a polícia, a idosa teria ingerido produto agrícola altamente venenoso. Segundo a família ela sofria com quadro depressivo. O sepultamento ocorreu na quinta-feira (29).

Com Tebet e Marina, Lula anuncia novos ministros; veja lista

A senadora Simone Tebet e a deputada eleita Marina Silva ficaram com Planejamento e Meio Ambiente, respectivamente; oficialização dos futuros chefes de ministérios aconteceu no CCBB, em Brasília

Lula (Foto: Reprodução)
Lula (Foto: Reprodução)

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (29) os nomes que faltavam para compor os ministérios do seu futuro governo, que começará a partir de 1º de janeiro de 2023. A oficialização dos futuros chefes de pastas aconteceu no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.

A equipe de transição do petista já havia anunciado que seriam 37 ministérios —atualmente, no governo de Jair Bolsonaro (PL), existem 23. Veja os nomes anunciados hoje:

Ao anunciar Simone Tebet, o petista reconheceu a importância da senadora em sua campanha durante o segundo turno da disputa presidencial.

“Companheira que teve um papel extremamente importante na campanha. Ela foi adversária nossa no primeiro turno e foi uma aliada extraordinária no segundo”, declarou.

Lula já tinha anunciado outros 21 nomes. Veja a lista:

Mais cedo, no Twitter, o presidente eleito afirmou que o novo governo terá muito trabalho e precisará “ter muita competência para reconstruir o país” nos próximos anos.

Líderes do governo

Além dos ministros, Lula anunciou os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso: José Guimarães (PT-CE) e Jaques Wagner (PT-BA), Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP), respectivamente.

“Jaques e Gleisi [Hoffmann] são duas pessoas com quem tive a liberdade de dizer: vocês não serão ministros. O Wagner porque precisava dele no Senado, e a Gleisi porque o partido precisa dela”, falou.

Maior número de mulheres

Serão 11 ministras no governo Lula, superando o maior número de mulheres em ministérios que o país já teve. A gestão de Dilma Rousseff (PT), segundo o portal g1, chegou a ter dez mulheres simultaneamente nos cargos.

“Eu estou feliz porque nunca antes na história do Brasil teve tantas mulheres ministras. Nunca antes. E estou feliz porque nunca antes na história do Brasil, tivemos uma indígena ministra dos Povos Indígenas”, ressaltou Lula.

Sem anunciar nomes, o petista garantiu que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal serão presididos por mulheres.

Pelé não deu apenas gols e títulos ao Brasil. Deu um lugar no centro do mundo

Soccer Football - FIFA World Cup Qatar 2022 - Round of 16 - Brazil v South Korea - Stadium 974, Doha, Qatar - December 5, 2022 Fans inside the stadium hold up a banner of former Brazil player Pele with the message get well soon REUTERS/Paul Childs TPX IMAGES OF THE DAY
Homenagem a Pelé durante jogo do Brasil contra a Coréia do Sul na Copa do Qatar. Foto: Paul Childs/Reuters
Sabia muito pouco ou quase nada sobre futebol quando o Brasil foi eliminado da Copa da Itália em 1990, gol de Caniggia, jogadaça de Maradona.

Mas, aos sete anos de idade, já tinha dimensão do que significava o Pelé para o futebol. A ponto de protestar, durante dias após a derrota para a Argentina, pelo fato de o maior atleta de todos os tempos não ter sido convocado para salvar a seleção de seu destino: a desclassificação precoce nas oitavas-de-final.

Os adultos me explicavam que Pelé já tinha quase 50 anos, celebrados meses depois em um amistoso em que vestiu mais uma vez a camisa da equipe canarinho.

A imagem, na TV, de Pelé em campo alimentou minha obsessão por anos. Perdemos em 90. E em 86. E 82. E 78. E 74. Poderíamos ter ganhado todas aquelas Copas com uma fórmula simples, eu imaginava: bastava botar o Pelé em campo.

Meus amigos da rua e eu não tínhamos ideia ainda do que era linha de impedimento, falta para cartão, esquema tático. A gente não sabia sequer a diferença de um meia e um atacante. De um 9 de um 7. De um ponta e um lateral. Tudo isso era um universo ainda acessado, com códigos próprios que levaríamos um tempo para assimilar.

Que o Pelé era o maior de todos a gente sabia.

Definir o momento exato em que aprendemos isso, assim como assimilamos o ato involuntário de respirar, era um mistério.

Pelé estava reinava por essas terras muito antes de a gente nascer. Estava em todos os lugares, como o Cristo Redentor aos olhos de um visitante: no boneco de plástico que meu avô guardava em cima da estante na sala desde a Copa de 70. Nas figurinhas do meu pai e dos meus tios. Nos pôsteres. Nas capas de revistas. Nas reportagens da TV.

Pelé simplesmente existia e era onipresente, sem que nos fosse apresentado formalmente. Ele simplesmente estava lá, como estavam as estrelas acima de nossas cabeças, o sol, o vento, o mar, a areia.

Um brasileiro, quando nasce, aprende a respirar na marra, chorando. E aprende na sequência que Pelé foi o maior de todos e quanto a isso não existe questionamento. Maior no esporte? Não, maior em tudo.

Aos poucos as testemunhas que um dia viram Pelé em campo foram saindo de cena. Em qualquer roda de adultos havia sempre alguém disposto a contar os feitos do Atleta do Século em alguma partida no estádio de nossa cidade, a Fonte Luminosa.

Dele soubemos sem ver, embora vimos muito, graças ao trabalho incansável, de ourives, de cineastas como Aníbal Massaini Neto.

Sabíamos do dia em que ele chapelou metade do time do Juventus, na rua Javari. Nós reconstituíamos as cenas em nossas cabeças muito antes de o gol ser reproduzido pelo computador.

Sabíamos do tri, dos passes, dos mais de mil gols e dos quase gols no México, em 70.

Pelé era a imagem de um país possível, que falava orgulhoso lá fora e em qualquer lugar. Viemos do país de Sua Majestade.

Quantas e quantas vezes um brasileiro não viu as portas se abriram por andar longe de casa, nessas ilhas cheias de distância, com uma camisa amarela de seu país? Essas portas abertas são apenas algumas das muitas dívidas que jamais pudemos pagar em vida a Pelé.

Como definiu o rapper Emicida, o artista que hoje talvez expresse melhor os conflitos do Brasil contemporâneo, a memória sobre os feitos de Pelé era tão poderosa que parecia que ele ainda estava em campo. Por isso muitos de nós –ele, inclusive – nos revoltávamos quando o técnico, qualquer técnico, não o escalava, mesmo muito tempo depois de ele se aposentar para o futebol.

Em uma fala iluminada, feita alguns anos atrás, Emicida lembrou que Pelé ousou ser rei no país mais racista do mundo. Um país destruidor de super-heróis. Um país onde o sucesso é ofensa pessoal – e um crime hediondo quando se trata de alguém com pele escura.

Em torno de Pelé, a ofensa muitas vezes o levou a ser acusado de se omitir no campo das questões sociais – postura que rendeu a ele um mito que ele não mereceu, o de homem alienado.

Essa imagem, recordou Emicida, foi construída por homens brancos da imprensa esportiva e suprime diversos momentos em que Pelé se posicionou, sim. Como quando disse que nunca tirou a pele para jogar. Ou quando afirmou que se política virou sinônimo de corrupção no país, essa culpa não era do negro. (Mais recentemente, uma foto de Pelé vestindo a camisa das Diretas Já voltou a circular pelas redes sociais).

“Pelé deveria ser mais celebrado como essa figura que parou uma guerra. Ele fez uma geração que veio antes da nossa sonhar com algum reconhecimento”, disse Emicida.

A fala resume o tamanho da perda de Pelé.

Ninguém fez mais pelo Brasil do que ele. Nelson Rodrigues, um dos primeiros cronistas a reconhecer sua majestade ainda no nascedouro, lembra dos tempos em que os brasileiros tremiam, em campo e fora dele, diante da presença dos europeus, então o centro do mundo. Andávamos com a cabeça baixa, com o olhar desviante dos vira-latas.

Pelé destronou a todos, um a um, e deu a um país inteiro a possibilidade de andar com o peito estufado.

Haverá um dia em que não haverá testemunhas de seus feitos para ligar os pontos dessa história.

Esses herdeiros agora somos nós, que já ouvimos de nossos filhos se o Rei do Futebol era mesmo tudo isso.

É uma responsabilidade e tanto para quem recebeu a missão da continuidade pela tradição oral, aqui e ali ajudada pelos registros de um naco do que Pelé produziu em campo quando não estávamos por aqui.

Parte dessa missão diz respeito ao respeito à memória de um herói tantas vezes simplificado, preso a um não merecido rótulo de alienação.

Os antigos nos fizeram entender que com Pelé entre nós nenhuma derrota sairia barata – já que vencer todas não poderíamos, embora ele tenha nos acostumado tanto a vencer.

Alguém voou tão longe antes dele em algum outro campo que não o futebol? Penso em Machado de Assis, o Pelé entre nossos autores, que se dedicou a descrever os vira-latas habitantes de um país num tempo em que éramos ainda menores e ninguém olhava para cá.

Depois de Pelé, todos nós, Machado inclusive, pode ser visto, admirado, reconhecido.

Porque Pelé fez algo mais do que compreender o modo acanhado dos brasileiros estar no mundo. Ele o derrotou.

Sua morte nesta quinta-feira (29/12), aos 82 anos, é a maior derrota que jamais estivemos preparados para absorver.

Pelé, o ‘Rei do Futebol’, morre aos 82 anos

O ex-jogador estava internado desde o fim de novembro para avaliação da terapia quimioterápica

Pelé é o único jogador da história a conquistar a Copa do Mundo em três oportunidades (Foto: GABRIEL LOPES/AFP via Getty Images)
Pelé é o único jogador da história a conquistar a Copa do Mundo em três oportunidades (Foto: GABRIEL LOPES/AFP via Getty Images)
Aos 82 anos de idade, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, morreu nesta quinta-feira (29), de acordo com o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O ex-jogador de futebol estava internado em uma das unidades do hospital desde o fim de novembro para avaliação da terapia quimioterápica do tumor de colón constatado em setembro de 2021 e acabou sendo diagnosticado com infecção respiratória.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, ele não respondia ao tratamento de quimioterapia já estava recebendo apenas cuidados paliativos. Ou seja, a quimioterapia foi suspensa e que ele seguia recebendo medidas de conforto, para aliviar a dor e a falta de ar, por exemplo, sem ser submetido a terapias invasivas.

Pelé foi diagnosticado com um tumor no cólon no dia 31 agosto de 2021 após ser internado para exames cardiovasculares e laboratoriais de rotina. Ele passou por uma cirurgia no dia 4 de setembro para retirar a lesão encontrada no cólon direito. No dia 17, dois dias após ir para o quarto, ele precisou voltar para a UTI após apresentar breve instabilidade respiratória e passou ao cuidado semi-intensivo na recuperação da operação abdominal.

Em janeiro de 2022, foram diagnosticados outros três tumores: no intestino, um no fígado e o início de um no pulmão. Em fevereiro, ele voltou aos hospital para mais sessões de quimioterapia.

Pelé vinha sofrendo de problemas de saúde após uma cirurgia no quadril, o que dificultava sua locomoção desde 2018. O ídolo do futebol mundial também realizou uma cirurgia de retirada de um cálculo renal em 2019.

ADEUS AO REI DO FUTEBOL:

O atleta

Nascido em 23 de outubro de 1940, em Três Corações (Minas Gerais), filho de João Ramos do Nascimento, o popular Dondinho, e Celeste Arantes, Edson recebeu o apelido de Pelé porque pronunciava errado o nome de seu jogador preferido, o goleiro Bilé, do do Vasco da Gama de São Lourenço.

Edson, de nome inspirado em Thomas Edison, inventor da lâmpada, teve uma carreira de mais de 20 anos no futebol e foi eleito Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional, Jogador do Século pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), e dividiu o prêmio de Melhor Jogador do Século da Fifa com o argentino Diego Maradona.

O mineiro é o recordista mundial de gols na carreira, tendo marcado 1.281 gols em 1.363 partidas disputadas por Seleção Brasileira, Seleção das Forças Armadas, Santos FC e New York Cosmos (EUA).

Com a Seleção, Pelé conquistou três títulos de Copa do Mundo, sendo o único jogador a alcançar tal feito. O primeiro veio em 1958, com grande destaque em sua estreia no torneio. Quatro depois, o bi veio depois de uma lesão. O terceiro troféu foi levantado em 1970, quando o camisa 10 era o principal alicerce de um dos times mais conhecidos da história do futebol.

A principal camisa: o Santos

Pelé com a camisa do Santos antes de um amistoso em Paris, na França, em 13 de junho de 1961 (Foto: AFP via Getty Images)
Pelé com a camisa do Santos antes de um amistoso em Paris, na França, em 13 de junho de 1961 (Foto: AFP via Getty Images)

Em 1956, Pelé começou sua carreira no Santos, com apenas 15 anos. Após se destacar pela equipe amadora do clube, ele foi chamado para o elenco principal e fez sua estreia em 7 de setembro de 1956, quando o Peixe venceu o Corinthians de Santo André por 7 a 1, com um gol de garoto em seu primeiro jogo como profissional.

O Rei conquistou seu primeiro título pelo Peixe dois anos depois da estreia, em 1958. O atacante marcou impressionantes 58 gols em 38 jogos, comandando um ataque do Peixe que chegou a 143 tentos durante a competição.

Durante a carreira de Pelé, o Santos fez várias excursões pelo mundo, com o talento do Rei sendo mostrado em diversos países, incluindo histórias como o cessar fogo da Guerra da Biafra, na África, em 1969 e a expulsão de um árbitro na Colômbia em 1970.

Em 19 anos no Santos, ele conquistou 25 títulos – seis que viriam mais tarde ser reconhecidos como Brasileirões e duas Libertadores. Segundo a Associação dos Pesquisadores e Historiadores do Santos FC, o Rei marcou 1.091 gols pelo clube.

Pelé decidiu se aposentar do futebol competitivo ao fim de 1974, apesar de ainda disputar algumas partidas pelo Peixe.

O futebol nos EUA

Dois anos após deixar o Santos, Pelé voltou aos gramados para atuar pelo New York Cosmos, que contou com jogadores importantes do mundo na tentativa de popularizar o futebol nos Estados Unidos.

Em três anos com o Cosmos, ele conquistou a North American Soccer League em 1977 junto do lendário líbero alemão Franz Beckenbauer. Foram 64 gols em 107 jogos pela equipe nova-iorquina.

A aposentadoria definitiva do Rei aconteceu em 1º de outubro de 1977, em um amistoso entre Cosmos e Santos no Giants Stadium, casa das equipes de futebol americano de Nova York, totalmente tomado pelo público.

Seleção Brasileira

Pelé comemora gol do Brasil na final da Copa do Mundo de 1970 (Foto: Action Images / Sporting Pictures
Pelé comemora gol do Brasil na final da Copa do Mundo de 1970 (Foto: Action Images / Sporting Pictures

Um ano depois da estreia como profissional, ainda com 16 anos, o atacante fez sua primeira partida pela Seleção Brasileira em 7 de julho de 1957. Ele saiu do banco no primeiro confronto contra a Argentina, válido pela Copa Roca, e marcou o único gol brasileiro na derrota por 2 a 1. No segundo jogo, Pelé foi titular e fez um dos gols da vitória por 2 a 0 que deu o título ao Brasil.

Já em 1958, Pelé quase ficou de fora da Copa do Mundo por causa de uma lesão sofrida em jogo pelo Santos. O jovem foi com a equipe para a Suécia, mas não atuou nas duas primeiras partidas. Em sua primeira atuação, ele deu uma assistência na vitória por 2 a 0 contra a União Soviética. O primeiro gol em Copas veio no confronto seguinte, contra o País de Gales, se tornando o goleador mais jovem da história do torneio.

Na semifinal contra a França, três gols na vitória por 5 a 2 e mais um recorde: o de mais jovem a marcar um hat-trick. Já na decisão, dois tentos em mais um 5 a 2, desta vez contra a Suécia, com direito a um dos gols mais lindos da história das Copas.

O segundo título da Copa do Mundo veio em 1962. Pelé marcou um dos gols na vitória por 2 a 0 sobre o México na estreia, mas acabou se lesionando no duelo seguinte, contra a Tchecoslováquia. Amarildo substituiu o Rei e foi bem, ajudando a Seleção a conquistar o bi.

Depois de Copa de 66 marcada por uma lesão e chegar a dizer que não jogaria mais em Copas, o Rei voltou para as eliminatórias de 1970, mas teve problemas com o técnico João Saldanha, que acabou demitido em favor de Zagallo em uma decisão polêmica.

O Rei fez parte de um ataque que até hoje é considerado um dos melhores da história do futebol, com Jairzinho, Gérson, Tostão e Rivellino. Ele marcou quatro gols, incluindo um na final, em que o Brasil bateu a Itália por 4 a 1. No México, ele ainda participou de lances aclamados da história do esporte, como o drible no goleiro uruguaio Mazurkiewicz, o “gol que Pelé não fez” do meio campo e a defesa de Gordon Banks em uma cabeçada.

Pelé se despediu da Seleção no ano seguinte ao terceiro título de Copas, em dois amistosos: um em São Paulo, contra a Áustria, em que marcou o gol do empate por 1 a 1, e outro contra a Iugoslávia, no Rio de Janeiro. Nas duas partidas, ele saiu no intervalo e fez voltas olímpicas enquanto era ovacionado pelos torcedores.

Conquista: Associação das Indústrias lamenta a morte do empresário Onildo Filho

A morte do diretor do Labo, o empresário Onildo Pereira de Oliveira Filho vem causando muita comoção em Vitória da Conquista. Onildo foi a óbito no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na noite da última terça-feira (27), para onde foi transferido após sofrer uma parada cardíaca.

Onildo tinha 65 anos e era uma figura muito conhecida em Vitória da Conquista e região. A Associação das Indústrias de Vitória da Conquista (Ainvic) divulgou uma nota de pesar lamentando a morte.

A Ainvic se solidarizou com amigos e familiares que estão enlutados com a partida. Mais cedo, uma filha do empresário divulgou uma nota em que expressava o carinho e admiração que sentia por ele.

Jerônimo anuncia seis novos secretários; confira nomes

O governador eleito e diplomado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, apresentou na tarde desta quarta-feira (28) os nomes de mais sete secretários de sua gestão, que começa em 1 de janeiro próximo. Os titulares das secretarias do Desenvolvimento Urbano (Sedur); da Cultura (Secult); do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE); do Desenvolvimento Econômico (SDE); da Comunicação (Secom); da Política para as Mulheres (SPM); e da Superintendência de Políticas para os Povos Indígenas, vinculada à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), foram anunciados à imprensa no auditório da Desenbahia, sede do governo de Transição, em Salvador.

Confira a lista:

1. SEDUR – Jusmari Oliveira
2. SECULT – Bruno Monteiro
3. SETRE – Davidson Magalhães
4. SDE – Ângelo Almeida
5. SPM – Elisângela Santos Araújo
6. SECOM – André Curvello
7. Superintendência de Políticas para os Povos Indígenas (SEPROMI) – Patrícia Pataxó

Com o anúncio de hoje, já são 21 secretarias com titularidade definidas. Restam apenas os gestores de quatro secretarias: Segurança Pública (SSP); Administração (Saeb); Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e Planejamento (Seplan). Esses nomes serão divulgados nos próximos dias por Jerônimo Rodrigues.

Nomes já definidos

No último dia 22, foram apresentados por Jerônimo a procuradora Bárbara Camardelli para a Procuradoria Geral do Estado e as secretárias Ângela Guimarães, para a Sepromi, e Larissa Gomes Moraes, para a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS). Na ocasião, também foram anunciados os secretários Eduardo Sodré Martins, no Meio Ambiente (Sema); Osni Cardoso, no Desenvolvimento Rural (SDR); e José Antônio Maia Gonçalves, que continua à frente da Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

Os outros nomes apresentados em 22 de dezembro foram Nivaldo Millet, novo coordenador de Políticas para a Juventude, estrutura que estará vinculada à Secretaria de Relações Institucionais (Serin); e Tiago Pereira da Costa, coordenador-geral do Programa Bahia sem Fome, setor criado na reforma administrativa e que estará ligado à Casa Civil. O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), presente no evento, foi confirmado como líder do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Na primeira coletiva de anúncio do secretariado, em 19 de dezembro, foram anunciados os seguintes nomes para o quadro de gestores do Estado:

– Chefia de Gabinete do Governador: Adolpho Loyola
– Casa Civil: Afonso Florence
– Secretaria de Relações Institucionais (Serin): Luiz Caetano
– Saúde (Sesab): Roberta Santana
– Educação (SEC): Adélia Pinheiro
– Justiça e Diretos Humanos (SJDH): Felipe Freitas
– Assistência e Desenvolvimento Social (Seades): Fabya Reis
– Infraestrutura (Seinfra): Sérgio Brito
– Fazenda (Sefaz): Manoel Vitório
– Agricultura (Seagri): Tum
– Turismo (Setur): Maurício Bacelar.

Por segurança de Lula, novo comandante do Exército tem posse antecipada

Julio Cesar de Arruda assumirá na sexta (30), dois dias antes da posse de Lula

General Julio Cesar de Arruda assume comando do Exército na próxima sexta-feira (30); Antecipação se deve a preocupação elevada por segurança de Lula durante posse - Foto: Reprodução
General Julio Cesar de Arruda assume comando do Exército na próxima sexta-feira (30); Antecipação se deve a preocupação elevada por segurança de Lula durante posse – Foto: Reprodução
  • Para acelerar desmobilização bolsonarista no QG do Exército, posse de novo comandante da Força é antecipada;

  • Julio Cesar de Arruda assumirá na sexta (30), dois dias antes de Lula (PT);
  • PT espera que general trate apoiadores de Bolsonaro (PL) como extremistas que põem em risco o Estado Democrático de Direito.

O novo comandante do Exército, Julio Cesar de Arruda, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, assumirá o cargo antes do início de 2023. A posse do general foi antecipada para a sexta-feira (30), após pressão pela segurança do petista. Além de ameaças de bomba na capital federal, bolsonaristas continuam acampados nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília.

Segundo informações obtidas pelo portal Metrópoles, a expectativa dos petistas é de que Arruda trate os bolsonaristas como extremistas e possíveis ameaças ao Estado Democrático de Direito.

Também poderá ser antecipada a posse do novo titular da Marinha, Marcos Sampaio Olsen. Neste caso, a cerimônia poderá ocorrer na quarta-feira (28) ou na quinta (29).

“Incubadoras de terroristas”

Após tentativa de atentado a bomba em Brasília por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou os acampamentos de bolsonaristas como “incubadoras de terroristas” e o esquema de segurança do evento de posse de Lula (PT) precisou ser repensado.

Um explosivo foi encontrado em um caminhão, em área próxima ao aeroporto de Brasília no último fim de semana. O empresário George Washington de Oliveira Sousa confessou ser o responsável pelo artefato e indicou que a intenção era explodi-las para provocar a decretação de estado de sítio no país e uma possível intervenção militar que impedisse o presidente eleito de assumir o cargo.

Com a tensão elevada no DF, Dino afirmou nesta terça-feira (27) que a segurança da posse de Lula contará com presença integral das forças de segurança de Brasília.

“100% das Polícias do DF, Militar e Civil e Bombeiros [estarão atuando] para trazer segurança não só ao presidente da República, delegações estrangeiras e as pessoas que vão participar do evento”.

Cerimônia de posse pode dizer algo sobre o futuro governo?

Eleito pela primeira vez em 2002 e reeleito quatro anos depois, em 2006, o petista já fez dois discursos de posse

Lula acena para multidão após a cerimônia de posse, em Brasília, 1º de janeiro de 2003 (Foto: ORLANDO KISSNER/AFP via Getty Images)
Lula acena para multidão após a cerimônia de posse, em Brasília, 1º de janeiro de 2003 (Foto: ORLANDO KISSNER/AFP via Getty Images)

A três dias da cerimônia de posse, há dúvidas e curiosidades sobre como será o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eleito pela primeira vez em 2002 e reeleito quatro anos depois, em 2006, o petista fez dois discursos de posse. Será, então, que o evento que acontecerá no domingo (1º) pode dizer algo sobre o futuro governo? A resposta é sim.

Após sair derrotado em três campanhas presidenciais, Lula finalmente tomou posse como presidente da República no dia 1º de janeiro de 2003. O então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) passou a faixa ao sucessor eleito. Isso não acontecerá desta vez, pois o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas, se recusou a cumprir o rito e estará nos Estados Unidos no dia do evento.

2003

Voltando para 1º de janeiro de 2023, há quase 20 anos, Lula fez um pronunciamento na sessão solene de posse no plenário do Congresso Nacional. Em seu discurso, prometeu “mudança”, afirmando que a sociedade brasileira “decidiu que estava na hora de trilhar novos caminhos”.

Lula destacou a importância do combate à fome, dizendo que sua missão seria garantir café da manhã, almoço e jantar para todos os brasileiros. Ele afirmou também que criar empregos seria sua “obsessão” e viabilizaria reformas, falou em “restabelecer a segurança” da população e manter uma relação “construtiva e fraterna” com o Legislativo e o Judiciário, dentre outras coisas. As promessas foram cumpridas? Veja alguns temas:

Fome

Apesar da fome nunca ter acabado no país, pesquisas indicam que entre os anos 2004 e 2014, ou seja, durante os governos petistas, o país avançou no combate à insegurança alimentar. Foi no segundo mandato do governo de Dilma Rousseff (PT), a partir de 2014, que alguns indicadores sociais pioraram devido à crise econômica. De acordo com reportagem da revista Veja, divulgada em julho deste ano, a situação se deteriorou ainda mais no período que compreende os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) —entre 2018 e 2022.

Além disso, em 2014, o Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome, relatório global da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), e retornou a ele este ano.

Empregos

Conforme noticiado pelo Yahoo!, no final de 2002, antes do início do primeiro mandato de Lula, o Brasil tinha aproximadamente 28,7 milhões de pessoas empregadas em vagas com carteira assinada. Já em 2010, último ano do governo do petista, havia 44 milhões de empregos. O acréscimo no período foi de cerca de 15,4 milhões, de acordo com dados calculados com base na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Programas sociais

É importante falar sobre o Bolsa Família, programa de distribuição de renda criado em 2003, no primeiro ano do governo petista. Até janeiro de 2020, o benefício ajudava cerca de 13 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros.

Depois de quase duas décadas, o presidente Jair Bolsonaro substituiu o benefício pelo Auxílio Brasil. A partir do próximo ano, porém, o programa que ajuda famílias em situação de pobreza e pobreza extrema voltará a ser Bolsa Família.

2007

Reeleito no segundo turno das eleições de 2006, com mais de 58 milhões de votos, Lula fez mais um pronunciamento à nação na cerimônia de posse em 1º de janeiro de 2007 no Congresso Nacional. O petista iniciou o discurso falando sobre como ele, homem nascido na pobreza, chegou à Presidência da República.

Após comandar o país durante quatro anos, Lula afirmou que o Brasil estava diferente, e para melhor, “na força da sua economia, na consistência de suas instituições e no seu equilíbrio social”. Disse também que o país ainda tinha injustiças sociais, mas estava diferente, para melhor, “na erradicação da fome, na diminuição da desigualdade e do desemprego”, por exemplo. Na época, ele reiterou que a educação de qualidade seria prioridade de seu mais novo governo.

“Durante a campanha afirmei que meu segundo governo será o governo do desenvolvimento, com distribuição de renda e educação de qualidade”, falou.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada em outubro mostra que Lula investiu e aumentou o sistema de ensino superior e pesquisa, quase dobrando o número de vagas públicas e apoiando a expansão das vagas em faculdades privadas, com bolsas e financiamentos, por exemplo.

Dados da PNDA (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) revelam, de acordo com a Agência Senado, que 13,6% da população brasileira era analfabeta em 2000, antes do início do primeiro governo Lula. Porém, em 2010, penúltimo ano do segundo mandato do petista, a taxa caiu para 9,6%. O governo criou programas como o ProUni (que oferece bolsas em universidades privadas) e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

Prefeitura está construindo modelo do monumento Stonehage em Brumado

A Prefeitura de Brumado está construindo um monumento de grande importância na cidade. Conhecido como Stonehenge, é uma estrutura formada por círculos concêntricos de pedras.

As origens do monumento megalítico Stonehenge continuam envoltas em muito mistério, embora os cientistas já consigam apontar que a obra é datada de algum momento entre o período Neolítico e a Era do Bronze.

Stonehenge acabou tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 1986, e continua a encantar viajantes do mundo inteiro.

Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o secretário de cultura do município, João Nolasco, disse que a ideia partiu do prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (Sem Partido), que está sempre buscando inovação para a cidade. 

Homens e máquinas estão realizando toda a logística para a instalação da estrutura, que envolve dois guindastes, caçambas e carretas para transportar as pedras que vão formar o círculo. Algumas pedras, segundo o secretário, chegam a pesar 35 toneladas. “Vai ser um local de destaque para toda a região. Será um ponto turístico na cidade. Um ponto pra chamar a atenção”, garantiu.

Há relatos de que exista apenas um modelo parecido com o Stonehenge original. Trata-se de um monumento indígena no Amapá, em meio à Floresta Amazônica. Na carência de locais turísticos, o Stonehenge promete colocar Brumado na roda do turismo e fará o município ganhar holofotes mundiais.

Força Nacional atuará na segurança da posse presidencial

A.Brasil

A Força Nacional atuará na segurança, por ocasião da Operação Posse Presidencial, no próximo domingo, dia 1º de janeiro de 2023.

A portaria nº 259, de 27 de dezembro de 2022, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com a autorização da medida está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (28).

De acordo com o documento, os militares participarão das atividades de escoltas, em apoio à Polícia Rodoviária Federal (PRF), em caráter episódico e planejado, no período de 27 de dezembro de 2022 a 2 de janeiro de 2023.

A portaria diz ainda que o contingente de militares a ser disponibilizado obedecerá ao planejamento definido pela diretoria da Força Nacional, da Secretaria Nacional de Segurança Pública.