Por Thiago Braga
Cadê as olarias? Essas pequenas firmas, deixaram de existir, em virtude do “novo tempo”. Atendia a demanda, prendendo – se ao jeito caseiro de fabricar o produto, inspirado na tradição passada de pai para filho. Serviço manual, que exigia “força no braço”, para desempenho da função de oleiro. Caiu em desuso. Agora, técnicas mais rápidas, fazem a massa ganhar corpo e forma. Enormes galpões, alguns na zona rural, abrigavam máquinas, pilha de tijolos e telhas avulsas. O freguês retirava na hora, ou por encomenda, valendo – se da necessidade individual.
Hoje, fábricas desse tipo, é “meia dúzia de gatos pingados”, uma vez substituídas por trabalho moderno. Tinha – se tijolo baiano, telha francesa e/ou “paulistinha” e bloquetes. O barro pré – cozido, colocado em comportas de madeira, eram levados à fornalha. Dali, saiam moldados, prontos para o comércio. Essa mesma atividade se estendeu durante anos, empregando pessoas e rendendo trabalho de estoque, partilha e aproveitamento de material. O labor, constante, durava entre 8 à 10 hs. Uma experiência satisfatória para o “dono do negócio” e seus ajudantes.
Tal ação se perdeu no tempo. Faz parte do ontem, como um ofício que trouxe bons resultados para o trabalhador autônomo. É sabido, pois, que a cerâmica vermelha, de modo geral, identifica um pilar básico da economia brasileira. A área da construção civil, em especial, carece da produção tanto de bloco quanto de cimento, cal, argamassa, pedra lavada, areia, azulejo, granito, etc. Bem divisível. Matéria prima extraída da natureza. Dito isso, a indústria não para de crescer, seguindo um ritmo oscilante de queda e/ou aumento de preços. Além de tudo, a mão de obra boa e barata condiz com o mercado em alta. Lei de oferta e procura.
Comentários