Percentual de mulheres brancas graduadas é mais que o dobro de negras e pardas, diz IBGE
Mulheres têm melhor desempenho que homens em indicadores que analisam o atraso escolar e o nível educacional da população adulta
Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a cor é um fator decisivo “na desvantagem educacional”. De acordo com o relatório, o percentual de mulheres brancas que conseguiram completar o ensino superior (23,5%) é o dobro do de negras ou pardas (10,4%).
Segundo o IBGE, os negros (pretos e pardos) eram a maioria da população brasileira em 2014, representando 53,6% da população. Os brasileiros que se declaravam brancos eram 45,5%. A população brasileira é de 203,2 milhões de habitantes, sendo 98,419 milhões de homens (48,4% do total) e 104,772 milhões de mulheres (51,6%).
Entre homens, também há uma diferença baseada na etnia. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2016 informam que 24,2% dos brancos de 24 a 44 anos concluíram a universidade. Entre negros ou pardos, eram 8,7% com a mesma formação.
O relatório permite afirmar também que a parcela de mulheres com ensino superior completo em 2016 era maior que a de homens. Na faixa etária de 25 a 44 anos, 15,6% dos homens estavam formados – entre as mulheres, o índice foi de 21,5%.
Frequência escolar é maior entre as meninas
O estudo apontou ainda que mais meninas do que meninos frequentam a escola no nível adequado para a idade.
Na faixa etária de 15 a 17 anos, em 2016, 63,2% dos adolescentes do sexo masculino estavam estudando na etapa correta do ensino médio, sem atrasos. Entre as jovens do sexo feminino, a porcentagem era de 73,5%.
Mulheres nos cursos relacionados à ciência
Os dados do IBGE não detalham as áreas nas quais as mulheres têm melhor desempenho. Entretanto, reportagem do G1 com base nos dados do Censo Escolar do Inep apontou que as mulheres representam 60% das pessoas que concluíram cursos superiores no Brasil em 2015.
No entanto, quando são considerados apenas os cursos relacionados às ciências (biologia, farmácia, engenharias, matemática, medicina, física, química, ciência da computação, entre outros), a participação feminina cai para 41% – índice que não registra aumento desde 2000.
Fonte: G1.
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