14 mil pessoas já se acidentaram com escorpiões na Bahia

Faltando pouco menos de dois meses para a estação mais quente do ano, os moradores de Teixeira de Freitas (grande Salvador), estão recebendo uma visita nada animadora com mais frequência: até outubro, a cidade já registrou 165 casos de picadas de escorpiões.

Só para se ter ideia, foram 61 casos durante todo o ano passado. Em toda a Bahia, já foram registradas 14.410 ocorrências envolvendo escorpiões em 2022, de acordo com informações fornecidas pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) à reportagem.

Além de Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista viu os incidentes com picadas aumentarem, levando as secretarias de saúde municipais a criarem serviços específicos para auxiliar a população, como o Serviço de Controle de Escorpiões.

O tipo de escorpião mais presente nas residências é o amarelo, considerado típico do Nordeste brasileiro. Ele vive em frestas e buracos mal rebocados; a sujeira também costuma atrair o animal, que encontra morada em entulhos, madeiras empilhadas e aterros.

Entretanto, o fator mais agravante para a aparição dos escorpiões é justamente o desmatamento: com as mudanças climáticas e seu habitat na natureza sendo destruído, eles acabam migrando para as cidades.

A Vigilância Epidemiológica segue realizando a busca e captura desses animais, e orienta a população a não tentar matar o escorpião por conta própria. Em caso de picada, é recomendado buscar imediatamente por auxílio médico, uma vez que o veneno pode levar à morte em alguns casos e o soro antiescorpiônico é crucial para evitar uma fatalidade.

Orientações: Para afastar a presença do escorpião, deve-se cobrir ralos de cozinha e banheiro, evitar frestas nas construções e afastar camas e berços das paredes. Como o animal peçonhento tem predileção por locais escuros, vale conferir roupas e sapatos antes de usá-los.

Todo o lixo gerado na casa deve permanecer bem fechado, e quem possui gramado deve recolher as folhas que se acumularem. É bom lembrar que a aplicação de inseticidas (como Baygon) não serve para evitar o surgimento, pois a eficácia ainda não está comprovada e ainda pode afugentar o escorpião, fazendo o risco de acidentes aumentar.

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