Nas última semanas, crimes bárbaros contra mulheres foram destaque na imprensa e chocaram a população. Em Vitória da Conquista, a jovem Jéssica Nascimento foi espancada pelo estudante de Engenharia Civil Américo Vinhas Neto. Por conta das agressões sofridas, Jéssica perdeu o bebê que esperava e ficou 16 dias internada na UTI do Hospital de Base, vindo a falecer no último dia 10 de maio.
Nesse sábado (14), na cidade de Tremedal, a 70 Km de Vitória da Conquista, uma adolescente de apenas 14 foi assassinada com um tiro no pescoço. De acordo com informações da polícia, Érica de Jesus do Vale estava na fazenda, quando o seu ex-namorado, identificado como Henrique Barreto, de 24 anos, invadiu a casa da avó da jovem e acertou o pescoço da vítima com um tiro. O suspeito do crime está foragido e o motivo do homicídio, segundo as primeiras informações, pode ter sido o fim do relacionamento.
Esses foram alguns dos casos que ganharam repercussão. No entanto, milhares de mulheres são violentadas todos os dias na Bahia. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, somente nos três primeiros meses do ano, foram registrados quase 10 mil casos de violência contra a mulher.
De janeiro a março, foram feitas 9.795 ocorrências ao todo, entre homicídios, tentativas de homicídios, lesão corporal, estupro e ameaça.
Esses são os números oficiais, que contabilizam as denúncias realizadas pelas vítimas e os casos de conhecimento da polícia, porém, muitos outros não viram estatísticas porque, na maioria das vezes, as mulheres têm medo de denunciar e, consequentemente, os agressores ficam impunes.
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