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Mulher acusa vendedor de loja de preconceito racial em Vitória da Conquista

Foto: Reprodução/TV Sudoeste

Uma jovem denunciou um vendedor de uma loja em Vitória da Conquista, por injúria racial. Segundo ela, o homem insinuou que ela estaria nua por vestir uma roupa preta. Segundo a TV Sudoeste, o caso ocorreu nesta terça-feira (26). Após ser detido, o homem foi liberado em seguida.

De acordo com a jovem, que não quis se identificar, ela seguia para o trabalho quando ouviu o primeiro comentário do vendedor ao passar pela loja em que o homem trabalhava. Ela disse que ignorou. No entanto, quando ela seguia para o ponto onde trabalha, o suspeito fez outros comentários racistas, comparando a cor da roupa com a da pele e insinuando que ela estava nua.

Com apoio da irmã e de outras pessoas que estavam na rua, a jovem resolveu denunciar o acusado. Policiais militares foram acionados e levaram o homem para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) onde o caso foi registrado. Um inquérito foi aberto para investigar o caso. O vendedor, que foi liberado, vai responder por injúria racial.

Mortes de negros por violência física crescem 59% em 8 anos no Brasil

As mortes de negros causadas por violência física cresceram 59% no Brasil, no período de oito anos, ou seja, uma incidência 45 vezes maior que a taxa medida em relação a cidadãos brancos no mesmo período, segundo dados disponíveis do DataSUS. As informações são do Uol.

O número anual de vítimas negras subiu de 694, em 2011, a 1.104, em 2018 — média de uma morte a cada sete horas. O total corresponde à soma das mortes por “agressão física usando força corporal” a dados sobre “agressão por meio de enforcamento, estrangulamento e sufocação”.

O período analisado foi de 2011 a 2018. Os números de 2019 do Sistema de Mortalidade (SIM) ainda são preliminares e estão sendo fechados pelo Ministério da Saúde para entrarem em definitivo no DataSUS.

Durante esses oito anos, o aumento registrado deste tipo de morte entre brancos foi de 1,3%. Já no caso dos negros, o salto foi de 58,9%, crescimento 45 vezes maior.

Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os negros representam a soma de pretos e pardos, representando, atualmente, 56,7% da população.

Em 2016 ocorreu o recorde de mortes de negros, sendo 1.162 assassinatos por violência física. Entre brancos, o recorde da década ocorreu em 2017, com 571 crimes por violência da mesma natureza.

Fonte: atarde.uol

“O racismo está na base da forma de como a gente percebe a sociedade africana”, diz pesquisado…

“Para a gente entender a sociedade brasileira, tem que se considerar a sua pluralidade, e a nossa sociedade é composta por um percentual significativo de afrobrasileiros. Nossos valores, nossa cultura, nossa língua, nossas tradições religiosas, têm uma presença e uma ancestralidade afrobrasileira bastante marcada”, explicou o professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Flávio Gonçalves dos Santos. Nessa terça, 26, o docente apresentou a palestra “De um porto atlântico a outro: modernização, circulação de mercadorias e relações de gênero”, no campus de Vitória da Conquista. A atividade foi promovida pela Especialização em História: Política, Cultura e Sociedade, em parceria com o Departamento de História (DH), com o objetivo de fomentar nos alunos o interesse por pós-graduação.

Para a professora do DH e coordenadora da Especialização, Cleide Lima, o evento possibilitou a apresentação da linha de pesquisa do Mestrado em História recentemente implantado na Uesc. “No sentido de estreitar laços e trazer novas perspectivas de pesquisas para os nossos discentes aqui, tanto da pós-graduação quanto da graduação”, destacou.

De acordo com o professor Flávio Gonçalves, é preciso apresentar para a sociedade brasileira outras percepções da África e das relações que o Brasil manteve com o continente ao longo da sua história. “As pessoas sempre associam a história da África e dos africanos à noção de escravidão. Só que essa história é muito antiga, remonta à pré-história, aos reinos do Egito, e ela é bastante contemporânea, afinal de contas, a África está aí como uma potência em estado de latência que não se desenvolve, evidentemente, por um conjunto de interesses geopolíticos e geoeconômicos”, enfatizou. Nesse sentido, ele lembra: “as conexões atlânticas estão a todo momento ao nosso redor, é só perceber”.

Racismo – A base do distanciamento em relação ao continente africano está centrada em uma noção equivocada de superioridade e inferioridade racial. É o que refletiu o professor: “O racismo está na base da forma de como a gente percebe a sociedade africana. Não é um racismo exclusivo da sociedade brasileira, é um racismo ocidental, proposital, na medida em que o continente africano é subestimado naquilo que ele contribuiu para a sociedade de maneira geral”.

Exemplos dessa contribuição foram citados pelo pesquisador, como a astronomia, a matemática e a filosofia. Além disso, “na própria estrutura do catolicismo, você vai encontrar a raiz da filosofia ocidental na África, no Egito. Se você vai entender as grandes navegações, a construção desse processo de globalização, ou mesmo nos cenários de conflito hoje, boa parte de riqueza da humanidade, de reservas de minério e de água, há uma centralidade do continente africano. Nós precisamos nos humanizar, nos sensibilizar e desconstruir certos estereótipos”, concluiu.

Suíca diz que racismo tem travado Estatuto da Igualdade Racial na Câmara de Salvador

O vereador Suíca (PT) acredita que o racismo tem sido o principal entrave para a votação do projeto do Estatuto da Igualdade Racial na Câmara de Salvador.

“O racismo e muita gente não gosta de falar sobre isso. Já utilizei a tribuna da Casa para denunciar o racismo. Fizemos diversos debates e audiências públicas. E as pessoas ligadas a outras religiões não participaram de nenhuma. Denunciei que isso era racismo”, disse o petista ao BNews durante a concentração para a saída do Ilê Ayiê, no Curuzu, na noite deste sábado (02).

Bahia: MP lança aplicativo para mapear casos de racismo

Fonte: Correio

Será lançado no dia 19 de novembro pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), um aplicativo para mapear os casos de racismo no estado. Quem for vítima ou testemunha de episódios racistas poderá denunciar através do celular. A partir do lançamento, o ‘Mapa do Racismo’ estará disponível para qualquer cidadão que queira baixá-lo no seu celular.

Na data de lançamento, comemora-se o Dia da Consciência Negra. O evento será na sede do MP-BA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, a partir das 9h. A iniciativa é do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis), coordenado pela promotora de Justiça Lívia Vaz, e do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh), coordenado pela promotora de Justiça Márcia Teixeira. O ‘Mapa do Racismo’ possibilitará o georreferenciamento dos casos de racismo e disponibilizará ao público os dados estatísticos dos registros por município. Continue lendo

Número de casos de intolerância religiosa aumenta 300% na Bahia

O número de casos de intolerância religiosa registrados em 2016 na Bahia pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Discriminação (GEDHDIS), do Ministério Público Estadual (MPE-BA), aumentou 300% em relação ao ano anterior. Em nota, o MPE-BA informou que foram computados 13 casos em 2015, enquanto neste ano já foram registrados 56 casos.

Ainda segundo o Ministério Público, os casos registrados resultaram em instauração de inquéritos policiais, denúncias, recomendações e acordos entre as partes envolvidas.

De acordo com o G1, por conta do Novembro Negro, mês do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no último domingo (20), o MPE-BA informou que expediu aos promotores de Justiça e às instituições públicas e privadas, uma nota técnica orientando sobre a imposição de limites sonoros durante cultos e liturgias de religiões de matriz africana.

Segundo a promotora de Justiça Lívia Santana Vaz, que coordena o Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (GEDHDIS), a finalidade é impedir que pessoas ou grupos utilizem o arcabouço legal de combate à poluição sonora para praticar atos de intolerância religiosa.

Brumadense Tiago Zanfolin nega acusação de injúria racial contra Taís Araújo e Majú

Ao lado do seu advogado, o brumadense Tiago Zanfolin Santos da Silva, de 26 anos, conversou com a imprensa na manhã desta quarta-feira (16) e negou as acusações de ter praticado crimes de injúria racial e racismo e de fazer parte de uma organização criminosa.

O acusado explicou que os ataques partiram de perfis falsos criados dentro de um grupo que era administrado por ele. Tiago esclareceu que os grupos foram criados apenas para compartilhamento de conteúdo e outros grupos que não são ligados a esse tipo de crime.

Segundo ele, quando era administrador de um grupo, entre 2013 e 2014, saiu do mesmo e o deixou inativo. Porém, hackers o teriam invadido. Ele chegou a fazer um boletim de ocorrência na delegacia na época. Através do seu notebook e celular, apreendidos pela polícia.

Tiago garante que a polícia poderá comprovar que não faz parte de grupos criminosos. Todos os objetos serão encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica do Rio de Janeiro, onde serão periciados. O jovem permanece custodiado temporariamente na delegacia de Brumado.

                                                                          Repercussão Nacional

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Em entrevista à imprensa, o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio, Alessandro Thiers, explicou em detalhes a operação em sete estados – Rio, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul – que aconteceu mais cedo e teve cinco presos, inclusive um brumadense.

Segundo Thiers, apenas um grupo foi responsável por ofensas racistas na internet contra Taís Araújo, Maria Júlia Coutinho e Sheron Mezes. Ao todo, a ação teve quatro prisões e tem como objetivo cumprir quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.

A operação ganhou enorme repercussão, sendo amplamente divulgada pelos principais veículos de comunicação do país. Os programas jornalísticos da TV Globo estão divulgando o caso. A atriz Taís Araújo comentou o caso. “Fico feliz que a justiça tenha sido feita. Espero que crimes desse tipo, contra qualquer mulher negra, não fiquem impunes”.