Palmas de Monte Alto: Corpo que pode ser de guerrilheiro morto durante ditadura é exumado
Uma ossada que pode ser do guerrilheiro baiano João Leonardo da Silva Rocha foi exumada do cemitério do município de Palmas do Monte Alto, no sudoeste da Bahia, de terça-feira (29) a quinta-feira (31). A informação é da coordenadora-geral da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) – ligado ao Ministério dos Direitos Humanos -, Cristina Schein. Segundo a comissão, João nasceu em Salvador e atuou no Movimento de Libertação Política (Molipo), em São Paulo.
Ele foi enviado ao México em 1969, com o sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, e só retornou ao Brasil em 1971. Em 1975, conforme a comissão, João teria sido morto, aos 36 anos, em uma praça de Palmas do Monte Alto, em confronto com a Polícia Militar. Ainda conforme a comissão, ele é um dos 136 pessoas reconhecidas como mortos em decorrência de participação em atividades políticas, no período da ditadura militar no Brasil.
De acordo com o G1, para fazer a exumação dos restos mortais que podem ser de João Leonardo, foi necessário fazer uma intervenção no cemitério da cidade e exumar os corpos de duas pessoas. As famílias destas pessoas foram comunicadas e autorizaram a interferência, segundo a comissão.
Foi garantida a reconstrução dos dois túmulos afetados. Segundo Samuel Ferreira, coordenador cientifico da CEMDP, que participou do trabalho de exumação em Monte Alto, após exumar os corpos das duas pessoas, a equipe trabalhou na área ao redor e abaixo da sepultura onde eles estavam. Samuel destacou que todos os procedimentos foram feitos com rigorosas medidas científicas, éticas e humanitárias.
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