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Condeúba/Associativismo: Festa em face a semana da Consciência Negra na Associação Quilombola da Vereda Grande

 

 

A dança do carimbó no momento em que as mulheres uma parte da saia

Foi realizada na Associação de Agricultores Familiares da Comunidade Remanescente de Quilombo e Vereda Grande neste domingo dia 24 de novembro de 2019, a segunda festa em face a semana da Consciência Negra.

A Presidente da Associação Remanescente de Quilombo da Vereda Grande Vita de Sousa Reis, saudou e agradeceu a todos pela presença e disse, devido ao horário já estar um pouco adiantado, convido todos vocês para comer essa deliciosa feijoada que está aí feita com muito capricho para vocês, depois seguiremos com nosso evento.

Logo após o almoça a Presidente Vita fez a abertura do segundo evento da Associação em referencia a semana da Consciência Negra. Primeiramente Vita saudou a todos os que deram suas vidas em busca da liberdade dos negros e pediu para que todos os presentes fizesse um minuto de silêncio em homenagem a esses heróis da causa negra.

A seguir anunciou a jovem Arlete Santos que falou com muita propriedade de Nelson Mandela. discorreu sobre sua vida de tantas lutas e vitórias. Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência, nascido na Africa do Sul.

Depois falou Nizete Costa que leu uma mensagem enviada por Ângela Cruz. Em seguida foi a vez de Renata Maria da Silva que falou um pouco sobre o Apartheid, Adrielli falou algumas frases de efeito ditas por Mandela. Outras garotas foram até o microfone e recitaram algumas poesias sempre fazendo referência a causa da Consciência Negra.

 As atrações foram as mais diversas possíveis, como as  apresentações Capoeira Arte e Cultura de Mortugaba de João “Capoeira” seu representante maior, trouxe seus alunos especiais para jogar capoeira e a garotinha de 8 anos Mariane Gomes equilibrista que deu show andando na corda sem nenhuma proteção.

Depois teve as danças do Carimbó, Maculelê e a peça teatral “ABC do preguiçoso”. A animação ficou por conta de Pedrinho do Forró que rompeu animado o dia todo terminando já ao escurecer.

O associado Sr. Antônio botando a mão na massa para fazer os biscoitos cheringa e chimango ao lado do forno para assar na hora

A Presidente Vita finalizou agradecendo a todos os que colaboraram para que essa festa maravilhosa acontecesse, em especial ao vereador José Reis que colocou toda sua estrutura a disposição em favor da festa. Continue lendo

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA. É PRECISO OLHAR PARA O OUTRO COMO DIFERENTE SENDO IGUAL NO BRASIL.

Por Antônio Santana 

No Brasil, continua-se reproduzindo a escravidão do passado com os negros e negras em diversos setores da sociedade nordestina, baiana e brasileira. É inadmissível que em tempos atuais, a população negra sendo maioria seja tratada com inferioridade com relação à população considerada ” branca” elitista no país.

Infelizmente ainda temos e não sabemos por quanto tempo, estatisticamente os piores índices de pobreza, de violência, de desemprego, de moradia, de igual oportunidade na arte, na cultura, na música, na literatura, na religião , nas universidades públicas, na televisão, no jornalismo, na política, bem como em outras áreas e espaços sociais desta mesma Sociedade racista, machista e preconceituosa a qual vivemos com pessoas que não nos aceitam como pessoas que são e pensam diferentes.

É inegável que a raça negra muito contribuiu e continua contribuindo em todos os aspectos para a História do Brasil, da América Latina e do Mundo. Não resta dúvida que o negro, continuará lutando e resistindo para que um dia possa vencer esta escravidão miserável, cruel e estrutural que persiste escondê-lo na sua própria história.

Por esta razão, reafirmo que o negro não precisa de elogios ou comemorações, mas sim, de oportunidade de condição para viver melhor e dignamente como qualquer pessoa na Sociedade brasileira. CONSCIÊNCIA NEGRA PARA QUEM? Um grande abraço! Antônio Santana , Professor, escritor e poeta. Bahia, 20 de novembro de 2019.

A CONSCIÊNCIA NEGRA: PARA BRANCOS OU PARA NEGROS?

HOMENAGEM A SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Por Antônio Santana

Poeta e professor condeubense Antônio da Cruz Santana

Eu sou Antônio da Cruz Santana, Saubarense, baiano, brasileiro, sou negro com muito orgulho, professor, escritor e poeta. Amo a minha família constituída de (pais negros, irmãos negros e avós negros), a minha raça é negra, da felicidade de uma vasta e deliciosa culinária (africana, brasileira e baiana), dos nossos costumes advindos dos nossos ilustres irmãos negros (escravos), escravos africanos e afrodescendentes brasileiros da América do Sul.
Inegavelmente pertencemos sim, a uma descendente RAÇA NEGRA que sofreu muito no passado, mas que infelizmente continua a sofrer em dias atuais não pela ausência de inteligência, mas pela cor da pele e pela falta de oportunidade político, econômico, cultural e social de um país que oferece poucas políticas públicas para tornarmos iguais aos outros.
Sofremos ainda, pelas mazelas de uma gama da sociedade elitizada e excludente que nos julga pela cor como motivo fútil para nos inferiorizar em detrimento da nossa condição social em que a pessoa humana ocupa na pirâmide da sociedade brasileira atual, desestruturada e mal administrada pelos poderosos.
Portanto, ao me colocar e me caracterizar no texto e no contexto da nossa história, não somente assumo a minha condição publicamente de NEGRO, como também a defesa de uma RAÇA dignamente e respeitosamente merecedora de consideração e reparos pelo passado perverso, infame e cruel pelos quais os negros (as) foram e (são) submetidos ao trabalho escravo.
Os negros (as) de ontem que foram maltratados, massacrados, pisoteados, ridicularizados e humilhantemente espancados, torturados e outros até mesmo mortos pelos capatazes dos senhores feudais do século passado condições não muito distante do nosso presente. Enquanto isso, podemos elencar alguns fatores que melhoraram e a serem consideravelmente melhorados como por exemplo, o emprego, a saúde, a educação, a moradia, o lazer, o esporte e tantos outros direitos sociais que são assegurados pela nossa Constituição de 05 de outubro de 1988, que são negados ou violados pelo Poder Público Brasileiro.
Porque infelizmente vivemos em uma sociedade egoísta, machista, desigual, violenta e completamente racista e preconceituosa principalmente com negros e pobres das periferias das pequenas, médias e grandes cidades brasileiras. Porém, é nela que temos que morar, conviver com pessoas de ideias e memórias diferentes, donos (as) de suas verdades e vaidades, vivendo em suas vidas particulares (vazias) de bens espirituais para com os seus semelhantes.
Por outro lado, penso que viver ou comemorar o Dia 20 de Novembro, como Dia da Consciência Negra representada pelo nosso Grande líder Zumbi dos Palmares, significa se reconhecer como seres diferentes e resistentes diante de uma triste lembrança mais vitoriosos por não sermos covardes e não fugir à LUTA. Por isso, cabe-nos perguntar: A consciência Negra para quem, brancos ou negros? Por fim, deixo essa mensagem para conscientemente fazermos uma profunda reflexão acerca não somente do (20 de Novembro) mais dos 365 dias do dia-a-dia da luta e da labuta dos Negros (as) em especial, mais de todas as pessoas e segmentos da nossa sociedade que por um motivo ou por outro se sentem EXCLUÍDOS em todos os aspectos da mesma.
Obrigado meu Deus por eu ser o que sou, sem precisar de mudar de cor ou de quaisquer outras concepções para as quais eu não fui e (nem quero) ser orientado.

VIVA A CONSCIÊNCIA NEGRA BRASILEIRA!!!

Condeúba: As guerreiras negras da divisa da Bahia com Minas

HOMENAGEM A SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

* Por Levon Nascimento

Casinha  de pau a pique de Feliciana e José Martins,
Mandassaia do Alegre ainda estava de pé em foto 2007

Feliciana era uma mulher negra que viveu no Areial, região próxima do Morro da Feirinha, na zona rural de Condeúba, Bahia, divisa com o norte de Minas Gerais.

Ela fazia peneiras de taquaras retiradas de coqueiros e outras palmeiras, junto com as filhas Joaquina, Rita, Euflosina e Francisca. Era a única riqueza de seu trabalho que conseguiam comercializar. Artesãs de mão cheia! As taquaras eram amarradas com cordão de algodão lubrificado com cera de abelha. Começo, meio e fim do processo produtivo todo dominado por elas.

                         peneira de pindoba taquara Fabricação de peneiras de taquaras

A terra onde Feliciana morava ficava sob um pedregulho aos pés do morro. Era assim desde seus pais e avós. Herança dos tempos do cativeiro. Quem sabe, um resquício de quilombo? Talvez, um dos poucos pedaços de chão que sobrou para ela e outros negros da região. Os terrenos bons eram propriedades de brancos.

Mesmo com o rio banhando os fundos da casa, a infertilidade do solo exaustivamente usado por anos não deixava que nenhuma cultura rendesse. No máximo uns pés de mandioca, umas covas de milho e mangueiras que matavam a fome da meninada. E os pés de algodão, para fazer os cordões das peneiras.

Feliciana foi casada com José Martins do Nascimento. Conta-se como lenda que ele foi mais de quarenta vezes a pé a São Paulo para trabalhar. Ganhava muito pouco. Quando chegava, era o suficiente para pagar as dívidas de sobrevivência da família. Já nas últimas expedições à capital paulista, levava consigo alguns dos filhos homens. Retirantes… Viúvas de marido vivo. Continue lendo

Dia da Consciência Negra pode virar feriado nacional

O projeto tramita na Comissão de Educação do Senado em caráter terminativo, ou seja, sem necessidade de ir a plenário se não houver recurso. O site do Senado possui uma enquete em que a população pode opinar sobre a proposta de estabelecer feriado nacional para o Dia da Consciência Negra. Hoje, os votos favoráveis à criação do feriado nacional superam os contrários (762 a 592). Na Câmara, outro projeto, de autoria do deputado Valmir Assunção (PT-BA), também tenta transformar a data em feriado nacional. Por enquanto, o projeto está em tramitação e precisa passar ainda pelo plenário da Câmara.

Condeúba: Secretaria Municipal de Cultura homenageou os negros pela passagem da Semana da Consciência Negra

Por Oclides da Silveira

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Prefeito Silvan prestigiando o grupo do Tamboril que dançaram o Maculelê

A Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Lazer prestou uma bela homenagem aos negros pela passagem da data em que se comemora a “Consciência Negra”. Em Condeúba aconteceu esse tipo de homenagem aos negros de forma pública pela segunda vez, pois, a primeira foi feita pela escola Municipal Eleutério Tavares em 20 de novembro de 2014, na época a diretora da escola Albina Sousa organizou uma passeata com carros e motos saindo de frente a escola passando pelo Centro da cidade indo até o Bairro Bom Jesus e retornado à escola. Continue lendo

Condeúba: Comunidade Remanescente de Quilombola do Tamboril se manifestou no dia da Consciência Negra

Por Oclides da Silveira

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Dança do Maculelê

Hoje dia 20 de novembro de 2017, a Comunidade Remanescente de Quilombola do Tamboril se manifestou no dia da Consciência Negra, pelo terceiro ano consecutivo essa Comunidade faz movimento em homenagem às conquistas da Consciência Negra. Desta vez foram apresentados danças, musicas, recitais, em suma, foram vários números com alunos das escolas municipais do Tamboril e do Alegre.

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Dançarinas do Olho D’água

Foi exibido a dança com as garotas da Fazenda Olho D’água, tendo a coreografia de Kawane Silveira e também a dança do maculelê. Interessante que todos os movimentos de qualquer natureza sempre se referenciava aos negros. Assim como, todos os alimentos que serviram no lanche da tarde, são iguarias usadas pelos negros desde a época da escravidão. Continue lendo

Dia da Consciência Negra no Brasil

ANTÔNIO SANTANA – Professor, Escritor
e Poeta

Santana
Professor Antônio da Cruz Santana

 

O Brasil continua demonstrando ser no século XXI ainda um país racista, machista e preconceituoso não exclusivamente com a Comunidade Negra, mas com os pobres de modo geral. Um país que oferece poucas oportunidades para essa gama da população mais sofrida, marginalizada e penalizada por falta de políticas públicas concretas e responsáveis por parte dos nossos gestores públicos. É possível observar claramente que em diversas áreas do conhecimento humano intelectual ou profissional, os negros são sempre discriminados ou excluídos de exercer cargos/funções importantes nas instituições públicas e particulares pelo Brasil a fora. Para se ter uma ideia em 2003, quando foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira, muitas escolas particulares das elites se recusaram a cumprir a mesma acima mencionada. Esse é apenas um dos absurdos e da irracionalidade praticados por uma meia dúzia de “brancos”, que se sentem superiores à raça negra brasileira. Sem falar nas diversas formas de violência praticadas contra os negros das favelas, periferias e bairros populares das pequenas, médias e grandes cidades do Brasil. Quero ressaltar, que as mulheres negras e pobres em sua maioria continuam em suas senzalas presas, trancafiadas, dominadas, humilhadas, espancadas e violentadas por monstros travestidos de homens na sociedade brasileira. Mulheres que não podem se expressar com medo de morrerem, por causa de leis machistas que não as protege. Que ora são desassistidas por governos corporativistas que não conseguem se quer proteger o seu povo, no combate à violência que parece não ter mais fim no país. Continue lendo

Condeúba: Viva dia 20 de novembro!!! Salve a Consciência Negra!!!

Por Oclides da Silveira

Ciríaco
Comendador Ciríaco Ribeiro da Silva

Hoje é 20 de novembro de 2017 dia da “Consciência Negra”, fizemos aqui nesta matéria uma pequena demonstração do que temos feito ao longo destes dos 8 anos de existência Jornal Folha de Condeúba, em prol do nego e em defesa do fim do racismo. Enquanto tivermos forças, estaremos lutando em defesa da raça “Negra”. Não por ser uma causa que dá ibope nos dias de hoje, mas, por uma questão de desequilíbrio da sociedade fazer distinções entre raça e cor, sendo que não há nenhuma motivação plausive para que isso ocorra.

Para rememorar a data de hoje 20 de novembro dia da Consciência Negra, fizemos as republicações dos títulos e datas das matérias que já foram publicadas, pelo Jornal Folha de Condeúba ao longo de sua existência,  as quais fazem referência aos negros. Continue lendo