Registros de agressões contra a mulher aumentaram cerca de 130% no último ano em Brumado

janine-caldeira-achei-sudoesteFoto: Lay Amorim/Achei Sudoeste

Os registros de violência praticados contra as mulheres mostram um aumento de mais de 130% em 2017, em comparação com o mesmo período de 2016, de acordo com dados levantados pelo Centro de Referência Especialização de Assistência Social (Creas) Chico Xavier.

O órgão já atendeu 259 situações de agressões praticadas contras as mulheres no município de Brumado. Desde a sua instalação em 2009, o ano de 2017 já é considerado como o ano mais violento contra a mulher e nem sequer foram finalizadas as coletas dos dados. Apesar de altos, os números não revelam nem 10% da real somatória do que acontece no município.

Em entrevista ao site Achei Sudoeste, a coordenadora e assistente social do Creas, Janine Caldeira, afirmou que ainda há a agressão oculta, em que as vítimas acabam não apresentando queixas das agressões sofridas perante os veículos de atuação por intimidação do agressor ou por vergonha. Assim, muitas mulheres convivem em silêncio com a violência doméstica.

O que mais preocupa as assistentes sociais do Creas é o fato de a grande maioria das ocorrências acontecer dentro do seio familiar, em sua maior parte praticada por maridos, companheiros e até filhos e netos das vítimas. Mesmo com os dados irreais das agressões praticadas, o quadro é considerado emergencial.

O conselho de segurança ainda está em formação, porém, diante do quadro, o Ministério Publico Estadual já provoca o órgão a somar esforços com o poder público e outras esferas da segurança no intuito de conquistar a implantação da delegacia de defesa da mulher na cidade.

“Aqui, mesmo com os casos obscuros, nós temos um índice elevadíssimo de agressão contra as mulheres e esse não é um problema de pobre, pois os registros se refletem em todas as camadas sociais do município”, disse a coordenadora social.

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