QUANDO…

Por Antônio Santana

Olha meu bem,
Quando acordares veja ao seu redor que nenhuma manhã será e terá o mesmo sentido e nem a mesma sensação de outrora.
Porque você não é e nem será mais a mesma.
Quando olhares para mim e não me veres mais, perceberás que o nosso amor acabou.
Que a nossa vida se desmembrou, se desconectou, se separou do plano sentimental dos nossos corpos quentes e sedentos pedindo para se ficarem.
Quando repousares no seu leito querendo fechar os olhos para dormir, sentirás o peito apertar e o coração reclamar de dor.
Quando o teu cérebro se inquietar à noite de tanto pensar em mim, e a tua boca sentir a falta dos meus beijos…
Saberás voltar atrás e Pedirás perdão reconhecendo que o teu egoísmo perdeu a batalha.
Então, correrás para os meus braços chorando de dor por não ter me amado.
Quando o tempo puder esperar isso acontecer, eu juro que não vou abandonar você.
Quando sentires o frio no corpo por falta do calor dos meus braços, verás que não vale a pena me perder para sempre.
Quando sentires a necessidade e a vontade na ausência do meu corpo, sinta o aroma dos nossos melhores momentos em que estivemos juntos.
Quando por um momento de embriaguez de amor, dizíamos um para o outro que o nosso amor era para sempre.
Quando sentires vontade de sumir, de desaparecer do mundo ou de morrer…
Faça tudo comigo antes, porque nascemos um para o outro e não devemos nos separar.
Ainda que estejamos nos afogando no fundo do mar.

Antônio Santana
Escritor e poeta
Condeúba – Bahia.

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