Polícia Civil do Paraná conclui inquérito de homicídio de petista por bolsonarista em Foz do Iguaçu

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu nesta quinta-feira o inquérito policial que investiga o homicídio do guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda, ocorrido último domingo, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. Segundo a entidade, na investigação, foram ouvidas 17 pessoas, dentre testemunhas que estavam no local dos fatos e familiares do guarda municipal e do policial penal federal.

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A PCPR informou que analisou imagens de câmeras e cumpriu diligências complementares. O Secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita, o delegado chefe da 6ª Subdivisão em Foz do Iguaçu, Rogério Antônio Lopes, a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, a delegada da Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, Iane Cardoso, e o promotor de justiça do GAECO, Tiago Lisboa, darão uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, às 10h30.

O guarda municipal Marcelo Arruda, ex-candidato a vice-prefeito na chapa do PT de 2020 em Foz do Iguaçu (PR), foi assassinado na madrugada do último domingo durante a comemoração do seu aniversário. Por causa da festa com tema do PT, José da Rocha Guaranho teria interrompido o evento e atirado contra Arruda.

O GLOBO teve acesso ao Boletim de Ocorrência registrado na 6ª Subdivisão Policial de Foz de Iguaçu. No texto, os policiais narram que chegaram ao local e encontraram as duas vítimas caídas no chão. As testemunhas, todas presentes à festa de aniversário, contaram aos agentes que Jorge José da Rocha Guaranho chegou ao local em seu carro, onde também estavam sua esposa e sua filha, uma criança de colo. Ao descer do veículo com arma em mãos, ele gritou “Aqui é Bolsonaro” na direção das pessoas.

Nesta quinta-feira, a família de Marcelo Aloizio divulgou um texto convidando a população para um ato pela paz, descrito como inter-religioso e suprapartidário, no município no próximo domingo, dia 17. A concentração está marcada às 10h na Praça da Paz, na Avenida Juscelino Kubitschek, perto da Feirinha da JK.

Irmão do agente penal Jorge Guaranho, John Lenon da Rocha Araujo, afirmou não acreditar haver motivação política no crime. Segundo o empresário, Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, se sentiu desrespeitado por ter sido provocado na frente da família pelo guarda municipal e voltou ao local do crime apenas para tirar satisfação com o petista.

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