O PRC (Partido Republicano Cristão) esta na fila do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para virar a 36º legenda brasileira. O partido tem uma vantagem: está sendo articulado com ajuda da Assembleia de Deus, a maior igreja evangélica do Brasil (30% dos 42 milhões de fiéis no Censo 2010, sendo que o total de evangélicos já saltou para três em dez brasileiros).
A fé facilita a coleta de assinaturas mínimas que o TSE exige para formar um novo partido –486 mil, ou 0,5% dos votos válidos na última eleição para a Câmara. De acordo com o presidente do PRC, deputado Ronaldo Fonseca (ProsDF) e coordenador da bancada de 24 deputados ligados à Assembleia de Deus, já foram 300 mil registradas em cartórios país afora.
No ano passado, Fonseca assinou relatório próEduardo Cunha (PMDBRJ), e tentava anular a cassação do ex-parlamentar na Casa. Os dois são assembleianos.
A principal bandeira da nova sigla será a família. “Aquela chamada tradicional, com o princípio básico bíblico da família hétero” , explica o coordenador político da convenção das ADs, pastor Lélis Marinhos.
O deputado Fonseca estima que o PRC já saia com uma bancada de pelo menos 20 deputados, que em março de 2018 poderão se aproveitar de uma janela da Justiça que autoriza o trocatroca partidário sem sanções eleitorais.
O objetivo é protocolar o pedido de criação do partido no TSE até o fim do ano e investir em cargos legislativos em 2018. Fonseca quer que o número da sigla seja 80. “Ou oito ou 80, né?”.
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