Já pensou em como seriam suas idas ao banheiro sem papel higiênico ou chuveirinho? Esse produto de higiene, frequentemente considerado trivial, se torna indispensável quando nos falta em um momento crucial no banheiro.
Mas como nossos antepassados mantinham a higiene antes do papel higiênico se popularizar no século 19? E o que diriam ao ver esse produto hoje?
Antes era bem mais trabalhoso
Na era cristã, os romanos tinham o tersorium, um bastão com uma esponja na ponta, que era mantido em um balde com água salgada ou vinagre. Já os gregos usavam as mãos ou pedras, enquanto os mais sofisticados preferiam folhas de alho-poró.
Na época medieval, a higiene pessoal não era tão valorizada. Para se limpar, as pessoas utilizavam o que havia disponível: feno, folhas de árvores ou até mesmo as bordas de suas roupas.
Nos tempos modernos, até o século passado, os europeus usavam páginas de jornais ou catálogos para a higiene pessoal. Esse método improvisado era comum antes da popularização do papel higiênico no século 19, como destaca o site Ouest France.
Tecidos delicados e cartas já lidas.
Para a higiene, no século 16, os mais endinheirados usavam um tecido de cânhamo e linho chamado oakum. Veludo e cetim, famosos pela maciez, também eram opções, e os lenços de renda da Comtesse du Barry, da corte francesa, representavam a elegância.
Na época, o papel não era comum na higiene pessoal; era raro e caro, utilizado principalmente para livros e correspondências.
No entanto, escavações revelaram que fragmentos de manuscritos encontrados em latrinas indicam que cartas, após serem lidas, também serviam para se limpar.
Papel higiênico já está ultrapassado
O americano Joseph Gayetty deu os primeiros passos rumo ao papel higiênico, em 1857. Seguindo sua perspicácia, os irmãos Scott aperfeiçoaram o conceito ao desenvolver folhas separáveis de papel em um rolo.
Com a chegada dos banheiros com encanamento, essa inovação, mais prática e higiênica do que o jornal, foi totalmente adotada.
Mas, hoje, os médicos argumentam que o papel higiênico não é a opção mais indicada e segura para a higiene íntima.
“É importante deixar claro que a melhor forma de higienizar a região ano-genital é sempre lavá-la com água corrente e sabão. Apenas assim garantimos a eliminação dos resíduos fecais e não causamos trauma à pele do local”, esclarece a cirurgiã e coloproctologista Lêda Telesi Castro, especialista em hemorroidas e médica no Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto (SP).
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