Feira: APLB é contra retorno à aulas presenciais caso não haja vacinação dos docentes
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), da cidade de Feira de Santana, no Portal do Sertão, afirmou que a categoria é contra a determinação judicial que defende o retorno das atividades presenciais de ensino no estado até 1º de março, sem que haja a disponibilidade de vacina contra a Covid-19 para os professores da rede.
A diretora Marlene Oliveira disse ser contra a determinação da juíza Juliana de Castro Madeira Campos, da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, que determinando a retomada das atividades escolares.
Para a diretora da APLB Sindicato, culpou o governo em relação a ausência de atividades remotas na rede municipal de ensino. “A categoria está com os salários cortados e ainda será realizada uma audiência no dia 24 de fevereiro sobre este assunto. Mas quanto às atividades remotas, o governo não se organizou, nem todas as crianças possuem internet em casa, o que é diferente da rede privada. Quem estuda em escola particular, os pais possuem condições melhores em termo financeiro, já na rede municipal, pais que fazem parte de uma classe desempregada não possuem internet, não possuem computadores, smartphones e esta é a realidade do povo brasileiro”, defendeu.
Ainda em entrevista ao programa, Marlene defendeu a impossibilidade do retorno às aulas presenciais até que a categoria seja vacinada. “Como é que vai ter aula presencial se não tem vacina? A APLB já decidiu isso, em São Paulo, os professores não vão para as salas de aula, a grade será remota porque não tem vacina. Seja escola pública, seja escola particular, não há condições. Existem professores com doenças de comorbidade, é pressão alta, é diabetes, então eu quero dizer que vai ter um genocídio da nossa categoria”, disse.
Ainda de acordo com a presidente, a decisão em relação ao retorno das atividades deve passar pelo conselho de educação. “Prefeito, acho que o senhor precisa vacinar todos os professores de Feira de Santana e, a partir daí, as escolas voltarem com as atividades presenciais, mas sem vacina não. Iremos fazer uma reunião, já que não pode fazer assembleia, reunindo mais de 50 pessoas. Então iremos promover essa reunião, até porque o prefeito precisa ter a responsabilidade com a nossa categoria, porque senão é um genocídio total dos trabalhadores da educação”, finalizou.
Fonte: Bahia Notícias
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