Empresas investigadas pela PF se revezavam em licitações na prefeitura de Caetité

A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU) desencadearam a “Operação Burla” a fim de investigar um esquema criminoso de fraudes em licitações que tinha como objetivo desviar dinheiro público.

O esquema pode ter movimentado cerca de R$ 80 milhões na região. De acordo com o radialista Bonny Silva, Caetité figura entre as cidades onde as empresas participantes da fraude atuavam. Todas as licitações na modalidade Carta Convite foram feitas com as empresas investigadas na operação.

A Prefeitura de Caetité contemplou as seis empresas do esquema criminoso: JK Tech Construções Ltda, Fernandes Projetos e Construções, Construjam Construções, Construtora Birajara, Companhia Brasileira de Serviços Industriais e Infraestrutura Ltda (Cobra Siel), da Euplan Construções e da Cotrimax, fazendo um rodízio entre elas.

Além disso, questiona-se o valor licitado pela prefeitura, de R$ 12 milhões com horas de máquinas para recuperação de estradas e mais R$ 3 milhões e cem mil com roçagens, o que daria para comprar mais de vinte máquinas novas.

Segundo o procurador do MPF, Vitor Cunha Souza, esta é a modalidade mais adequada para o administrador realizar falcatruas. “É a modalidade que permite campo propício para fraude, uma vez que o agente público escolhe as empresas que vão participar”, disse.

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