Condeúba completou dia 14 de maio 157 anos de Emancipação Política, veja sua história

Por Oclides da Silveira

Parabéns Condeúba pelo seu aniversárioCondeúba completou dia 14 de maio de 2018, 157 anos de emancipação política

Nesta segunda-feira dia 14 de maio de 2018, Condeúba completou 157 anos de emancipação política. Neste dia houve apenas um evento pela manhã, começando às 8:00 horas na frente do Prédio da antiga Intendência, onde ocorreu o Ato Cívico com a participação de todas as escolas municipais, inclusive as do campo. Desta vez foi diferente do ano passado, quem participou do Ato foram os alunos coordenados pelos professores e diretores das escolas.

O Chefe do Cerimonial Paulo Henrique convidou a todos para se posicionar e cantar o Hino Nacional que foi entoado pela aluna Isabela Lima do 2º ano da Escola Eleutério Tavares, momento em que o Prefeito de Condeúba Silvan Baleeiro hasteou a Bandeira Nacional, o Secretário Municipal de Educação Weder Spinola hasteou a Bandeira do Município e o Presidente do Legislativo Municipal vereador Silvano dos Santos Pereira hasteou a Bandeira do Estado. Por último, e cumprindo-se com a Lei Municipal, foi executado o Hino de Condeúba através dos alunos da Escola Alcides Cordeiro.

Parabenizamos mais uma vez Condeúba pelos seus 157 anos de emancipação política. Assim como toda a administração envolvida nestas festividades, em especial a estrutura da Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Lazer em nome dos seus organizadores diretor Ygor Roberto, e o coordenador de esportes Alexandre Vieira que tiveram um desempenho formidável, a frente da Secretaria neste período.

Em homenagem aos 157 anos de emancipação política de Condeúba, resolvemos fazer um prévio levantamento dos seus pontos turísticos bem como parte dos históricos, os quais estamos nesta matéria estratificando com detalhes, para que sirva de ajuda àqueles que necessitem de buscar dados do município para fins de trabalhos, estudos, pesquisas e outros. Os postais aqui citados, suas fotos bem como suas descrições, foram feitas rigorosamente por pessoas  de ótimo conhecimento na sua respectiva área. Por isso, recomendamos a leitura por inteiro desta matéria, pois, ela está riquíssima em conteúdo, boa leitura.

PONTOS TURÍSTICOS DE CONDEÚBAFoto: Warley “Veia” – Marco Zero ou Estátua do Centenário

O Marco Zero seria o ponto da pedra fundamental da cidade. Mas, existe um marco em frente ao Paço Municipal que dá algumas informações sobre à cidade. Algumas datas importantes como a 14 de maio de 1861 dia em que o município foi emancipado de Caetité com o nome de Vila de Santo Antônio da Barra.
Outra informação é quanto ao nome de Condeúba, de origem Tupi significa Pau de “Candeia”. Distância do município em relação a Salvador Capital do Estado da Bahia, cerca de 696 km.

Foto: JFC – Igreja Matriz de Santo Antonio

Construída e abençoada em 1745 como Capela em homenagem a Santo Antônio, estando deteriorada, foi demolida e construída outra maior á qual foi abençoada em 1765. Com o passar do tempo, foi elevada a condição de Matriz em 1851 começando assim a vida da Paróquia de Santo Antônio de Pádua. No entanto, no tempo do Padre Waldemar Moreira da Cunha passou por várias reformas, como a construção da torre. As paredes e os altares seguem o estilo Barroco. Além de belo altar-mor, a nave tem mais seis altares: Senhor dos Passos, Coração de Jesus, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Aparecida. Têm também dois oratórios São Judas Tadeu de um lado e Santa Rita de Cássia do outro. A Igreja Matriz foi o primeiro cemitério de Condeúba, tendo em vista haver várias sepulturas em todo o templo. A última reforma foi feita pelo Padre Giuliano Zattarin e inaugurada pelo Padre Osvaldino Alves Barbosa que atuou em Condeúba por dois anos e meio. ALTAR-MOR DA MATRIZ
Construído em estilo Barroco, é talhado em madeira de lei, dentro elas o cedro. Possui seis imagens: Santo Antônio ao centro, São José, São Sebastião, São Benedito, Senhora Santana e Senhor do Bom Fim. Ao alto possui o Sacrário Santíssimo Sacramento que é o centro principal da Igreja. Duas figuras bíblicas se destacam na parte superior; Moisés com as tabuas da lei e Elias.

Foto: Medonho – Anfiteatro Dom Homero Leite Meira

Trata- se de uma reforma efetuada pelo prefeito Jose Augusto Ribeiro nos fundos da igreja matriz de Santo Antônio. Construiu se então uma espécie de arena com arquibancadas a qual serve para espetáculos de artes cênicas, shows musicais, danças folclóricas, poesias, cantorias, lançamento de livros, forrós, folia de Reis e outros eventos. A parte inferior serve de ponto de largada para corrida, ciclismo e passarela de carnaval. Recebeu a denominação de Anfiteatro Dom Homero Leite Meira pela Câmera Municipal de Condeúba, através de um projeto de Lei de autoria da vereadora Maria da Conceição Nascimento.

Foto: Medonho Capela de São João Batista – antiga 164 anos de construída

Construída em 1854, a primeira igreja pequena da cidade, foi demolida e construída outra no mesmo local em 1961 pelo Padre Waldemar e levou o nome de Capela São João Batista, localizada na Rua 15 de Novembro. As paredes são de adobe deitado, popularmente conhecido por “tição”. O altar lembra um pouco o estilo neoclássico, porém as paredes seguem a estrutura do Barroco. Tem uma Sacristia grande, coisa que as outras capelas mais modernas não têm, como a de Bom Jesus, por exemplo. Sua festa é realizada no 1° domingo Julho, antecedente de um Tríduo preparatório.

Foto: Medonho – Gruta de Nossa Senhora Aparecida, 45 anos de construída

No lugar onde foi construída a gruta de Nossa Senhora Aparecida, havia um cemitério, conhecido por Cemitério do Barão. Padre Homero Leite Meira quando trabalhou e morou em Condeúba a construiu. Foi inaugurada em 1972 pelo Padre Redentorista Vitor Coelho de Almeida, do Santuário de Aparecida em São Paulo, o qual que era muito amigo de Dom Homero e veio nos prestigiar aqui em Condeúba. Com pedras e rochas trazidas da barragem de Condeúba foi possível construir uma gruta artificial para Nossa Senhora Aparecida, cuja festa é celebrada no dia 12 de Outubro, em todo território nacional.

Foto: JFC – Capela do Santíssimo Sacramento e antiga Casa Paroquial

Localizada na Rua Padre Waldemar ao lado da antiga Casa Paroquial, a capela serve para adoração ao Santíssimo. Foi construída em 1975 por Arlindo Alves e pelo Vigário da época, Padre Homero, porém foi reformada em 1988 pelo Padre Tiziano G. Crepaldi. Fica aberta aos fieis diariamente das 06h00min às 18h00min. A escadaria que conduz ao Orago foi feita pelo Padre Giuliano Zattarin. É um local de sossego, tranqüilidade e oração. Quem nele penetra ouve a voz de Deus. A casa paroquial antiga foi o imóvel onde residiu o Padre Waldemar, Dom Homero e outros padres que passaram por Condeúba. A fachada é belíssima, possui vários cômodos e quintal grande cheio de plantas e árvores frutíferas. Não se sabe ao certo em que ano fora construída, mas é um prédio belíssimo. Atualmente, está alugado para a Secretaria de Ação Social. Até bem pouco tempo, era a casa das irmãs da Redenção com pintura nova, o prédio tomou outro aspecto.

Foto: JFC – Barragem do Champrão – com 63 anos de construída

BARRAGEM DO CHAMPRÃO EM CONDEÚBA:- O lugar é bastante agradável e acolhedor. Quando sangra, as águas que correm formam pequenas quedas d’água, fazendo com que os banhistas aproveitam para devaneio. As águas são represadas pelo açude Champrão, construído pelo DNOCS em 1955. Alimentada por águas do Rio Condeúba as quais são oriundas da Ferinha e do Alegre, serve á EMBASA que vende á população por preços exorbitantes. Nosso açude precisa de proteção e cuidado, porque é dela que nos alimentamos. Essas águas têm socorrido todo o município, em época de seca, além de abastecer os municípios de Cordeiros e Piripá.  DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra a Seca
Foi muito bom enquanto pode atuar no Brasil. O objetivo era a construção de grandes barragens. Condeúba ficou privilegiada, quando o Governo Federal através do Ministério do Interior, determinou a construção de uma barragem no sudoeste da Bahia, de modo especial na cidade de Condeúba. Havia vários funcionários que trabalharam em Condeúba. A beira do Açude Champrão foi construída guaritas que serviram de moradias e escritório do órgão. Para a construção do açude foi comprado terreno dos moradores do Cajueiro. O Dnocs tem uma área equivalente a 50 há de terra. Era cercada com plantas frutíferas e fazia uma fiscalização nas terras. Muitos trabalhadores rurais adquiriram lotes para plantação de produtos agrícolas para subsistência familiar. Com o passar do tempo, os funcionários do sexo masculino foram falecendo, deixando muitas viúvas na cidade. As terras ficaram abandonadas, as cercas caídas e a água mal tratada com deterioração do meio ambiente. Porém a banca do Açude ainda exerce forte atração turística, tendo em vista a água e a bela visão que se tem do longínquo Morro de Condeúba. Outrora, quando corria água pelo sangradouro, se via peixes diversos nas águas cristalinas. A pesca era forte, as principais espécies eram o piau, traíra, piaba, camarão, tilápia, lambari e apanhari. Mas, quando se colocou a piranha, adeus, peixes pequenos.                                            BEM-TE-VI
O Bem-te-vi ainda é o lugar formidável para passeio e piqueniques. Há muita árvore preservada da destruição ambiental. Passa por lá o Rio Condeúba que lança suas águas no açude Champrão. O Bem-te-ví conserva sua beleza natural de lugar pitoresco próximo á cidade.

Foto: JFC – Cadeia velha construída em 1921 pelo Intendente João da Silva Torres (1920 a 1923), falecido no dia 15 de maio de 1958 vítima de acidente de trânsito, ele vinha de Salvador num Jeep, a porta se abriu ele caiu e quebrou o pescoço indo a óbito ainda no local. 

A cadeia velha de Condeúba já foi outrora prédio do almoxarifado municipal situado na Praça Rui Barbosa. Antes, porém, serviu de prisão, dependências do Paço Municipal. A velha cadeia tinha quatro celas, duas grandes e duas pequenas. Funcionou também como delegacia de polícia. O prédio, apesar de ser bem construído, está em ruínas. Ainda conserva um ar sombrio e tímido. Talvez seja pelos prisioneiros que por lá ficaram e que foram judiados por PMS (POLICIAIS MILITARES) pode servir para museu ou arquivo publico, porém passando por reformas.

Foto: JFC – Casarão de Dr. Osvaldo de Assis Silva Torres – Construída em 1902 pelo  Intendente Gustavo de Oliveira Torres

Casarão de Dr. Osvaldo de Assis Silva Torres foi construído pelo Intendente Gustavo de Oliveira Torres em 1902, por lá se passaram a antiga loja de Jovininho, casa de Neuton Viana, e foi uma das primeiras escolas de Condeúba. É um edifício de relevante interesse arquitetônico, construído de pavimento térreo e mirante. Apresenta se partido em L com o corpo principal de forma quadrada e coberto por telhado de quatro águas e apêndice posterior, recoberto por telhado de quatro águas, e apêndice posterior recoberto por telhado de meia água. As fachadas são emolduradas por cunhais, frisos e cornijas, serve de moradia á família de Dr. Osvaldo. A área construída é de 471 m2, o ilustre Advogado fez bela reforma no edifício tornando-o majestoso monumento que embeleza a Praça Jovino Arsênio Silva Filho.

Foto: Medonho – Casarão do Coronel Manoel de Assis Ribeiro

CASARÃO DO CORONEL MANUEL DE ASSIS RIBEIRO:- Sobrado de valor ambiental com dois pisos e planta regular. É coberto por telhado em três águas que correm para bicas fixadas na extremidade da cachorrada o pavimento inferior está dividido por um desnível de 70 cm. A parte posterior é coberta pelo prolongamento de uma das tacanicas. As fachadas apresentam portas ao nível térreo e as janelas superiores com vergas abauladas. Elas não coincidem com o nível dos demais vãos do sobrado. A área construída é de 403 m2. Foi residência do delegado de polícia Euclides da Rocha Lima, ficando este sobrado conhecido por: “o cassarão de Crida”. Na parte inferior funcionou como bar no qual havia grandes bancas de snooker.

CASARÃO DA FEIRINHACasa Grande pertenceu ao Coronel Joaquim Alves – construída em 1745

Ainda existe na Fazenda Moro de Condeúba distante há um quilometro da sede do Distrito da Feirinha, a Casa Grande que pertencem aos herdeiros de Políbio Rodrigues de Carvalho. Essa Casa Grande pertenceu aos Senhores de Engenho, onde moravam também escravos. O aspecto é de casa de fazenda com senzala. Havia o tronco onde se dava castigo a negros foragidos e escravos. As bodas de ouro de Sr. Políbio foram comemoradas nesta fazenda, que, após a morte do casal; Políbio e Anésia Carvalho, fez-se o inventário do imóvel, porém até hoje a propriedade não foi vendida.

Foto : Alexandre (Tam) Estádio Municipal Parmênio Ferreira “Parmenão” – Semifinal do Campeonato da Zona Rural 2017 Tiradinhos 1X1 Cerquinha, classificou Tiradinhos

O Estádio Parmênio Ferreira é um dos melhores da região Sudoeste da Bahia. O gramado está sempre bem tratado. Tem capacidade para três mil pessoas. Quando há disputa entre a seleção de Condeúba com a seleção de outra cidade é bem freqüentado. Arquibancadas só existem do lado oposto ao nascente do Sol. Há os vestiários para os times de futebol. Nesse estádio disputam-se os campeonatos da zona rural e da cidade. Quando há torneio intermunicipal, a torcida fervilha, o estádio fica lotado com gente jovem e bonita vinda de todas as partes da cidade. A bilheteria movimenta se bem a preços módicos a entrada.
Há outro estádio com nome de Agostinho Alcântara que fica a margem direita do Rio Gavião. Porém, este é antigo, cercado com telas de alambrado, não é gramado e sem arquibancadas. Serve para treinos de atletas amadores. Era o antigo estádio da cidade, cujos atletas de futebol trouxeram alegria para a torcida local.

Foto: JFC – Fórum Desembargador Jaime Bulhões – construído há 35 anos

O Fórum:- Este Fórum foi construído quando Antônio Terêncio era o então prefeito de Condeúba. Foi inaugurado em 20 de Março 1983, por Dr. Mario Albiani – Desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia. Trata se de um amplo e belo palácio onde se espera imperar a justiça. Possui varias repartições entre elas o salão do júri, em posição central, pela lateral direita de quem entra, estão o Cartório de Registro Civil cuja titular é Donária Novais Santana de Andrade, o Cartório do Crime; o qual tem como titular Antônio Alves de Almeida; o Cartório dos Feitos Cíveis e Comerciais com a titular Márcia Otávia da Silva Cunha; O Gabinete da Promotoria Pública, O Gabinete do Juiz de Direito e a cantina; pela lateral esquerda existem: salas para advogados, O Cartório de Imóveis e Hipoteca, tendo como titular Maria da Conceição Silva; o Tabelionato de Notas, cujo titular é o Senhor Vanderlei Fernandes da Silva, o Cartório Eleitoral, tendo a Dra. Valéria Alves de Santana Franco como titular; e, no final do salão os sanitários.
O Fórum Desembargador Jaime Bulhões marca a presença de nossa Comarca criada pela Lei Provincial de n° 1997, de 9 de Julho de 1880 com o nome de Comarca de Santo Antônio da Barra classificada na época como 1ª Entrância. Atualmente a Comarca é de 2ª Entrância com três termos: a sede (Condeúba), Cordeiros e Piripá.

Foto: Elizeu Brito – 2018

MORRO DA FEIRINHA:- Este morro tem uma altura de 1.400 metros, é visto da cidade de Cordeiros, é de belíssimo aspecto. As cachoeiras existentes na região do Distrito da Feirinha do Morro são de pequenos riachos permanentes, cristalinos e potáveis, proporcionando aos moradores da localidade paz e tranqüilidade, sem falar no exuberante bucolismo, são de admiráveis encanto. O potencial hidráulico no entorno da colina tem contribuído para a vida dos amantes da natureza e dos seus moradores sossego e segurança, a ponto de ter pequeno curso d’água, passando pela porta da cozinha da família do Sr. Albino Alves.
Nas escalas em que o Padre Giulliano realizou ao Morro, conseguiu mais de 400 fiéis ao ponto mais elevado da colina, uma caminhada de 4 horas entre subida e descida. Levaram grande cruzeiro na primeira excursão, totalmente desmontado, e que ao chegar ao topo, foi devidamente mudado pelos marceneiros e colocado no pico do referido Morro como um ato de fé Cristã. Na segunda viagem, colocou-se aos pés do Cruzeiro uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. A visão do alto é deslumbrante, mas, a subida até o ápice é assustadora, porque a impressão que se tem é de estar ao abismo.

Foto: JFC – Paço Municipal, antiga Intendência e Prefeitura Velha – construído há 137 anos, sua construção demorou 28 anos para concluir

PAÇO MUNICIPAL:- A casa de câmera e cadeia de Condeúba é conhecida com os nomes de Paço Municipal, antiga Intendência ou Prefeitura Velha. A obra foi iniciada em 1853 e concluída em 1881. Tem 348 m² de área construída e seu estilo lembra o Barroco. Edifício de relevante interesse arquitetônico, desenvolvido em dois níveis, com planta quadrada, recoberta por telhado de quatro águas. Sua construção é semelhante a Casa de Câmera e Cadeia da Cidade de Catité BA. Possui escadaria que conduz o visitante ao pavimento superior. Passou por uma reforma nos anos 20 do século 20, de modo a deixar as faixas das emolduradas por cunhais canelurados ostentando pela frente quatro portas menores e uma principal cuja entrada vai ao andar superior do qual se nota 5 janelas, e bem acima, as armas da República com uma enorme águia de asas abertas.
Diz-nos a história que a planta para remodelação foi fornecida pela Casa Ferraro Irmão da Bahia (Salvador) e que ficou a cargo do artista Francisco Marceneiro. Era no salão nobre, à esquerda onde se faziam as Sessões da Câmera Municipal. À direita, funcionou como sala de audiência do Juri, mais tarde, como Gabinete do Prefeito. No rés-do-chão, achavam-se o quartel e a cadeia. Esta parte do prédio parecia uma masmorra do que uma cadeia; de maneira que, as entradas para o pavimento térreo eram aberturas feitas nas paredes, mais ou menos ovais; e, nas prisões, haviam grades de ferro nas grossas paredes de cal. Com o reparo, estas instalações tornaram-se melhores e mais higiênicas. A reinauguração ocorreu em 23 de janeiro de 1922 pelo Intendente João da Silva Torres.
O poeta Camilo de Jesus Lima, de Vitória da Conquista, escreveu brilhante crônica sobre o Paço Municipal de Condeúba, publicada na revista “O Malhio nº 305”, em 4 de maio de 1939, no Rio de Janeiro com o titulo de um Edifício Histórico.

Foto: Medonho – Mensagem escrita na parede pelos membros da Coluna Prestes em 1926 e preservada até o presente momento

PAREDE DA COLUNA PRESTES:- Há no Paço Municipal uma parede em que a Coluna Prestes deixou uma marca registrada para nossa história. Siqueira Campos passando por Condeúba em 1926 transcreveu com tinta verde, bela frase do filósofo francês Hippolyte Taine e que foi traduzida por Rui Barbosa: “No meio de uma aglomeração desorganizada, um bando decidido a tudo penetra como cunha de ferro em montão de ferragem”.
O Paço Municipal de Condeúba foi o quartel general da Coluna Prestes. Ficaram em Condeúba por três dias. Horrores se contam dessa coluna, mas, o grande brasileiro, Luis Carlos Prestes, gaucho da gema, sargento do Exercito Brasileiro queria um governo bom para o Brasil. Não esses vagabundos e sugadores da Nação Brasileira. Não foi entendido pelo poder da época. Teve que percorrer o País para adquirir adeptos para a revolução. Salão Coluna Prestes – Por Indicação da Secretaria de Cultura, Desporto e Lazer foi criado a Lei nº 975 de 24 de novembro de 2017 de autoria do vereador Arlindo da Silva Cruz, dando o nome de “Salão Coluna Prestes”, a parte superior do antigo prédio da Intendência. 

Foto: Medonho – Ponte Imaculada Conceição sobre o Rio Gavião

PONTE IMACULADA CONCEIÇÃO:- A ponte que liga o Centro ao Bairro Bom Jesus não tinha esse nome. Era uma ponte de madeira sobre o Rio Gavião. O Sr. José Soldado, pai do professor Agnério, caiu de um caminhão quando por ele passava em 1950. Quebrou a perna esquerda e ficou inválido para o serviço da Policia Militar. Com o passar do tempo, o Prefeito Antonio Andrade construiu outra ponte com mais segurança. O Padre Waldemar abençoou e colocou o nome de Imaculada Conceição. Porém as águas do Rio Gavião começaram a passar sobre ela. Foi preciso reconstruir com mais base e com melhor estrutura, abrindo inclusive sangradouro para escoamento das grandes enchentes que acontecem no Gavião de tempos em tempos. A ponte ganhou altura, largura e espessura. Ficou mais forte e robusta e nunca perde a beleza de ser ponto turístico, mesmo com o Rio Gavião seco e o tanque do município pedindo água para se encher e dar vida aos olhos de quem o visitar.

Rio Gavião com pequenas poças d’água

RIO GAVIÃO:- O município de Condeúba é bem servido por lagoas, riachos, rios, barragens e açudes. O principal Rio da região é o Gavião, que, nasce no Morro do Chapéu, Município de Jacaraci. Corre de oeste para leste, separa o município de Jacaraci do de Mortugaba, banha nossa cidade, dividindo-a em dois bairros: Bom Jesus, pela margem esquerda; e Centro, pela margem direita; separa o município de Piripá de Presidente Janio Quadros, atravessa o município de Tremedal, segue em direção norte, passando por Caraíbas e vai até Anagé onde abastece a monumental Barragem de lá, deságua no Rio de Contas, perfazendo um curso aproximado de 330 quilômetros quadrados. Desta forma, a bacia hidrográfica de Condeúba é a mesma bacia do Rio de Contas.
Na zona urbana condeubense, o Gavião encontra-se, atualmente, assoreado, mas já foi em tudo muito útil à população e ao lazer da mocidade, principalmente para o banho, pesca e lavagem de roupas, pratos e talheres muito comum às donas de casa.
Recebe como afluentes principais pela margem direita o Rio Condeúba e o Rio Santo Antonio que vem de Cordeiros e, pela margem esquerda, o Riacho Riachão, Poções, Araras, Gentil e Santa Maria. Ressalve que tal só acontece na época das chuvas, afinal de contas o Rio Gavião é um rio temporário.
Este Rio deu origem ao Projeto Rio Gavião criado pelo Governo do Estado da Bahia, em 1988, na gestão de Dr. Waldir Pires, visando melhorar as condições de vida dos produtores que residiam na área por ele banhada. Este Projeto abrangia uma área de 13 municípios equivalente a 11.718 quilômetros quadrados, envolvendo: Anagé, Belo Campo, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Guajeru, Jacaraci, Presidente Janio Quadros, Licínio de Almeida, Maetinga, Mortugaba, Piripa e Tremedal. Visava outros aspectos, o seguinte: conceder apoio à organização dos produtores, valorizando o trabalho da mulher rural; ampliação da capacidade de acumulação de água; reforço de infra-estruturar básica, através da melhoria de estradas vicinais; obras de irrigação comunitária e eletrificação rural; manejo dos recursos naturais capazes de propiciar o desenvolvimento sustentável da agropecuária da região.

Foto: JFC – Escola Municipal Dr. Tranquilino Leovigildo Torres

ESCOLA TRANQUILINO TORRES:- A Escola Municipal Dr. Tranquilino Leovigildo Torres foi um dos primeiros prédios a ser construído com finalidade estritamente educacional. O Tranquilino Torres que foi inaugurado em 6 de agosto de 1950, quando era o Prefeito de Condeúba Osmar Alves de Sousa. A direção da escola passou por inesquecíveis mestras: Maria da Conceição Miranda, Marlene Prates de Sousa, Carmem Maria Spinola, Margarida Maria Ferreira da Silva, Maria Regina Ribeiro Amorim, Rita Maria dos Santos Ferreira Porto Duarte e outras, sua atual diretora é a Professora Cleide Ferreira de Sousa.
Foi neste prédio, que, em 1963, no limiar da segunda gestão do então Prefeito Osmar Sousa, surgiu a ideia de se criar um ginásio em Condeúba. Foi assim que, em oficio de nº 351, de 13 de novembro de 1963, o Secretário de Educação do Estado da Bahia – Padre Luis Palmeira, autorizou o funcionamento do ginásio no referido prédio para o turno vespertino; porque pela manhã, atendia-se as turmas do antigo primário. Este oficio respondia ao pedido da Associação Rural de Condeúba, posteriormente, Sindicato Rural. Após rigorosas provas escritas de admissão ao ginásio, as aulas tiveram inicio no dia 10 de março de 1964, sendo o primeiro diretor o Dr. Aloísio Alves Pereira. Dr. Anfrísio Sousa era inspetor de escolas e tudo fez para que concretizasse este sonho.

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