Chuva de cinzas” no Pantanal faz comunidade inteira quase ser removida
Um fenômeno climático que desviou cinzas das queimadas no Pantanal diretamente para a Comunidade Barra do São Lourenço, a 150 km de Corumbá (MS), fez os 100 moradores da comunidade ribeirinha quase serem removidos por questões de segurança.
O plano de remoção foi elaborado nesta quarta-feira, 14, equipes da Marinha, Ibama, Defesa Civil e outras instituiç?es. A pedido do Ministério Público Federal (MPF). O plano foi abortado devido à diminuição de intensidade do fenômeno, além de dificuldades logísticas e de segurança da remoção compulsória.
Vídeo que circula nas redes sociais mostra moradores da Comunidade Barra do São Lourenço, em Corumbá (MS), na terça-feira, 13, no meio de uma chuva de partículas provenientes das queimadas no pantanal. A comunidade é uma das mais tradicionais na região, havendo registros da colonização da área no início do século XX.
A atuação do MPF agora vai se concentrar na saúde dos ribeirinhos atingidos pelos detritos, que não têm atendimento médico regular e enfrentam viagem de 8 horas de barco quando têm alguma emergência. Como o Município de Corumbá passa por uma crise na saúde, com profissionais contaminados com o Covid-19 e deficiência de quadros, será preciso recorrer a outras instâncias.
O Pantanal brasileiro chegou a 15.756 focos de incêndio registrados só neste ano. Este é o maior número de queimadas desde 1998, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou a contabilizar. Quando comparado a 2005, pior ano até então registrado, o número de focos acumulados em 2020 é 56% maior.
Só na primeira metade de setembro, os focos detectados já foram quase duas vezes maiores do que o total visto no mesmo mês de 2019. De janeiro a 16 de setembro, os números aumentaram 208% em comparação ao mesmo período.
Fonte: atarde.uol
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