Categoria: Internacional

Governo sofre pressão internacional para “mudar de direção” na pandemia

Entidades internacionais, comunidade científica, governos aliados e mesmo investidores pressionam o governo brasileiro a “mudar de direção” na gestão da pandemia da covid-19, inclusive como forma de não retardar uma recuperação da economia nacional e de evitar um isolamento internacional ainda mais profundo.

Os dados da Organização Mundial da Saúde, nesta segunda-feira, revelam a dimensão da crise sanitária brasileira. De acordo com a entidade, o Brasil foi o país que registrou o maior número de novas contaminações no mundo nos últimos sete dias, com 494 mil e superando os EUA.

No cálculo envolvendo os óbitos, o Brasil também já superou os americanos e ocupa a primeira posição no mundo. Em sete dias, foram 12,3 mil novos mortos no país, contra 9,3 mil nos EUA.

A notícia de uma eventual mudança de chefe da pasta de Saúde e a chegada de uma quarta pessoa para o cargo em um ano de pandemia despertaram no fim de semana duas reações distintas por parte da comunidade internacional.

De um lado, uma eventual troca representa a constatação de que o governo não tem nem estratégia e nem coerência em seus atos. “Não se conhece muitos países no mundo que tiveram quatro ministros da Saúde em plena pandemia”, comentou um diplomata europeu.

Mas, de outro, a mudança é considerada como uma “oportunidade” para ampliar a pressão sobre o governo num sentido de reconhecer a dimensão da crise. Entre os pesquisadores estrangeiros, circularam ontem mesmo comentários de que uma das apostas para o cargo, a médica Ludhmilla Hajjar, teria uma forte formação científica.

No meio diplomático, o que se tenta é fazer chegar ao governo de Jair Bolsonaro a mensagem de que sua postura é “insustentável” e que outros governos que tinham adotado uma atitude negacionista já abandonaram a estratégia ou simplesmente mudaram de gestão, como no caso dos EUA.

O risco, segundo esses governos, é de um isolamento ainda mais profundo do Brasil no cenário internacional e com o fim das restrições de viagens adiado de forma indefinido.

Apoio internacional esbarrou em falta de coordenação nacional

Entre os organismos internacionais, a coluna apurou que houve um esforço para ajudar o Brasil, tanto com missões técnicas e orientações. Mas a iniciativa esbarrou na falta de coordenação do Ministério da Saúde e foi minada por mensagens contrárias por parte do Executivo. Resultado: o impacto da ajuda foi esvaziado.

Já na ONU, indígenas, ativistas de direitos humanos, ambientalistas, sindicatos de profissionais do setor de saúde proliferam denúncias e entregas de dossiês mostrando a atitude do governo de Bolsonaro diante da pandemia. A avalanche de acusações já levou diferentes organismos das Nações Unidas a examinar o comportamento do estado e cobrar, em cartas sigilosas, explicações sobre a realidade do país.

Ainda em 2020, diante de uma primeira onda de críticas, o Itamaraty disparou cartas aos diferentes organismos, inclusive para a OMS, explicando como o governo estava assumindo a responsabilidade por uma resposta e insistindo que medidas como o auxílio emergencial eram provas de que o Planalto estava agindo.

Agora, parte da pressão também vem de grandes investidores, que deixaram já claro aos membros da equipe econômica que existe um risco real de que, sem uma solução para a pandemia no Brasil, o país veja uma fuga ainda maior de investimentos ou, na melhor das hipóteses, uma paralisia em qualquer novo projeto.

Mesmo governos estrangeiros, alguns deles considerados como aliados, também já emitiram sinais ao Palácio do Planalto e ao Itamaraty de que o Brasil precisaria reavaliar sua estratégia e abandonar questões ideológicas. A recente visita ao governo de Israel, por exemplo, serviu como ocasião para que a delegação brasileira ouvisse das autoridades locais a importância da vacinação.

Nos organismos internacionais, o caráter negacionista do governo Bolsonaro, questionando o uso da máscara, atacando isolamento social e promovendo aglomerações, já foi alvo de encontros e apelos por mudanças.

Em alguns locais, porém, a ordem foi a de abandonar a cautela e falar abertamente sobre o risco sanitário que o Brasil representa para o mundo, principalmente depois de o país superar os EUA e passar a ser o novo epicentro da pandemia no planeta.

Desde a semana passada, a OMS escancarou as críticas e pedidos para que uma transformação fosse promovida nas políticas públicas.

Cuidadosamente talhadas, as frases da direção da OMS tinham como objetivo declarar uma insatisfação em relação ao governo Bolsonaro. Mas sem citar nem o nome do presidente e nem abrir uma crise institucional.

Há uma semana, o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, deixou claro que, ao serem colocados em confinamentos, cidades ou estados não poderiam ser alvo de críticas. Mas sim de gestos de ajuda. Os comentários ocorreram dias depois que Bolsonaro atacou governos locais que implementaram medidas sociais.

Já o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, insistiu que o país precisa adotar “medidas sociais e medidas públicas agressivas”. “Isso será crucial”, afirmou. “Sem fazer algo para impactar a transmissão ou suprimir o vírus, não acho que teremos uma queda no número no Brasil”, insistiu.

Uma semana depois, uma vez mais o cuidado diplomático foi usado para lançar os alertas contra o governo, sem citar o nome de Bolsonaro.

“Gostaríamos de ver o Brasil ir em uma direção diferente. Mas isso vai exigir um enorme esforço para que isso aconteça. O sistema está sob pressão agora. Enquanto muitos países da América Latina estão indo em uma boa direção, o Brasil não está”, afirmou Ryan.

“Isso precisa ser levado a sério no Brasil”, insistiu Ryan. “Não tenho dúvida de que a Saúde brasileira, a ciência e o povo podem reverter isso. A questão é se eles terão o apoio que necessitam para fazer isso”, alertou, num recado direto ao governo Bolsonaro.

Fonte: UOL

Fachin anula condenações de Lula relacionadas à Lava Jato; ex-presidente volta a ser elegível

Ministro do Supremo Tribunal Federal considerou que 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.
Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou nesta segunda-feira ( 8) todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato.

Com a decisão, o ex-presidente Lula recupera os direitos políticos e volta a ser elegível.

A decisão de Fachin não necessita de referendo do plenário do STF, a não ser que o próprio ministro decida remeter o caso para julgamento dos demais ministros. Se houver recurso — a PGR já anunciou que recorrerá — aí, sim, o plenário terá de julgar.

Saiba como o mundo político reagiu
Procuradoria-Geral da República prepara recurso contra a decisão
Leia a íntegra da decisão do ministro Edson Fachin
Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula impetrado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula.

Segundo o ministro, a 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo titular na ocasião das condenações era o ex-juiz federal Sergio Moro, não era o “juiz natural” dos casos.

Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

“Foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal”, diz a nota do gabinete do ministro.

Em nota, a 13ª Vara Federal de Curitiba informou que cumprirá a decisão, remetendo os autos dos processos à Justiça Federal do Distrito Federal. O G1 procurou a assessoria do ex-juiz Moro. Segundo a assessoria, ele ainda não havia decidido se irá se manifestar.

Na mesma decisão, Edson Fachin declarou a “perda do objeto” e extinguiu 14 processos que tramitavam no Supremo e questionavam se o Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula.

A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações.

“Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal”, diz nota divulgada pelo gabinete do ministro.

De acordo com o gabinete de Fachin, julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal já havia restringido o alcance da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba.

“Inicialmente, retirou-se todos os casos que não se relacionavam com os desvios praticados contra a Petrobras. Em seguida, passou a distribuir por todo território nacional as investigações que tiveram início com as delações premiadas da Odebrecht, OAS e J&F. Finalmente, mais recentemente, os casos envolvendo a Transpetro (subsidiária da própria Petrobras) também foram retirados da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba”, diz a nota.

De acordo com o texto, nas ações penais envolvendo Lula, assim como em outros processos julgados pelo plenário e pela Segunda Turma do STF, “verificou-se que os supostos atos ilícitos não envolviam diretamente apenas a Petrobras, mas, ainda outros órgãos da Administração Pública”.

Segundo o ministro, em outros casos de agentes políticos denunciados pelo Ministério Público Federal em circunstâncias semelhantes ao de Lula, a Segunda Turma do Supremo já vem transferindo esses processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.

Embora divergente e derrotado nas votações na Segunda Turma em relação a esse ponto, Fachin considerou que o mesmo entendimento deveria ser aplicado ao ex-presidente.

“Faço por respeito à maioria, sem embargo de que restei vencido em numerosos julgamentos”, escreveu o ministro na decisão.

Teor da decisão
A decisão individual do ministro Fachin foi tomada com base na ação apresentada pela defesa do ex-presidente Lula em novembro do ano passado que questionou a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para processar e julgar a ação do triplex do Guarujá e pediu a anulação das decisões tomadas no âmbito desse processo.

O argumento foi o de que não há relação entre os “desvios praticados na Petrobras”, investigados no âmbito da Operação Lava Jato, e o custeio da construção e reforma do tríplex, que a acusação diz terem sido feitas em benefício de Lula.

Na decisão, Fachin considerou que se consolidou um “entendimento majoritário” que esvaziou a competência da Justiça Federal do Paraná para casos não ligados diretamente aos desvios da Petrobras. Isso, explicou o ministro, ocorreu com casos ligados às delações da Odebrecht, da OAS e da J&F.

“Como se vê, diante da pluralidade de fatos ilícitos revelados no decorrer das investigações levadas a efeito na ‘Operação Lava Jato’, a competência da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba foi sendo cunhada à medida em que novas circunstâncias fáticas foram trazidas ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal que, em precedentes firmados pelo Tribunal Pleno ou pela Segunda Turma, sem embargo dos posicionamentos divergentes, culminou em afirmá-la apenas em relação aos crimes praticados direta e exclusivamente em detrimento da Petrobras S/A”, escreveu o ministro na decisão.

Fachin afirma que, ao analisar a questão da competência, é preciso ser imparcial e apartidário.

“As regras de competência, ao concretizarem o princípio do juiz natural, servem para garantir a imparcialidade da atuação jurisdicional: respostas análogas a casos análogos. Com as recentes decisões proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal, não há como sustentar que apenas o caso do ora paciente deva ter a jurisdição prestada pela 13ª Vara Federal de Curitiba. No contexto da macrocorrupção política, tão importante quanto ser imparcial é ser apartidário”, disse Fachin.

O ministro considerou que as acusações contra o ex-presidente Lula não se limitam a supostos crimes cometidos em relação à Petrobras.

“Ocorre que a conduta atribuída ao ora paciente, qual seja, viabilizar nomeação e manutenção de agentes que aderiram aos propósitos ilícitos do grupo criminoso em cargos estratégicos na estrutura do Governo Federal, não era restrita à Petrobras S/A, mas à extensa gama de órgãos públicos em que era possível o alcance dos objetivos políticos e financeiros espúrios”, escreveu.

De acordo com o ministro, “na estrutura delituosa delimitada pelo Ministério Público Federal, ao paciente são atribuídas condutas condizentes com a figura central do grupo criminoso organizado, com ampla atuação nos diversos órgãos pelos quais se espalharam a prática de ilicitudes, sendo a Petrobras S/A apenas um deles”.

A decisão de Fachin ainda atinge outros casos ligados ao ex-presidente Lula, como os habeas corpus que questionavam a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa do Paraná. Segundo a TV Globo apurou, Fachin tomou a decisão de forma individual sem conversar com outros colegas.

Entenda por que é possível pegar Covid-19 após 1ª dose da vacina

Foto: Frederick J. Brown/AFP

A enfermeira Maria Angélica Sobrinho, de 53 anos, foi a primeira a ser vacinada Contra a covid-19 na Bahia. Alguns dias depois, porém, ela apresentou sintomas e foi diagnosticada com a infecção pelo coronavírus. E ela não é a única a vivenciar uma situação dessas: há relatos de outras pessoas em várias partes do Brasil que tomaram uma dose do imunizante e, enquanto aguardavam as semanas para completar o esquema vacinal, pegaram a doença.

Nas redes sociais, posts mentirosos começam a divulgar que os produtos aplicados nas atuais campanhas de imunização poderiam até matar. Mas, antes de compartilhar esse tipo de informação, é preciso ter muito cuidado e entender o que está acontecendo. Afinal, como é que algumas pessoas pegam Covid-19 no intervalo entre a primeira e segunda dose da vacina? Por enquanto, dois imunizantes são utilizados no Brasil: CoronaVac (Sinovac e Instituto Butantan) e CoviShield (AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz).

Ambos precisam de duas doses para oferecer um nível de proteção suficiente contra o coronavírus. O tempo entre a primeira e a segunda dose varia de acordo com o produto: a CoronaVac tem um intervalo de 14 a 28 dias, enquanto na CoviShield esse período é de três meses.

“Nenhuma vacina disponível, para essa ou qualquer outra doença, é capaz de proteger, mesmo que parcialmente, em menos de 14 dias após a aplicação das doses”, esclarece a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

De acordo com o G1, independentemente da tecnologia, as vacinas trazem em sua composição os antígenos, substâncias que vão interagir com as células do sistema imunológico, para que elas criem os anticorpos necessários e consigam lidar com uma futura invasão viral.

Coronavírus: Mortalidade é 10 vezes mais alta em países onde maioria é obesa, diz estudo

Foto: iStock

O risco de morte pela Covid-19 é mais de 10 vezes maior em países onde a maioria da população adulta está acima do peso, segundo um relatório divulgado na quarta-feira (3) pelo Fórum Mundial de Obesidade. Os pesquisadores do Fórum examinaram dados de mortalidade compilados pela Universidade Johns Hopkins (JHU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Eles descobriram que, das 2,5 milhões de mortes pela Covid-19 relatadas até o final de fevereiro, 2,2 milhões ocorreram em países onde mais da metade da população está acima do peso. Países em que menos de 40% da população estava acima do peso tinham uma taxa de mortalidade de Covid-19 de 10 pessoas por 100.000. Já nos países onde mais de 50% da população estava acima do peso, a taxa de mortalidade de Covid-19 era muito mais alta – mais de 100 por 100.000.

A conclusão da pesquisa é que a taxa de mortalidade da Covid-19 aumentava junto com a prevalência de obesidade nos países, mesmo após o ajuste por idade e riqueza nacional. Por isso, o Fórum Mundial de Obesidade sugere priorizar as pessoas obesas nas campanhas de vacinação contra a Covid-19.

Os pesquisadores também ressaltam que o excesso de peso pode piorar outros problemas de saúde e infecções virais, como o H1N1, gripe e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, a obesidade é a terceira comorbidade entre as pessoas com menos de 60 anos que morreram de Covid-19, atrás de cardiopatia e diabetes.

Bahia avança nas negociações para comprar vacina Sputnik V

Foto – Dado Ruvic / Reuters

A Bahia negocia com o Fundo Soberano Russo a compra de cerca de 2 milhões de doses da vacina Sputnik V, o suficiente para concluir a primeira fase da vacinação que reúne idosos e profissionais de saúde. “A meta é receber essa quantidade num prazo de 60 a 90 dias a partir do fechamento do contrato, o que pode acontecer já na semana que vem”, afirmou o governador Rui Costa, que participou de uma reunião virtual com os russos nesta sexta-feira (26).

De acordo com Rui, além dessas doses, a Bahia negocia um volume maior que seria dividido com os estados do Nordeste. “Eles ficaram de avaliar e responder na semana que vem sobre a quantidade que conseguem enviar para a Bahia e o Nordeste. Vamos querer o máximo possível. Inicialmente, contamos com esses 2 milhões que fecham a fase 1 da vacinação”, informou o governador.

A autorização para que Estados e Municípios adquiram as próprias doses de vacina foi dada esta semana por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir da autorização, a Bahia passou a buscar alternativas para imunizar a população, como a vacina desenvolvida na Índia e a terceira a ser aprovada na China, cujos laboratórios também estão sendo contactados. “Estamos na luta buscando todas as opções de vacina possíveis, mas, até termos um número maior de doses, peço a ajuda dos baianos para que usem máscara e respeitem o isolamento social”, acrescentou Rui.

Onde tem Inovação, tem Estado

POR Nilo Silveira

Hoje em dia, quando se pensa em inovação, a ligação com as mais populares empresas de tecnologia americanas é quase instantânea: Google (faturamento de (40 BI USD/2020), Facebook (29 BI USD/2020), Microsoft (11 BI USD/2020), Amazon (21,3 BI USD/2020) e Apple (57 BI USD/2020). Essas empresas têm tido um crescimento constante de seus faturamentos e influências (tanto na oferta de produtos e serviços como na política), tanto que são denominadas como as “Big Techs”.
Porém existe um outro grupo de empresas de tecnologia que são tão importantes quanto essas, e que têm uma longa história de inovações e aportes de investimento estatal: as grandes empresas de computação corporativa. Dentro dessas gigantes podemos citar: IBM (5,5 BI USD/2020), Oracle (10 BI USD/2020), a própria Microsoft, HP, AT&T, CA entre outras.
O caso da IBM é bem interessante porque ela é uma empresa centenária, isso mesmo, CENTENÁRIA na área de tecnologia. A IBM surgiu da fusão de 3 empresas em 1911, naquela data seu nome era Computing-Tabulating-RecordingCompany(C-T-R) .
Uma dessas empresas que deu origem a IBM era TabulatingMachineCompany, fundada em 1896 por Herman Hollerith. Se esse nome te soa familiar, é porque a palavra holerite (também conhecido como: faz-me rir) tem origem nele. Graças a tecnologia de cartões perfurados, várias tarefas administrativas foram automatizadas pela primeira vez. O primeiro grande contrato de HermanHollerith foi justamente o censo americano de 1890!!! Ele conseguiu diminuir o tempo de apuração de 8 anos para 6 anos. Nota: por mais de 50 anos a maior fonte de renda da IBM foi a venda de cartões perfurados, de papel.
Em 1917, a IBM abriu o escritório no Brasil, a convite do governo brasileiro, com o intuito de trabalhar no… censo brasileiro.
Outra gigante é a Oracle, empresa conhecida pelo seu banco de dados relacional, ferramenta indispensável para qualquer sistema computacional. Fundada em 1977 por Larry Ellison, Bob Miner e Ed Oates, eles vislumbram o uso comercial da então recente teoria do banco de dados relacional. Em 1979 lançaram o primeiro banco de dados comercial, que se tornou muito popular e teve como seu primeiro cliente a Força Área Americana (orçamento de defesa, novamente o Estado Americano).
Outro exemplo, agora mais recente, do Estado Americano fazendo contratos multi-bilionários com as “Big TechsCorps”: https://www.nextgov.com/it-modernization/2020/11/exclusive-cia-awards-secret-multibillion-dollar-cloud-contract/170227/
Uma das características do Capitalismo é a intensa inovação dos meios de produção, o que demanda um enorme financiamento em pesquisas, que por sua vez, tem grandes incertezas e longo prazo de retorno (quando elas dão certo). O único ente econômico capaz de absorver tal investimento é o Estado. Portanto, onde tem inovação, tem Estado.

Nilo Garcia Silveira
Bacharel em Ciência da Computação, UNESP – São José do Rio Preto

Todos os faturamentos são em bilhões de dólares de lucro líquido
https://abc.xyz/investor/static/pdf/2020Q4_alphabet_earnings_release.pdf
https://investor.fb.com/investor-news/press-release-details/2021/Facebook-Reports-Fourth-Quarter-and-Full-Year-2020-Results/default.aspx
https://www.microsoft.com/en-us/Investor/earnings/FY-2020-Q4/press-release-webcast
https://press.aboutamazon.com/news-releases/news-release-details/amazoncom-announces-financial-results-and-ceo-transition
https://www.apple.com/newsroom/pdfs/FY20_Q4_Consolidated_Financial_Statements.pdf
https://www.ibm.com/investor/att/pdf/IBM-4Q20-Earnings-Press-Release.pdf
https://www.oracle.com/br/corporate/pressrelease/q4fy20-results-2020-06-16.html
https://www.ibm.com/ibm/history/history/decade_1880.html
https://en.wikipedia.org/wiki/History_of_IBM
https://www.britannica.com/topic/International-Business-Machines-Corporation
http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/voce-sabe-por-que-o-contracheque-e-chamado-de-holerite.html
https://www.britannica.com/topic/Oracle-Corporation

80% dos pacientes de Covid tiveram perda de memória, diz pesquisa

Um estudo inédito realizado pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, aponta que 80% dos pacientes recuperados de Covid-19 apresentaram disfunções cognitivas, como perda de memória, dificuldade de concentração, problemas com compreensão ou entendimento e dificuldades com o julgamento e raciocínio.

De acordo com o G1, os pacientes tiveram ainda habilidades prejudicadas, problemas na execução de várias tarefas, mudanças comportamentais e emocionais, além de confusão mental. Um deles, inclusive, esqueceu como pilotava sua moto. Segundo médicos que participaram do estudo, as consequências da doença no cérebro podem ser tratadas se o diagnóstico for precoce.

Os relatos dos pacientes são de, por exemplo, ter esquecido o que almoçou, dormir em pé e desaprender a pilotar moto, por falta de equilíbrio e coordenação. Segundo a pesquisa, realizada pela neuropsicóloga Livia Stocco Sanches, até mesmo pacientes com quadros e sintomas leves ou assintomáticos tiveram sequelas neurológicas.

A pesquisadora alerta, com base no levantamento, sobre a necessidade de se incluir, após a recuperação, uma avaliação clínica dos pacientes, incluindo questões sobre sonolência diurna excessiva, fadiga, torpor e lapsos de memória.

Segundo o Incor, a OMS (Organização Mundial da Saúde) aguarda os resultados finais do estudo para adotar a metodologia desenvolvida na pesquisa do InCor como padrão em âmbito mundial no diagnóstico e na reabilitação da disfunção cognitiva pós-Covid.

Reino Unido hospitaliza até 100 crianças por semana com síndrome ligada à Covid-19, diz jornal

Até 100 crianças são internadas por semana no Reino Unido com a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (Sim-P) desde o início de janeiro, segundo o jornal britânico The Guardian. Os sintomas graves aparecem dias ou semanas após a criança ser infectada pelo coronavírus Sars-CoV-2 e incluem febre acima de 40 graus, pressão muito baixa, dor abdominal, diarreia e vômito. Nos casos mais graves, o quadro pode levar à sepse.

Crianças e adolescentes geralmente desenvolvem formas mais leves da Covid-19 ou ficam assintomáticas, sem nenhuma manifestação que indique a presença da doença. Independente da intensidade da Covid-19 desenvolvida os mais jovens podem ter a Sim-P após a infecção.

Apesar dos números de internações no Reino Unido, país que vive uma alta de casos da Covid-19 desde o fim do ano passado, a síndrome é considerada rara. Pelo menos duas crianças teriam morrido em decorrência da síndrome no Reino Unido desde início da pandemia, afirma o jornal.

De acordo com um levantamento divulgado por Hermione Lyall, especialista em doenças infecciosas em crianças, a maior parte dos casos da Sim-P no Reino Unido foi registrada em crianças de origem afro-caribenha e asiática.

Ao Guardian a médica Liz Whittaker, do Royal College of Paediatrics and Child Health, afirmou que a genética pode ser uma das causas para essa população ser mais afetada, mas esse fardo desproporcional também pode ser reflexo da pobreza, uma vez que essas crianças têm contato com mais pessoas cujas profissões exigem maior exposição ao vírus e moram em casas com mais pessoas.

Levantamentos e estimativas apontam que crianças e adolescentes são menos de 10% dos infectados pelo vírus no mundo, mesmo representando cerca de 25% da população total. Cientistas lembram que, com as quarentenas impostas, as crianças circulam menos do que os adultos e ficam menos expostas à doença. Por serem geralmente assintomáticas, elas também fazem menos exames para detectar o vírus.

No Brasil, mais de 400 casos da Sim-P foram confirmados pelo Ministério da Saúde. Segundo boletim da pasta publicado em outubro do ano passado, 427 crianças com idades entre 0 e 19 anos tiveram a síndrome, e 29 delas morreram.

Segundo infectologistas pediátricos, as chances de recuperação aumentam com o diagnóstico rápido. Crianças com a síndrome ficam internadas em média cerca de 10 dias e devem passar por acompanhamento médico após a alta hospitalar.

Fonte: Bahia Notícias

Saiba o que são as luzes que atravessaram o céu de todo o Brasil nesta quarta-feira

Na noite desta quarta-feira (10), por volta das 19h40, alguns brasileiros notaram uma movimentação de luzes no céu. Apesar de muitas especulações, trata-se da passagem dos satélites Starlink, da SpaceX.

O fenômeno já havia sido presenciado no país anteriormente, e ainda vai se repetir mais algumas vezes por aqui. Quem quiser acompanhar a trajetória dos satélites da empresa de Elon Musk pode usar o app Find Starlink, que também possui uma versão web. Basta colocar sua localização para saber exatamente quando o “trem de satélites” estará visível na sua região.

Dados do site do Find Starlink referentes ao estado de São Paulo. A SpaceX libera lotes de 60 satélites e, enquanto eles fazem o seu caminho em direção à órbita, ficam visíveis a olho nu como uma linha de luzes brilhantes em movimento no céu noturno.

Internet via satélite
Apesar da beleza, a intenção do projeto é levar internet para mais lugares do mundo. Nesta semana, a SpaceX já começou a permitir que mais consumidores realizem pedidos antecipados dos serviços da Starlink nos Estados Unidos e Canadá.

Atualmente, uma taxa de reserva de US$ 99 está sendo aplicada e, posteriormente, ela será somada aos U$ 499 do preço do kit completo (antena, roteador Wi-Fi, fonte de energia e tripé). Fonte: Tecmundo.