Categoria: Internacional

Britânicos identificam remédio que pode reduzir mortes de pacientes graves com Covid-19

Foto: – Christiano Antonucci

Nesta terça-feira (16), Pesquisadores britânicos divulgaram dados preliminares de um estudo que identifica um medicamento barato e amplamente disponível que pode ajudar na recuperação de pacientes gravemente doentes com coronavírus: um corticóide comum. “Os resultados preliminares do estudo Recovery são muito claros — o remédio reduz o risco de morte em pacientes com complicações respiratórias graves.

A Covid-19 é uma doença global — é fantástico que o primeiro tratamento que demonstradamente reduz a mortalidade esteja instantaneamente disponível em todo o mundo”, afirmou Martin Landray, professor de medicina e epidemiologia do Departamento de Saúde da População da Universidade de Oxford, um dos líderes do estudo.

De acordo com informações do G1, os resultados completos serão tornados públicos brevemente, de acordo com os cientistas. O estudo foi feito com mais de 2.000 pacientes que receberam o medicamento, e foram comparados a 4.300 que receberam os cuidados de praxe.

Para os pacientes que estão em aparelhos respiradores, o risco de morte cai de 40% para 28%. Entre os que recebem oxigênio, a chance de morrer se reduziu de 25% para 20%. Para pacientes mais leves não houve constatação de melhora. Os pesquisadores estimam que se a droga tivesse sido administrada a pacientes com Covid-19 no Reino Unido desde o começo da pandemia, até 5.000 vidas teriam sido salvas.

Covid-19: Isolamento evitou 3 milhões de mortes, diz estudo britânico

Foto: Pilar Olivares/Reuters

Dois estudos publicados nesta segunda-feira, 8, concluíram que bloqueios nacionais impostos ao redor do mundo para conter a propagação do coronavírus salvaram milhões de vidas e suspendê-los pode ser arriscado. De acordo com o estudo da Imperial College London, 3,1 milhões de mortes foram evitadas com as restrições, enquanto uma pesquisa da Universidade da Califórnia estima que mais de 530 milhões de casos foram evitados ou atrasados.

“O risco de uma segunda onda da pandemia, se todas as intervenções e todas as precauções forem abandonadas, é muito real”, disse Samir Bhatt, um dos pesquisadores do Imperial College London. À medida que caiu a quantidade diária de novos casos da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, a Europa começou a diminuir restrições para reduzir o impacto econômico de seus bloqueios.

Também nos Estados Unidos todas as unidades federativas já iniciaram os processos de “desconfinamento”. O estudo da universidade britânica, publicado na conceituada revista científica Nature, analisou o impacto dos diversos graus de distanciamento social em 11 países europeus e descobriu que eles tiveram “um efeito substancial” na diminuição do valor R, a taxa de contágio.

Diversas nações que impuseram bloqueios conseguiram manter o valor abaixo de um no início de maio. O valor R calcula a média de pessoas para quem uma pessoa infectada transmitirá a doença. Um valor de R acima de 1 pode levar a um crescimento exponencial. “Qualquer afirmação de que tudo isso acabou, de que atingimos o limiar de imunidade do rebanho, pode ser firmemente rejeitada”, disse Bhatt. “Estamos apenas no começo desta pandemia”.

Governo Bolsonaro impõe apagão de dados sobre a covid-19 no Brasil em meio à disparada das mortes

Portal do Ministério da Saúde exclui número total de infectados pelo novo coronavírus e acumulado de óbitos no país desde o início da pandemia. Secretários de Saúde, Judiciário e entidades da sociedade civil criticam omissão de dados: “Tragédia”, classifica ex-ministro MandettaO Ministério da Saúde do Governo Jair Bolsonaro apagou de sua plataforma oficial os números consolidados que revelavam o alcance do novo coronavírus no Brasil, provocando críticas imediatas dos demais Poderes e da sociedade civil organizada. Depois de ficar horas fora do ar nesta sexta-feira, o site oficial foi republicado neste sábado, entretanto, somente com as notificações registradas nas últimas 24 horas. Não constam mais o número total de pessoas infectadas pelo vírus Sars-Cov-2 no país desde o início da pandemia, nem o acumulado de óbitos provocados pela covid-19 no território brasileiro. Também foram apagadas do site as tabelas que mostravam a curva de evolução da doença desde que o Brasil registrou seu primeiro caso, no final de fevereiro, e gráficos sobre infecções e mortes por Estado. Na noite deste sábado, seguindo essa política, o Ministério da Saúde divulgou 904 óbitos notificados e 27.075 casos confirmados da doença nas últimas 24 horas. A reportagem somou os números ao computado até a sexta-feira, totalizando em 35.930 óbitos e 672.846 casos da doença em todo o país.

A ocultação dos dados já havia sido realizada nesta sexta-feira, quando o Governo excluiu as informações do boletim epidemiológico diário. Mas a mudança da plataforma é mais um passo firme rumo ao apagão de conhecimento sobre a real amplitude da crise sanitária do Brasil ―que é o segundo país no mundo em infecções (atrás apenas dos EUA) e o terceiro em mortes (atrás dos Estados Unidos e Reino Unido). O Ministério Público Federal instaurou um procedimento extrajudicial para apurar a exclusão de informações oficiais e estabeleceu um prazo de 72 horas, a partir de sábado, para que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, explique a mudança. Continue lendo

Trump cita Brasil como exemplo negativo de combate à covid-19

Presidente também criticou modelo da Suécia. “Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões [de vidas] ou até mais”, disse.

Donald Trump Declaração foi feita numa coletiva de imprensa na Casa Branca

Ao defender a estratégia dos Estados Unidos no combate à covid-19, o presidente americano, Donald Trump, citou como um mau exemplo o caminho adotado pelo Brasil e as dificuldades que o país está enfrentando com a pandemia.

Durante numa coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump afirmou que o “fechamento” adotado pelos EUA foi responsável por salvar milhões de vidas e que caso o país tivesse seguido a estratégia de imunidade de rebanho – deixando simplesmente o patógeno se espalhar para que a população adquira imunidade à doença – o número de mortos poderia ser “pelo menos dez vezes maior” do que o balanço atual de 108.664.

Essa estratégia de “imunidade de rebanho” é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo. No país, as quarentenas realizadas partiram até o momento de governos estaduais e municipais.

O presidente americano citou então o Brasil e a Suécia como exemplos de países onde a imunidade de rebanho não deu certo. “Se você olha para o Brasil, eles estão num momento bem difícil. E, falando disso, continuam falando da Suécia. A coisa voltou para assombrar a Suécia. A Suécia também está passando por dificuldades terríveis. Se tivéssemos agido assim, teríamos perdido 1 milhão, 1,5 milhão, talvez 2,5 milhões ou até mais”, disse Trump.

O Brasil voltou a bater recorde no número de óbitos em decorrência do novo coronavírus na quinta-feira. O país registrou 1.473 óbitos nas últimas 24 horas, segundo os dados do Ministério da Saúde, e ultrapassou a Itália, tornando-se o terceiro país do mundo com mais mortes pela covid-19.

No total, o Brasil contabiliza 34.021 mortes e 614.941 casos confirmados, entre os quais 254.963 já recuperados e 325.957 ainda sob acompanhamento médico.

Tendo em conta os dados desta quinta-feira, a covid-19 já mata mais de um brasileiro por minuto. Especialistas da área de saúde afirmam, porém, que os números reais devem ser bem maiores devido à falta de mais testes.

Apesar de agora adotar um discurso mais preocupado e defender as medidas de isolamento social, Trump, assim como ainda faz seu aliado Bolsonaro, chegou a minimizar a pandemia no início e criticar a lenta reabertura do país em alguns estados, acusando governadores de quererem prejudicar suas chances de reeleição.

Três ideias revolucionárias para o nosso mundo pós-pandemia

As crises geralmente expõem linhas de falha que sabemos que existem, mas preferimos ignorar.

Coronavírus – Foto: Youtube

A crise financeira global de 2008 explodiu a ideologia de que os mercados sempre entregam os bens. Lembre-se daqueles poderosos titãs de Wall Street sacudindo a lata de um mendigo na frente do governo federal em Washington para evitar o colapso financeiro.

A pandemia de Covid-19 de 2020 agora abalou a ilusão reconfortante de que os governos também são um pano de fundo à prova de falhas. Com certeza, eles estão desempenhando um papel indispensável na quarentena de pessoas e injetando adrenalina fiscal na economia em coma. Mas nos EUA e no Reino Unido, pelo menos, subfinanciaram a infra-estrutura e as instituições críticas de saúde pública e foram dolorosamente lentas em sua resposta.

Henry Kissinger, o veterano pensador estratégico americano, argumentou que a crise expôs as limitações de nossas instituições atuais. “Quando a pandemia do Covid-19 terminar, as instituições de muitos países serão vistas como fracassadas”, escreveu ele no Wall Street Journal.

Martin Gurri, ex-analista da CIA e autor de A Revolta do Público , foi ainda mais longe: “Em retrospecto, podemos considerar esta crise como um evento de extinção das instituições”. Continue lendo

OMS suspende estudos com hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19

Nesta segunda-feira, 25, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a suspensão dos testes clínicos com hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus. A decisão foi motivada por preocupações em relação à segurança do medicamento após um grande estudo publicado na revista The Lancet associar a substância ao aumento de mortes por problemas cardíacos, como arritmia.

“O Grupo Executivo implementou uma pausa temporária do braço da hidroxicloroquina no Estudo Solidariedade, enquanto os dados de segurança são revisados ??pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados. […] Essa preocupação está relacionada ao uso de hidroxicloroquina e cloroquina contra a Covid-19. Desejo reiterar que esses medicamentos são geralmente considerados seguros para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária”, disse Tedros Ghebreyesus,

diretor-geral da OMS em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 25. A pesquisa, realizada pela Universidade Harvard com 96.032 pacientes internados por causa da Covid-19 em seis continentes entre dezembro de 2019 e abril deste ano mostrou que o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus não traz nenhum benefício. Além disso, o tratamento está associado ao aumento do risco de arritmias cardíacas e de levar os pacientes a óbito.

Pós-quarentena: Europa retoma atividades com cuidados extras

Foto: Vatican Media/Reuters

Países europeus relataram mais um dia de quedas no número de mortes pela Covid-19. A Itália registrou 99 vítimas em 24 horas nesta segunda — a primeira vez desde 9 de março em que esse indicador marca menos de 100 mortos. Na Espanha, as autoridades confirmaram 59 mortes, a menor variação diária em mais de dois meses. Já a França, registrou 131 novas vítimas.

O Papa Francisco celebrou nesta segunda-feira (18) uma missa com a participação de poucas pessoas em uma capela da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para lembrar o 100º aniversário de nascimento do Papa João Paulo II. A basílica, que estava fechada desde 10 de março por causa da pandemia de Covid-19, reabriu ao público com medidas de segurança.

A Grécia reabriu a Acrópole de Atenas e outros sítios antigos, que passaram dois meses fechados por causa da pandemia. Nessa etapa de flexibilização das regras de isolamento, escolas e shoppings também voltaram a funcionar e os moradores das ilhas receberam autorização para viajar para o continente.

Um dos locais mais afetados pela pandemia, com mais de 230 mil casos registrados, a Espanha planeja reabrir suas fronteiras para turistas até o final de junho. “Assim que nós espanhóis pudermos viajar para outras províncias, estrangeiros poderão vir para a Espanha”, disse o ministro do Transporte Jose Luis Abalos à TVE. O turismo é responsável por cerca de 12% da economia espanhola.

Uber dispensa mais 3 mil funcionários e chega a 6700 demissões em maio

por Matheus Fiore

Decisão acontece pouco menos de duas semanas após empresa dispensar outros 3700 funcionários por conta da pandemia, que agora eliminou 25% de seu quadro de funcionários

O Uber acaba de anunciar que demitirá mais 3 mil funcionários de seu quadro de empregados. O motivo alegado é a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, que tem afetado diversos mercados pelo mundo e que já afetou anteriormente a própria empresa.

As demissões foram anunciadas por um email, enviado pelo próprio CEO da empresa, Dara Khosrowshahi. “Precisamos tomar essas decisões difíceis para nos mantermos fortes e sobre nossos próprios pés, para assegurar nosso futuro e continuar nossa missão”, afirmou Khosrowshahi, na mensagem enviada. A decisão também envolve o encerramento de 45 escritórios físicos da empresa ao redor do globo.

A notícia chega apenas duas semanas depois da companhia demitir 3700 funcionários, equivalente a 14% de seu quadro total, também por causa da pandemia. Além das 6700 demissões de maio, Khosrowshahi afirmou também que abrirá mão de seu salário durante o restante do ano, para aliviar as contas da empresa durante o período.

A Lyft, principal concorrente da Uber nos Estados Unidos, também precisou se adequar à nova realidade global. No fim de abril, a empresa demitiu quase mil funcionários, que equivalem a 17% do quadro total de empregados da empresa. Os distanciamentos sociais e lockdowns pelo mundo têm diminuído drasticamente o número de corridas, fazendo com que as empresas do segmento tenham uma enorme queda em seu faturamento. A Lyft, por exemplo, deve deixar de ganhar 100 milhões de dólares no primeiro trimestre da pandemia.

Laboratório Americano Sorrento afirma ter remédio 100% eficaz contra o COVID-19

Uma empresa biofarmacêutica da Califórnia afirma ter encontrado um anticorpo que poderia proteger o corpo humano do coronavírus e liberá-lo do sistema em quatro dias. A companhia Sorrento Therapeutics anunciou a descoberta nesta sexta-feira (15).

O anticorpo, conhecido como STI-1499, pode fornecer “100% de inibição” à Covid-19 e possibilitaria a chegada de um tratamento meses antes de uma possível vacina ao mercado.

O laboratório está desenvolvendo um remédio com base no STI-1499 que vai atuar como um escudo contra o novo coronavírus. O anticorpo também deve ser usado como tratamento em pacientes já infectados.

“Queremos enfatizar que existe uma cura. Existe uma solução que funciona 100%”, disse à Fox News o Dr. Henry Ji, fundador e CEO da Sorrento Therapeutics. “Se conseguirmos colocar esse anticorpo neutralizante no corpo humano, não será mais necessário o distanciamento social e a sociedade poderá abrir sem medo.”

“Nosso anticorpo STI-1499 mostra um potencial terapêutico excepcional e pode salvar vidas após ser aprovado pela agências reguladoras. Nós estamos trabalhando dia e noite para que esse produto seja aprovado e disponibilizado ao público”, disse Henry Ji em comunicado aos investidores.

GOV CORONAVÍRUS
Os testes foram conduzidos em laboratório, com o vírus in vitro. Agora, a Sorrento pretende pedir aos agentes reguladores da saúde nos Estados Unidos prioridade na liberação do medicamento, para que o remédio chegue o mais rápido possível à população.

De acordo com o laboratório, a fábrica em San Diego tem capacidade para produzir 200 mil doses do medicamento por mês. Antes mesmo da aprovação da droga, a Sorrento vai produzir 1 milhão de doses.

O anúncio foi bem recebido na bolsa Nasdaq, onde a empresa é listada. As ações da Sorrento estavam em alta de 161% na bolsa americana de tecnologia.

Fonte: Jovem Pan