Candiba: Família nega ter dado autorização para retirar corpo da frente do túmulo do pai do prefeito
Em nota publicada na última quarta-feira (02), uma família da cidade de Candiba, se diz surpreendida com a decisão da prefeitura local de remover corpo de um ente querido no Cemitério Municipal em frente ao túmulo do pai do prefeito Reginaldo Martins Prado (PSD). O caso foi amplamente divulgado por toda a imprensa local e regional, no último sábado (29) e causou muita revolta nos moradores de Candiba.
Na ocasião, a prefeitura teria alegado que todo o procedimento foi realizado de forma correta e com a autorização das famílias, já que três corpos foram removidos dos túmulos. A população negou a que o cemitério fica alegado em período chuvoso e as obras seriam necessárias, de acordo com a administração municipal.
“Se as obras já estavam planejadas, por que permitiram enterrar três corpos naquele local? Por que somente os três corpos foram removidos, mas a sepultura do pai do prefeito (já bastante antiga), estabelecida praticamente na mesma área, ficou intacta?”, questionou a irmã de um homem que morreu no último dia 23 de maio, vítima da Covid-19 e teve o corpo removido pela prefeitura.
A família ainda acusou a prefeitura de crime de vilipêndio. “Restamos nove irmãos, e nenhum de nós foi notificado acerca da medida tomada pela prefeitura, mais precisamente pela pessoa do prefeito Reginaldo Martins Prado. Meu irmão deixou a esposa e dois filhos, sendo o mais velho quem o acompanhou afetuosa e dedicadamente durante todo o período da doença”, disse.
Ao finalizar a nota, a família alegou o sofrimento pela perda do ente querido e a falta de respeito ao cadáver. “Todos estamos abalados, e muitos de nós tementes de represálias e mais humilhações (visto que já fomos chacoteados pelas redes sociais, com justificação publicada pela prefeitura de que os familiares autorizaram o evento).
Nosso relacionamento com nosso irmão sempre foi frequente e amoroso, unindo-nos – mesmo os que moram distante – para dar suporte tanto a ele quanto à família em todo o período de sua convalescênça. Resta-nos, então, trazer o caso a público, para que atitudes como esta não sejam uma constante na nossa cidade”.
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