A resistência cultural no Alto Rio Pardo
* Levon Nascimento
Apesar da realidade sombria do Brasil, do golpe de Estado, da retirada neoliberal de direitos e da ditadura da toga – ou talvez até por conta dela, como anticorpos benéficos – a esperança tem se feito presente na arte, na literatura e na comunicação do Alto Rio Pardo, do Vale do Jequitinhonha e do Norte de Minas.
Lancei meu livro “CRER E LUTAR” em Taiobeiras no dia 02 de junho de 2017, como um brado de fé e de militância contra o processo de fascistização da sociedade, tendo a inspirada capa da multiplicação dos pães e dos peixes, pintada em tela pela nossa internacional Lizz Nobel e apresentação da jornalista montes-clarense Valéria Borborema.
O Atalho Alternativo Cultural de São João do Paraíso, dos amigos Lídio Ita Blue, Márcia Barreto e do rapper Flávio, nadam contra a maré massificadora levando arte, boa música e reflexão às praças paraisenses.
O poeta Carlos Renier Azevedo escreveu o cordel “Vaqueiro Centenário”, narrando a trajetória do Sr. Lydio Barreto (pai de Lídio Ita Blue), de Pedra Azul, resgatando as tradições, “os fazeres” e as raízes sertanejas do Vale do Jequitinhonha/Norte de Minas.
* Felipe Cortez Aragão Grimaldy e Marileide AP, em incessante ativismo por cultura, comunicação e direitos humanos, garantiram para Taiobeiras a 7ª edição do Encontro de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha, a ocorrer em fevereiro de 2018.
* Enquanto isso, nosso poeta Milton Santiago, de nossa vibrante Salinas, se prepara para lançar mais uma obra de ternura e amor à região, o livro “A menina e o poeta” no próximo 06 de setembro.
* E nossa histórica Rio Pardo de Minas ganhará de presente o livro de Vlade Patrício, em 16 de setembro, “Um olhar no passado”.
O Alto Rio Pardo está vivo, na luta, contra os retrocessos, transmutando-se em literatura, música, performances, ativismo político e muita vontade de se eternizar na HISTÓRIA!
A luta continua…
* Professor e escritor, de Taiobeiras/MG.
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