Vitória da Conquista: 08 de março movimentos sociais convocam Marcha de Mulheres pelos Direitos Sociais, Políticos e Trabalhistas
Com informações da Ascom / Adusb / Conteúdo08 de março é dia de lembrar e fazer avançar na luta pela equidade de gênero e pela emancipação das mulheres. Neste importante dia, marcado por uma greve internacional de mulheres, movimentos sociais realizarão a Marcha de Mulheres pelos Direitos Sociais, Políticos e Trabalhistas: Contra o machismo e todas as formas de violência em Vitória da Conquista. A concentração será ás 08h em frente à Prefeitura Municipal da cidade. A luta contra o governo machista de Michel Temer, as Contrarreformas da Previdência e Trabalhista e todas as formas de violência e opressão são pautas da manifestação.
A marcha é organizada pela Adusb, Central das Associações, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Coletivo Labrys Cultural, DCE Uesb-Vitória da Conquista, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia (Fetag-BA), Fundação Conquistense Edivanda Maria Teixeira, Levante Popular da Juventude, Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Por Direitos (MTD), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST), Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial – Uesb (Nedet), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, União da Juventude Socialista (UJS) e União de Mulheres.
“Por um feminismo para 99% das mulheres”
Foi com esta frase que ativistas e organizações feministas de mais de 30 países convocaram uma greve internacional de mulheres para o dia 08 de março, marcando o início de um novo movimento feminista internacional voltado para as trabalhadoras.
Ofensiva misógina
Com a aprovação das Contrarreformas da Previdência e Trabalhista, as trabalhadoras brasileiras terão suas condições de vida e de trabalho mais precarizadas. A equiparação dos critérios mínimos para aposentadoria- 65 anos de idade e 25 anos de contribuição, por exemplo, fará com que as mulheres demorem mais tempo para se aposentar. Isso se dá devido à responsabilização quase exclusiva com os cuidados da família, resultando em jornadas triplas de trabalho e consequente redução da vida laboral. As novas pensões por morte ainda serão reduzidas pela metade com acréscimo de 10% por dependentes.
Na Contrarreforma Trabalhista, as mulheres negras, que se encontram nos postos de trabalho mais precarizados, serão as mais prejudicadas. Entre as mudanças, existe a possibilidade de aumento da jornada de trabalho de 08h para 12h diárias, descontos não previstos em lei nos salários de empregadas domésticas e acordos coletivos terão poder de lei.
Um direito fundamental a vida laboral das mulheres, a licença maternidade, também corre risco. Se o PL 6427/16 for aprovado, as futuras mães deverão contribuir durante 10 meses consecutivos para obter o direito, prejudicando diaristas e autônomas. Atualmente, são necessários 10 contribuições ao INSS independente de período. É preciso ficar alerta!
Violência
Só nos três primeiros meses de 2016, foram registrados 9,6 mil casos de violência contra a mulher no Estado da Bahia. Para o governo Temer, por exemplo, pagar jornadas extras de trabalho a policiais, que fazem atendimento exclusivo nos casos de violência doméstica, resolveria o problema.
Comentários