Quase centenária!!!
Por Vanide Cordeiro
Se perguntasse seu nome ela dizia meu nome é Isabeli Maria da Silveira, para alguns, tia “Beca”, para outos, “Mãe Beca”, para a maioria dos netos “madinha Beca”, os mais íntimos ousavam chamá-la de “Beca”, “Bequinha” a velhinha jovem com alma de criança que tinha pavor da morte e um desejo efêmero de viver, vivia de um jeito simples jogando versos e cantorias para as visitas constantes que recebia de parentes, amigos e familiares.
Uma “Beca” nunca será morte, será sempre presença viva na memória de quem dividiu a alegria de encontrar uma mulher forte, guerreira que orgulhava dizer que venceu a época dos revoltosos se escondendo no mato comendo farinha e água fugindo da temida MORTE.
A feminista revolucionária que assumiu e jurou AMOR ao cunhado viúvo e a mãe tia que seu filho veio honrar com amor, carinho e dedicação.
A viuvez precoce escancara a garra de uma mulher honesta que lutou bravamente para criar os nove filhos, hoje, Maria in memória, alguns ainda pequenos, são homens e mulheres dignos e dignas, respeitados e amados pela comunidade que ela não abria mão de dizer que amava, a do “Olho D Água”.
A “Mãe Beca” nunca será. Quem viveu as experiências de ser parteira, que descrevia com emoção o nascimento de inúmeras crianças, a benzedeira dos “infantes”, jamais morrerá.
Portanto, Isabeli Maria da Silveira, como ela gostava de se apresentar, PRESENTE!!!!
(Vanilde Cordeiro, Olho D’ Água, 09 de julho de 2021)
O vídeio a baixo foi gravado logo após as Exéquias feito na Capela Senhor dos Passos Olho d’Água.
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