Vereador do PT é detido em Curitiba durante protesto contra Bolsonaro
O vereador Renato Freitas (PT) foi detido na noite desta sexta-feira em Curitiba, no Paraná. Ele participava de um protesto na Praça Rui Barbosa, no centro da cidade, quando foi rendido, algemado por guardas municipais e levado dentro do porta-malas de uma viatura para a Central de Flagrantes do bairro Portão, na capital paranaense. Enquanto aguardava para depor, Freitas gravou um vídeo no qual dá sua versão para os fatos. O vereador contou que fazia um protesto e gritava palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um megafone no momento em que foi interrompido por um homem.
“Ele veio em cima de mim para pegar meu megafone e eu vim para trás. E em um primeiro momento eu não liguei muito, então ele me deu um chute. Eu coloquei a mão e falei: opa, aqui não. Daí ele já veio feito um louco querendo me agredir”, disse. Freitas admite que reagiu e tentou afastar o homem com o uso do megafone, e acabou por encostar o aparelho no rosto no apoiador de Bolsonaro. Pouco depois chegou a Guarda Municipal.Foto: Divulgação
De acordo com o jornal o Globo, o vereador alega que no local em que foi detido há câmeras de segurança e as imagens vão mostrar que ele não procurou confusão e também não ofereceu resistência aos guardas. “Um fato que deve ser sublinhado é de que quando veio a Guarda Municipal eu comecei a esclarecer o ocorrido e por conta de questões pessoais não me deixaram explicar o que ocorreu. E a Guarda começou a me imobilizar, me agredir. Eles me jogaram no chão, pisaram, começaram me asfixiar.
Pegaram o celular e começaram a filmar meu rosto como se eu fosse um troféu”, criticou. De acordo com Freitas, no trajeto para a delegacia os guardas ouviram música no último volume e comemoraram sua prisão. O PT se manifestou sobre o caso, por meio do Twitter. O Partido dos Trabalhadores escreveu que “a perseguição com lideranças de esquerda precisa parar. Não podemos mais aceitar esses casos de violência, justiça para Renato Freitas já”.
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